Você já ouviu falar em autofinanciamento? Essa estratégia financeira permite que pessoas físicas e jurídicas possam financiar seus investimentos sem depender de recursos externos, como investidores ou empréstimos bancários.
Ao se valer de recursos como investimento de lucros ou mesmo economias pessoais, o autofinanciamento possibilita a realização de objetivos sem comprometer a sua estabilidade financeira.
Além disso, o consórcio emerge como uma opção de autofinanciamento em grupo, promovendo a união de pessoas com objetivos comuns para a aquisição de bens ou serviços. Essa colaboração financeira é uma alternativa segura e eficaz para atingir metas financeiras compartilhadas.
A seguir, tire suas dúvidas sobre o que é autofinanciamento e confira:
- como funciona o autofinanciamento;
- quais as vantagens do autofinanciamento;
- qual a diferença entre financiamento e autofinanciamento;
- qual a relação entre autofinanciamento e consórcio;
- como funciona o consórcio;
- como fazer um consórcio;
- como escolher uma administradora de consórcio.
Acompanhe.
O que é autofinanciamento e como funciona?
O autofinanciamento é uma estratégia financeira em que uma pessoa física, empresa ou projeto financia suas próprias operações e investimentos usando recursos financeiros internos, em vez de recorrer a fontes externas de financiamento, como empréstimos bancários ou investidores externos.
Quando falamos em recursos financeiros internos, além de economias pessoais, podem ser consideradas formas de autofinanciamento reinvestir lucros obtidos, vender ativos que não sejam mais prioritários ou essenciais, organizar um crowdfunding, entre outras formas.
No caso de pessoa física, ela pode conseguir um serviço extra, obter um crédito informal (valor emprestado por parente ou amigo), trabalhar com vendas para obter uma renda complementar e, assim, juntar o valor que precisa para se autofinanciar.
Já o autofinanciamento para empresas ou projetos podem acontecer das seguintes formas:
- Adiantamento de pagamento de clientes;
- Negociação de melhores condições de compra com fornecedores, com taxas de juros mais baixas e prazos elásticos;
- Reinvestimento do lucro obtido na própria empresa;
- Desmobilização, retirada de móveis ou máquinas ociosos da produção;
- Investimentos dos sócios, com aplicação de novos valores no negócio, para aproveitar alguma oportunidade de mercado;
- Fazer um consórcio, que permite comprar bens e serviços sem comprometer o capital de giro com a aquisição imediata.
Agora que você sabe o que é autofinanciamento, confira suas vantagens.
Quais as vantagens do autofinanciamento?
Fazer um autofinanciamento traz diversos benefícios, tanto para pessoa física quanto para empresas, como:
- não ter a necessidade de dar um valor de entrada;
- evitar o pagamento de juros altos e ter menos gastos com impostos sobre operações financeiras;
- fazer uma aquisição de forma 100% parcelada;
- proporciona poder de compra à vista;
- passar pelo processo de análise de crédito com mais facilidade;
- ter flexibilidade no uso do crédito.
Além de todos esses benefícios, talvez a maior vantagem do autofinanciamento seja estimular uma relação saudável com o dinheiro. Afinal, muitas pessoas acabam se endividando por anos ou décadas para atingir um objetivo. Com o autofinanciamento, o controle do dinheiro está em suas mãos.
Leia também: Lei dos Consórcios: o que é, como funciona e qual a importância?
Qual a diferença entre financiamento e autofinanciamento?
Como se tratam de termos parecidos, os conceitos de autofinanciamento e financiamento podem te deixar em dúvida. Afinal, qual a diferença entre eles?
O financiamento é um acordo estabelecido com instituições financeiras, no qual um indivíduo ou empresa solicita um empréstimo para adquirir uma determinada quantia em dinheiro. Neste caso, o valor concedido pela instituição financeira deve ser reembolsado dentro de um prazo determinado, em geral acrescido de juros. As taxas de juros aplicadas podem variar de acordo com a política do banco ou da instituição financeira em questão.
Já o autofinanciamento, como falamos anteriormente, envolve o uso de recursos próprios para obter dinheiro para um determinado fim, como comprar um carro ou uma casa, por exemplo. É um processo no qual não há participação de instituições financeiras, portanto não acarreta juros e tem menor risco de endividamento, uma vez que não há obrigação de reembolsar o montante a um terceiro.
O financiamento pode ser bastante útil caso não se disponha do valor necessário de forma imediata. No entanto, o autofinanciamento proporciona um controle financeiro maior, elimina custos com juros e também traz uma maior flexibilidade na definição de prazos e condições.
Qual a relação entre autofinanciamento e consórcio?
Entender o que é autofinanciamento é essencial para compreender sua relação com os consórcios. Afinal, ele oferece a opção de modelo individual, para empresas ou em grupo. Neste último caso, o consórcio entra em cena e se alinha com a modalidade. Veja por que.
O consórcio, considerado uma das abordagens mais seguras para alcançar objetivos financeiros, é formado pela união de múltiplos indivíduos com o propósito comum de adquirir o mesmo bem. Funciona como um modelo de economia colaborativa: todos os participantes contribuem com um valor mensal para alcançar o objetivo coletivo.
Sendo assim, os recursos investidos pelos participantes são canalizados em um autofinanciamento para um fundo comum. Um exemplo memorável de consórcio como autofinanciamento aconteceu na década de 1960, quando surgiu o consórcio no país, e envolveu um grupo de funcionários do Banco do Brasil.
Alguns colaboradores do Banco do Brasil tinham como objetivo comprar um veículo. Para isso, eles se reuniram e começaram a investir em um fundo comum. Todos tinham que contribuir todo mês, para poderem participar dos sorteios que eram feitos.
Assim, ao juntar todos os pagamentos, havia a possibilidade de comprar um automóvel à vista mensalmente. Então, criaram uma estratégia para garantir que todos tivessem essa chance de ter um carro.
Eles pensaram da seguinte maneira: todo mês haveria sorteios para comprar o veículo de cada um deles. Ou seja, quem fosse sorteado teria o valor para comprar seu carro. Essa forma de reunir pessoas com propósitos semelhantes é um exemplo claro de consórcio como autofinanciamento.
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Como funciona o consórcio?
Como vimos, o consórcio é a reunião de diversas pessoas para a aquisição de um mesmo bem (veículos, imóveis etc.) ou serviço (viagens, cirurgias etc.). Dessa forma, todos os consorciados pagam um valor mensalmente à administradora do consórcio para a concretização dessa meta. Os recursos financeiros dos consorciados formam um fundo comum.
Esse valor é utilizado pela administradora escolhida para o autofinanciamento dos integrantes. É ela quem vai auxiliar no gerenciamento dos recursos, de acordo com o seguinte passo a passo:
- Contemplação: ao fazer o pagamento das parcelas, o integrante do consórcio pode participar das assembleias. Elas mostram como o grupo está funcionando e promovem os sorteios dos consorciados que serão contemplados com a carta de crédito. Outra forma de contemplação é por lance, semelhante à antecipação de parcelas.
- Sorteio da carta de crédito: em uma espécie de leilão, o consorciado que oferece o maior valor de antecipação aumenta as próprias chances de ser contemplado. Já o sorteio acontece durante a assembleia realizada mensalmente, que pode fornecer a carta de crédito quem tiver mais sorte, caso ninguém realize um lance.
- Oferta do lance: as ofertas devem ser enviadas antes da realização da Assembleia, informando a quantidade de parcelas a antecipar ou o percentual da carta de crédito a ser pago antecipadamente por meio do lance. Cada administradora pode estipular um período diferente para essa oferta, por isso é importante verificar qual o processo adotado, que deve estar especificado em contrato.
Mas o que compõe as parcelas de um consórcio? Nelas, há a taxa de administração, paga à administradora pelo trabalho de gestão investido no grupo, e o fundo comum, que é um valor pago à administradora para formar uma poupança que será destinada à compra dos bens ou serviços dos consorciados. Além disso, podem ser cobrados alguns valores adicionais, destinados ao fundo de reserva e ao seguro, quando houver.
Mas tudo isso vai depender do consórcio e da administradora. Por isso é importante avaliar bem o contrato de adesão antes de assinar. Agindo assim, você evita contratempos desnecessários e pode acompanhar seu autofinanciamento com tranquilidade.
Como fazer um consórcio?
Fazer um negócio vantajoso passa por saber como escolher uma administradora de consórcio. As administradoras fazem o gerenciamento dos consórcios e administram os valores pagos pelos integrantes dos grupos. Por isso, é necessário escolher uma instituição eficiente e que garanta a segurança dos recursos financeiros para o seu autofinanciamento.
Veja a seguir 5 fatores que devem ser analisados na hora de escolher e fazer um consórcio.
Informe-se sobre a administradora e contrato
Procure se informar sobre a administradora para ter certeza de que ela é a melhor opção. Escolha uma parceira que ofereça transparência nos processos, possibilidade de usar um simulador online, operações seguras etc. Dê uma olhada no site e nas redes sociais para verificar a sua reputação no mercado.
Analise detalhadamente as informações colocadas no contrato da administradora; isso é crucial para compreender o funcionamento e as regras do consórcio. Dessa forma, verifique:
- planos ofertados;
- valores oferecidos;
- prazos para pagamento;
- condições para a venda das cotas;
- direitos e deveres das partes contratantes.
Uma boa administradora oferece planos diversificados para possibilitar o alinhamento das condições às demandas e ao orçamento de seus clientes. Estude todas as vantagens oferecidas e só contrate aquela que oferecer um plano de acordo com o seu planejamento financeiro. Compare os benefícios e as desvantagens que estão visíveis no contrato de consórcio.
Verifique também a taxa de administração e que percentual ela representa ao ser incorporada à parcela mensal. Esse valor deve ser o suficiente para pagar as despesas da administração do grupo, já que ele servirá para manter a prestadora de serviços em atividade.
Avalie o tempo de experiência da administradora no mercado
Um consórcio envolve o pagamento de valores durante um longo período, motivo pelo qual é preciso avaliar o tempo de experiência que a administradora tem no mercado. Com isso, evitam-se surpresas desagradáveis e há mais segurança para quem participa da negociação. É indicado contratar empresas que tenham 20 anos de atuação ou mais.
Confirme a autorização do Banco Central
Antes de assinar o contrato, é indispensável confirmar se a administradora que vende os consórcios está autorizada pelo Banco Central para atuar no território nacional. Você pode fazer essa consulta no próprio site do BC.
A empresa precisa estar devidamente credenciada pelo agente governamental que é responsável por regular e fiscalizar a sua atuação. Confira se o número do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) está registrado nessa página. A administradora tem que estar registrada e receber autorização para comercializar os consórcios, formar os grupos e administrar o dinheiro do autofinanciamento.
Também verifique se a administradora está respondendo ou sendo punida por alguma irregularidade. Caso esteja, ela não será autorizada a operar seu consórcio.
Confira a política de reajustes
Preste atenção na política de reajustes, que deve estar prevista no contrato de consórcio. Verifique se os valores praticados pela administradora são abusivos ou não encarecem as parcelas. Faça uma leitura cuidadosa de cada cláusula do contrato: da descrição das condições do plano, dos prazos e dos custos relacionados. As administradoras de consórcios precisam ser empresas de confiança e comprometidas com os objetivos dos consorciados.
Entenda como funciona o atendimento ao cliente e suporte ao consorciado
Opte por uma administradora que disponibilize suporte diferenciado aos consorciados e esteja disposta a ajudar ao longo de toda a trajetória. A empresa precisa auxiliar em diversos pontos, orientar sobre a separação das parcelas e o investimento mensal dos valores. Os consultores são os responsáveis por falar a respeito dos objetivos financeiros em curto, médio e longo prazo.
Uma administradora precisa prestar um ótimo atendimento ao seu cliente. Os seus serviços devem oferecer garantias para os consorciados desde o momento da venda e no pós-venda. Verifique se os consultores oferecem ajuda para fazer um planejamento financeiro que o ajudará a organizar as despesas e receitas.
Outra dica importante é pesquisar a opinião de outras pessoas a respeito da administradora. Tente conferir como é o relacionamento com os consorciados, ouvindo outros clientes que já participaram de um plano de consórcio. Descubra o nível de satisfação do público e busque formar a sua própria opinião a respeito da empresa.
Utilize a Internet para buscar as informações, entre no site Reclame Aqui ou Consumidor.gov e faça uma pesquisa para ver como os clientes se manifestam acerca da administradora. Também consulte o Procon e verifique as redes sociais da administradora, para ver como é sua interação com seus seguidores.
Então, agora que você entendeu o que é autofinanciamento e a contemplação de consórcios, que tal começar a investir e tirar o seu sonho do papel?
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