Para quem não tem prática, fazer a avaliação de um carro é uma tarefa um pouco complicada. Existem vários fatores que devem ser levados em conta, e é muito importante ficar atento a eles. Afinal, ninguém quer ter prejuízo em uma venda ou pedir um preço acima da realidade do mercado e não conseguir fechar o negócio. Se você quer saber o que deve ser considerado na hora de definir o preço do seu carro usado, este post pode ajudá-lo. Continue a leitura e confira!

Tabela FIPE

É essencial que você consulte a tabela FIPE para avaliar o seu carro adequadamente. Isso porque seus dados demonstram qual é o valor médio das negociações para cada tipo de veículo.

No entanto, saiba que não é obrigatório seguir o preço exato da tabela. Você pode cobrar um valor mais baixo, se estiver precisando de dinheiro com urgência, ou um pouco mais caro, se o veículo estiver em ótimo estado.

Ano da fabricação

Na hora de consultar a tabela FIPE e definir o preço do veículo, você deve levar em conta o ano de fabricação do carro, e não o ano do modelo.

É normal que os modelos do ano seguinte comecem a ser lançados no ano atual — por exemplo, os modelos de 2019 começarão a ser fabricados ainda em 2018.

No entanto, um carro modelo 2016, fabricado em 2015, deve ser vendido de acordo com a tabela FIPE de 2015. Ou seja, na revenda, o ano do modelo acaba sendo irrelevante.

Esse é um ponto interessante que deve ser observado na próxima vez que você for comprar um carro: quando o ano de fabricação é o mesmo que o do modelo, o veículo vale mais.

Conservação

O estado de conservação do carro é fundamental para saber se você pode pedir um preço acima da média. É essencial que as partes visíveis do carro apresentem um bom aspecto. Isso inclui uma lataria sem riscos e amassados, bancos intactos, luzes funcionando, entre outros.

No entanto, seja honesto com o possível comprador quanto às partes internas do veículo, como bateria, motor, radiador, entre outros. Caso ele solicite um check-up feito por seu mecânico de confiança antes de fechar o negócio, aceite a proposta e certifique-se de que tudo está funcionando corretamente.

Melhorias

Se você é apaixonado pelo próprio carro, provavelmente fez algumas melhorias nele: pode ter sido uma troca de banco, instalação de GPS ou um rádio mais moderno.

Na hora de vender, esses itens agregam muito valor, pois trazem um diferencial positivo em relação ao modelo original do carro. Contudo, é importante verificar se você não está com um item ilegal, como luzes xênon que não são de fábrica ou películas mais escuras que o permitido.

Caso contrário, você corre o risco de ser multado após a vistoria obrigatória que será feita antes da transferência de titularidade do veículo.

Quilometragem

A quilometragem é muito importante na hora de definir o preço do veículo. Isso porque todos os componentes do carro sofrem desgastes conforme ele é utilizado. Por isso, um automóvel que rodou menos, provavelmente terá uma vida útil maior, o que atrai mais os compradores. Esse é um dos fatores que mais são levados em conta na hora de comprar um usado.

Vale ressaltar que é possível adulterar a quilometragem de um veículo, por isso, é interessante observar os pedais. Se estiverem desgastados, é sinal de que o carro já deve ter rodado mais de 50 mil quilômetros.

Balanceamento, pneus e óleo

Esses são exemplos de itens que podem ser verificados com facilidade: basta dirigir o carro por alguns minutos, testar os pneus ou fazer uma análise superficial.

Evite negociar um carro que não tenha recebido manutenções recentes nesses itens. Entregar o veículo em boas condições aumentará seus lucros com a venda, e você passará uma boa impressão.

Se você ainda tiver dúvidas, mesmo sabendo o que deve observar, converse com um mecânico. Ele não poderá fixar um preço, mas pelo menos ajudará você a avaliar se há algum fator de valorização ou desvalorização em seu veículo.

Além disso, existem empresas especializadas em vistoria que podem fazer essa avaliação, e o valor cobrado pelo serviço não é tão alto.

É importante contar com esse amparo profissional para ter certeza de que você negociará seu veículo por um preço justo.

No entanto, um ponto extremamente importante é que a tabela FIPE leva em conta o preço para o consumidor final. Isso significa que, se você vender seu carro para uma empresa de compra e venda de usados, o valor será menor, pois, para chegar ao preço final, será preciso considerar outros fatores, como:

  • lucro da empresa;
  • comissão do vendedor;
  • manutenções necessárias para deixar o carro mais atraente para o comprador;
  • custos operacionais;
  • uma margem para o caso do carro ficar muito tempo na loja sem ser vendido.

Por conta de tudo isso, vender para uma empresa de carros usados pode significar receber um valor abaixo do sugerido pela tabela FIPE.

Negociar diretamente com o comprador, por outro lado, pode não ser muito seguro. Por isso, é importante definir suas prioridades e tomar muito cuidado com golpes ou com a intenção da empresa escolhida.

Na hora de vender para uma empresa que negocia carros usados, também são levados em conta:

  • o potencial de revenda (ou seja, o que pode aumentar ou diminuir a margem dos itens que já mencionamos);
  • o valor do seguro (carros com um seguro mais caro são menos atrativos);
  • o número de donos (um carro que teve um único dono, ou poucos donos, costuma ser melhor conservado).

São muitos os aspectos que valorizam ou desvalorizam um carro, mas, no fim das contas, o segredo para conseguir um bom preço de revenda é sempre cuidar muito bem do seu automóvel.

E então, está mais confiante para realizar a avaliação do seu carro? Se você gostou deste artigo, que tal aprender como pesquisar classificados de veículos com cuidado para fazer uma negociação segura? Confira nosso post!