Calendário de controle financeiro: como criar um eficiente?
O calendário de controle financeiro é uma ferramenta bastante utilizada em empresas, mas você sabia que ela também pode ser aplicada à gestão das finanças pessoais ou ao orçamento doméstico?
Muita gente não consegue poupar dinheiro porque peca na organização das receitas e das despesas. Sem monitorar a movimentação financeira, seja diária, semanal ou mensal, o indivíduo tende a perder o controle dos gastos e, com isso, endividar-se.
Além disso, a falta de um mecanismo de acompanhamento das finanças contribui para que a pessoa perca os prazos e, dessa forma, tenha que pagar juros e multas devido aos atrasos.
Para ajudá-lo na organização da sua vida financeira, apresentamos em seguida uma série de dicas de como elaborar um calendário de controle financeiro eficiente. Confira!
Prepare-se para uma mudança de rota
Colocar as contas em dia e viver uma situação de estabilidade quando o assunto é dinheiro dependem de uma certa dose de estudo e de esforço de quem pretende mudar a forma de lidar com as finanças pessoais.
Pouco vai adiantar você poupar certa quantia, se mais tarde comprar um bem por um preço muito acima do mercado, devido a juros exagerados. De igual modo, se você não saber frear os impulsos na hora de consumir, dificilmente conseguirá uma situação financeira mais confortável.
Logo, encare o uso do calendário de controle financeiro como o começo de uma relação saudável com o dinheiro. Como em qualquer mudança de rotina, essa nova atitude vai demandar foco e disciplina, para que se possa colher os frutos positivos mais tarde. Assim, não adianta culpar a ferramenta, se a pessoa não a segue à risca, concorda?
Escolha o suporte e a estrutura do seu calendário de controle financeiro
Uma das vantagens do calendário de controle financeiro é a simplicidade desse mecanismo. Afinal, ele permite que a pessoa organize as receitas e as despesas de acordo as datas e os valores respectivos. Dessa forma, é possível monitorar a vida financeira cronologicamente.
Para criar o seu calendário, você pode utilizar uma folha de papel, uma planilha de computador ou até mesmo um aplicativo de gestão financeira. Há pessoas que elaboram essa ferramenta como se fosse uma tabela, com uma coluna para as datas, uma para a descrição do ganho ou do gasto, uma para o valor e outra para o status de cada item.
Existe também quem prefira utilizar um calendário convencional, porém com “quadrados” ou células maiores para cada dia do mês. Nesse caso, os itens do orçamento são escritos nas datas correspondentes.
Com essa ferramenta, seja de qual modo for elaborada, é possível ter uma visão abrangente da situação financeira de determinado período, o que facilita a gestão.
Liste as receitas e as despesas recorrentes
O êxito do calendário de controle financeiro dependerá do seu empenho em listar todos os seus ganhos e todas as suas despesas, para que os dados da ferramenta coincidam com a realidade.
Para facilitar o preenchimento dos dados, é importante que você identifique quais são os gastos que você possui todos os meses. Dessa forma, evita-se que algum item fique de fora e você perca o controle das finanças.
Adquira o hábito de acompanhar o calendário
Para um número considerável de pessoas, principalmente as que têm um emprego fixo, os ganhos se concentram na data de recebimento do salário. Contudo, os gastos tendem a ficar distribuídos ao longo do mês.
Por esse motivo, você precisa desenvolver o hábito de monitorar periodicamente o seu calendário de controle financeiro. Com isso, você saberá se a sua renda é suficiente para cobrir os gastos nas datas em que eles ocorrerem.
O acompanhamento rotineiro da ferramenta também contribui para que você tome decisões de modo mais consciente, quer dizer, com base nos dados observados e não no “achismo” ou no simples desejo de adquirir algo.
Realize eventuais ajustes para conquistar o equilíbrio das finanças
O ideal é que você preencha o seu calendário de controle financeiro com certa antecedência, para que consiga observar possíveis gargalos e, assim, realizar ajustes nas datas das suas despesas.
Ao usar o calendário como se fosse o seu orçamento, você se planeja para que não haja gasto sem a quantia correspondente para quitá-lo. Como você já deve saber, o recomendável é primeiro receber, para só depois pagar.
Entretanto, nem sempre isso ocorre, seja porque a pessoa trocou de emprego e mudou a data do recebimento do salário ou porque não é possível transferir a data de determinada conta.
No primeiro caso, é necessário ter uma “margem de segurança” de dias, para que não se corra o risco de atrasar os débitos e ter que pagar juros. Já no segundo, o jeito é poupar certa quantia, para poder antecipar pagamentos e, assim, ter as contas em dia.
Estabeleça metas de economia progressivas
Se você já tiver a vida financeira devidamente organizada, é indispensável estipular metas de economia progressivas, quer dizer, que aumentem de tempos em tempos. Guardar determinado percentual da renda de cada mês é um bom começo nesse quesito.
Lembre-se de que esses propósitos devem fazer parte do seu calendário de controle financeiro, para que você já reserve esses valores no seu orçamento e, assim, só utilize o que sobrar no pagamento das suas despesas habituais.
Com essa atitude proativa, você primeiro pensa em guardar dinheiro, para só depois gastar. Desse modo, você aumenta as chances de juntar recursos e, assim, acumular patrimônio.
Planeje-se para fazer investimentos a longo prazo
Não é novidade que muita gente tem dificuldade para separar parte do que ganha para formar uma reserva de emergência ou um “colchão de segurança” ou, ainda, gerar riqueza. Para vencer esse obstáculo, uma estratégia é utilizar a chamada “poupança forçada”.
Por meio de um investimento de longo prazo, como o consórcio de um veículo ou de um imóvel, a pessoa pode assumir o compromisso de pagar parcelas mensais e, assim, acumular os recursos necessários para adquirir o bem escolhido.
Desse jeito, a prestação do consórcio se torna um item a mais no calendário de controle financeiro, porém, em vez de uma dívida, ela significa o investimento na formação de patrimônio da pessoa e da família.
Quer obter mais dicas para melhorar a situação financeira do seu lar? Confira também o post “Educação financeira infantil: 5 hábitos que os pais devem estimular”!