Muitos jovens sonham em sair da casa dos pais e ganhar independência. Afinal, apesar de ser bom ter todos aqueles mimos, como o almoço preparado pela mãe e a roupa lavada, chega uma hora em que a vontade de ser independente fala mais alto, não é verdade?

Porém, sair dessa zona de conforto é um daqueles momentos que envolvem muitas mudanças, não apenas financeiras, mas também psicológicas.

Por implicar uma série de escolhas e atitudes que impactarão você e sua família, é essencial levar em consideração alguns pontos para que tudo saia da melhor forma possível.

Com o objetivo de te ajudar a tomar a decisão mais acertada, preparamos este post com as 4 coisas para considerar antes de sair da casa dos pais. Confira!

1. Independência financeira para pagar as contas

Essa é a primeira coisa a se levar em consideração antes de tomar a decisão de sair da casa dos pais.

Você já possui uma renda mensal que lhe permita cobrir os gastos com a nova moradia, como condomínio, água, luz, gás e internet?

Não se esqueça de incluir também os gastos com saúde, lazer e educação, além da poupança para imprevistos.

Mesmo que você se sinta seguro e acredite que já tenha renda suficiente para pagar todas as contas, que tal, por um período, fazer um teste de como seria morar sozinho?

Durante três meses, pague suas contas, ajude nas despesas da casa dos pais, lave sua própria roupa e resolva por conta própria possíveis problemas que possam surgir, como um vazamento no banheiro ou na cozinha.

Não se esqueça de poupar para imprevistos e colocar todos os gastos detalhados em uma planilha.

Se depois desse período você ainda se sentir confortável para tomar a decisão de sair da casa dos pais, siga em frente. Caso contrário, é melhor adiar esse sonho e se planejar.

Mas como se planejar?

Quem não tem uma renda mensal que permita custear os gastos de morar sozinho tem que se planejar para mudar essa situação.

Se mudar de emprego para ganhar mais ou então fazer trabalhos extras não estão entre as opções, o ideal é guardar uma quantia de dinheiro que cubra o equivalente a seis meses de despesas, pelo menos.

Para conseguir levantar essa quantia, anote todos os seus gastos em uma planilha para saber exatamente onde você está gastando o dinheiro.

Com essa informação em mãos vai ser mais fácil cortar os supérfluos que acabam atrapalhando, como a mensalidade da academia que você nunca frequenta.

2. Estabilidade na carreira

Outro ponto importante a ser lembrado, a estabilidade na carreira tem um peso significativo na tomada de decisão de sair ou não da casa dos pais.

Será que você já conseguiu chegar onde queria e conquistou o sonhado cargo dentro da empresa?

Você precisa se questionar sobre isso, porque a saída da casa dos pais pode envolver também muito estresse e desgaste emocional.

Trabalhar o dia todo, estudar e ainda ter uma casa para cuidar pode ser um fator estressante. Para quem está em busca da estabilidade na carreira pode ser uma desvantagem.

Além disso, é preciso analisar se os gastos despendidos para quitar as contas básicas da nova moradia não vão afetar a oportunidade de conseguir mais profissionalização por meio de cursos e participações em congressos e workshops. Para evitar os problemas citados acima, o planejamento também pode ser a solução.

Lembra da quantia que falamos no tópico anterior que você deve levantar para cobrir as despesas? Adicione a ela um percentual que cubra os gastos com educação para continuar investindo na carreira.

Uma alternativa é falar com seu chefe e pedir uma bolsa-auxílio para que você possa fazer uma pós-graduação ou curso de idiomas que será um diferencial para o cargo que ocupa.

Já sobre o desgaste emocional, o ideal é se preparar psicologicamente conversando bastante com sua família e fazendo com que todos participem dessa nova fase da sua vida. E não sinta vergonha em pedir ajuda sempre que necessário.

3. Local para morar

O local onde você vai morar depois de sair da casa dos pais também é um dos fatores de sucesso dessa nova fase.

Preço, localização, características da casa ou do apartamento... Você terá que fazer escolhas que definirão seu padrão de vida a partir de agora.

Não se iluda achando que você sairá do imóvel dos pais e morará em outro exatamente nos mesmos padrões. Lembre-se de que eles batalharam durante muitos anos para conseguirem o que têm e que, provavelmente, levará um tempo para você ter acesso ao mesmo estilo de vida.

Não visite imóveis sem saber antecipadamente sobre preços e valores do condomínio, e saiba de antemão quais são os trâmites necessários para conseguir alugar ou comprar.

Caso esteja pensando em adquirir uma casa ou apartamento, uma interessante opção é o consórcio, que, diferentemente dos financiamentos, não cobra juros.

Além disso, o consórcio apresenta menor burocracia e não requer um investimento inicial. Para quem não tem urgência de sair da casa dos pais ou começou a se planejar agora para dar esse passo futuramente, é a melhor escolha.

4. Disposição para dividir o imóvel com outras pessoas

Uma situação bastante comum de quem decide sair da casa dos pais é dividir a nova casa com outras pessoas, que podem ser desde colegas da faculdade, companheiros de trabalho até mesmo completos estranhos.

Apesar de essa ser uma boa forma de diminuir gastos, a situação pode virar uma dor de cabeça se as regras de divisão de contas e convivência não forem esclarecidas logo no início.

Divida entre vocês as despesas básicas e os materiais de limpeza, por exemplo. Já os gastos menores, como a cerveja do fim de semana, não precisam entrar nessa conta e podem ser pagos individualmente.

Além disso, defina uma pessoa para ficar responsável pelo pagamento das despesas fixas e, assim, evitar multas por atrasos.

E então, gostou do post sobre as 4 coisas para levar em consideração antes de sair da casa dos pais? Aproveite e confira nosso texto sobre qual é a melhor idade para adquirir o primeiro imóvel e saiba se você já está preparado!