Geralmente, comprar um carro usado é uma boa ideia para quem busca economizar. No entanto, essa aquisição precisa ser inteligente, com uma boa pesquisa sobre os modelos. Sendo assim, elaboramos este post para mostrar tudo o que você precisa saber para realizar análise de histórico veicular!

Aqui, o objetivo é fortalecer seu processo de decisão, evitando que sofra com a frustração de uma compra precipitada e malfeita.

Neste artigo, você vai descobrir quais os passos para consultar o histórico do carro antes de comprar, como entrar no site do Detran, verificar as restrições judiciais de veículo, conhecer o histórico geral do automóvel etc.

Para isso, reunimos 10 dicas especiais para que você fique de olho no momento da aquisição. Não perca tempo e acompanhe!

Como fazer a análise de histórico veicular?

A análise de histórico veicular é feita com verificação de bloqueios judiciais, das multas e pendências, do histórico de revisões, da passagem por leilão, da quilometragem indicada e da originalidade das peças. Além disso, é recomendado fazer uma vistoria, pesquisar sobre o automóvel na CIRETRAN e cotar o seguro.

Essa análise não é simbolizada apenas pela compra de um dossiê em um serviço especializado. Apesar de essa técnica ajudar muito — e ser listada aqui — ela também pode ser complementada com outras noções importantes. Veja!

Verifique se há restrição judicial do veículo

A aquisição de veículos com restrições pode causar inconvenientes que, dependendo da complexidade da restrição, poderão levar tempo para serem resolvidas, além de serem custosas.

Para evitar toda essa situação, é muito importante que você faça a consulta de pendências do automóvel. Alguns sites oferecem esse serviço mediante o pagamento de uma taxa, como o Checkauto. Em geral, é necessário informar o número da placa, do RENAVAM e, em alguns casos, do chassi.

Se o atual proprietário do veículo se recusar a fornecer essas informações, pode ser indício de que o veículo tem problemas. Logo, tenha cuidado ao realizar qualquer negociação. Diversos são os motivos que podem originar a proibição de circulação e/ou de transferência de propriedade.

Por isso, ao se deparar com um veículo que apresenta restrições no DETRAN, é importante buscar, antes da aquisição, orientações especializadas para identificar a origem do bloqueio e quais atos devem ser realizados para a baixa da restrição.

Cheque multas e restrições no Detran

Além das restrições, é importante saber se o veículo está com multas não quitadas, multas suspensas, atraso no licenciamento e pagamento de IPVA, entre outros.

É muito importante fazer essa consulta antes de fechar negócio e, na medida do possível, solicitar a quitação desses encargos ou negociar um abatimento no preço do veículo.

A consulta desse tipo de irregularidade deve ser feita junto ao Departamento Nacional de Trânsito. Para isso, basta acessar o portal do Denatran e inserir os dados do carro. Alguns DETRANs estaduais também oferecem essa funcionalidade.

Analise o histórico de revisões

Para saber se o carro está em bom estado, é preciso verificar se as revisões foram feitas no momento certo. Isso indicará se ele foi bem cuidado e, consequentemente, poderá ser usado por muitos anos sem dar problemas.

Você pode descobrir se o carro foi bem cuidado lendo o manual do modelo, para saber quando as manutenções periódicas deveriam ter sido feitas, e reparando o que for visualmente fácil de entender, como o nível do óleo, do líquido de arrefecimento etc.

Para saber como estão outros itens que não podem ser verificados facilmente, peça para rodar com o carro e leve-o para seu mecânico de confiança. Ele é a pessoa mais indicada e mais bem-treinada para descobrir problemas.

Em paralelo, ele poderá verificar se houve troca de peças e se as atuais são ou não originais.

Esse tipo de coisa não é necessariamente um sinal vermelho, mas pode reduzir o valor do carro. Ao comprar em uma loja de usados, você terá um período de garantia legal para algumas partes do veículo.

Verifique se o carro já passou por leilão

Da forma como percebemos, essa é uma dica fundamental para antecipar problemas futuros. Logicamente, sempre existirão exceções. Afinal de contas, existem leilões dos mais variados tipos, em que os modelos negociados não foram prejudicados pelos proprietários anteriores.

No entanto, de forma geral, um carro de leilão costuma ser uma caixinha de surpresas, sobretudo, aqueles comercializados em leilões de seguradoras. Nesse sentido, é muito importante conhecer o real histórico do modelo, identificando se ele já passou por esse tipo de modalidade.

Faça vistoria

Atualmente, para troca de titularidade, o DETRAN realiza uma vistoria dos itens obrigatórios para seu funcionamento, além da conferência de chassi, placa e número do motor, entre outros.

Essa vistoria verificará a situação geral do carro, a presença dos itens obrigatórios de segurança, a integridade da suspensão, dos pneus e das lanternas, além de checar se a documentação está em dia.

Algumas empresas também oferecem uma inspeção mais completa que não só atende aos critérios do DETRAN, mas também verifica problemas na estrutura do carro. Ela é chamada de vistoria cautelar.

Nela, é possível, por exemplo, saber se o carro é sinistrado. Caso ele seja, é preciso ter muito cuidado, pois um carro já sinistrado não poderá ser novamente coberto pelo seguro de automóveis. É altamente recomendado optar por uma inspeção mais completa para evitar surpresas desagradáveis.

Faça uma pesquisa na CIRETRAN

Como pode notar, toda essa lista de recomendações é pautada na importância de enxergar além da aparência do veículo e do argumento do vendedor. Afinal, a compra do carro usado representará um bom negócio de longo prazo ou um prejuízo de curto prazo.

Sendo assim, é importante utilizar o CSV, o Certificado de Segurança Veicular do modelo para fazer uma consulta na CIRETRAN, a Circunscrição Regional de Trânsito.

O objetivo dessa pesquisa é identificar acidentes no passado, que podem estar ocultos sob um trabalho de pintura ou lataria.

Confira a quilometragem

Apesar de soar óbvia, essa é uma dica fundamental. Dizemos isso porque o valor indicado no hodômetro nunca será 100% confiável, pois existem meios para adulterar essa marcação. Nesse caso, é importante correlacionar algumas situações de causa e efeito.

A primeira é saber se o modelo era utilizado como veículo comercial, como táxi ou transporte por aplicativo. Por razões óbvias, os carros empregues nessas atividades contam com uma quilometragem maior, principalmente quando comparados aos demais modelos de mesma idade.

Outro ponto a considerar são os pneus. Em condições normais, um conjunto apresenta uma durabilidade média de 30 mil quilômetros. Portanto, se o veículo indicar uma quilometragem menor que essa, mas não estiver equipando os pneus originais, suspeite! Para isso, basta checar o ano de fabricação que está marcado na lateral do componente.

Por fim, cheque as superfícies de contato no interior da cabine, como pedais, volantes e manoplas de câmbio. Mesmo em veículos de luxo, o desgaste causado pelo uso começa a demonstrar seus sinais por volta dos 90/100 mil quilômetros. Caso o veículo indique esses sinais com uma quilometragem inferior a essa marca, suspeite.

Verifique se as peças são originais

Já destacamos uma dica que exige a companhia de um especialista, como um mecânico da sua confiança. Normalmente, as peças originais levam algum tipo de indicação da fabricante, como o logo da montadora impresso ou em relevo.

Já as peças paralelas não apresentarão essa indicação ou estarão estampadas com a marca de outra fabricante. Essa é uma dica que exige uma análise técnica, pois existem montadoras que equipam componentes de outras fabricantes.

O objetivo é identificar possíveis trocas não registradas no histórico de manutenções do veículo. Além de peças paralelas não apresentarem a mesma durabilidade das autênticas, existem componentes que provocarão um desgaste ainda maior sobre o conjunto mecânico.

Compre de um conhecido

A compra de veículo por meio da internet é uma situação delicada, tendo em vista que a ausência de informações concretas sobre o vendedor e o veículo pode gerar certa intranquilidade para finalizar o processo.

Procure buscar informações sobre a idoneidade do vendedor, e evite fazer pagamentos antes de ter certeza sobre a legalidade da transação.

Comprar um veículo de alguém que você já conhece ou de conhecidos dos seus amigos e familiares é uma boa opção. Caso opte por comprar em uma loja de usados, escolha aquela que tenha boas referências.

Com alguém conhecido, é muito mais fácil solicitar as informações do carro para fazer consultas, pedir um test drive e testá-lo.

Faça uma cotação prévia de seguro

No momento da aquisição, também é importante:

  • fazer cotações de seguro para verificar se elas ficam dentro de suas possibilidades;
  • avaliar se o veículo será segurado, pois nem todas as companhias fazem seguro para sinistrados e/ou frutos de leilão, restrições ou, quando fazem, é por um percentual aplicado sobre a FIPE, e não valor integral da FIPE.

Por fim, também é importante manter o seu desconfiômetro ligado quanto aos preços muito abaixo do mercado.

Para saber o valor relativo de um modelo, você pode conferir a tabela FIPE, que é uma fonte referencial no monitoramento de preços de todos os veículos negociados no mercado brasileiro.

Leia também: 6 dicas para conseguir comprar seu primeiro carro

Quais os passos para consultar o histórico do carro?

Para consultar o histórico do carro é necessário: entrar no site do Detran do seu estado; conhecer o histórico geral do veículo, conferindo se houve sinistros anteriores; identificar batidas graves; avaliar carros que já passaram por alagamentos; e observar se há fumaça azulada saindo do escapamento do automóvel.

A aquisição de um carro usado possibilita ao comprador obter um veículo com muito conforto e opcionais, além de economizar uma parte do dinheiro que seria investido em um carro zero. Entretanto, é necessário averiguar o histórico do automóvel antes de fechar a negociação. Veja a seguir como você pode fazer isso e ter mais segurança em sua decisão!

Entre no site do Detran

  1. Entre no site do Detran do seu estado e procure o espaço onde estão disponíveis os serviços online. As normas são diferentes em cada região, razão pela qual cada página tem os seus aspectos próprios.
  2. Utilize o número do seu CPF para fazer o login e insira a sua senha gov.br. Se você ainda não tiver criado sua conta, deixe o site redirecioná-lo para o ambiente virtual de criação de cadastro.
  3. Localize a opção veículos e selecione a de débitos e restrições de automóveis.
  4. Informe todos os dados requeridos, a placa e o RENAVAM do carro.

Esse site mostra todos os dados sobre vistorias, restrições e débitos pendentes. O histórico de roubo ou furto pode ser consultado na página da Polícia Rodoviária Federal de forma gratuita. Você também poderá fazer a consulta no site do DENATRAN, mas saiba que há um limite de até 5 acessos.

Conheça o histórico geral do veículo

Para conhecer o histórico geral do automóvel e saber se houve sinistros anteriores, o motorista pode conferir o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), mais especificamente no campo “Observações”.

Essas informações são disponibilizadas em documentos de veículos que passaram por acidente e tiveram as suas peças reparadas. O Certificado de Segurança Veicular (CSV) fica registrado na documentação.

Identifique batidas graves

As batidas mais graves que podem impedir o funcionamento normal dos automóveis podem ser averiguadas por meio do aplicativo Sinesp Cidadão.

Esse app foi desenvolvido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça para que o público tenha acesso a essas informações. Consulte a aba “veículos”, disponibilize a placa do veículo e cheque a situação.

Outra forma de identificar batidas é observar se existem vãos fechados ou abertos ao redor do veículo. Verifique se existem diferenças de um lado em comparação com o outro, por exemplo, pintura opaca ou escorrimento na tinta, falta de acabamentos etc.

Avalie carros que passaram por alagamento

Tenha atenção para identificar veículos que enfrentaram um alagamento. Normalmente, eles têm um cheiro estranho e a água afeta a estrutura do automóvel, a parte eletrônica, elétrica, e carroceria pode sofrer oxidação, diversos itens param de funcionar e os contatos enferrujam.

Analise também a presença de terra embaixo dos bancos, no carpete e nas laterais das portas.

Observe fumaça azulada saindo do escapamento

Se houver fumaça azulada emitida pelo escapamento, esse é um péssimo sinal. Converse com um mecânico da sua confiança para fazer um diagnóstico do carro antes de assinar o contrato de compra e venda.

Avalie ainda o histórico de manutenção, revisões recomendadas pelo fabricante e existência de consertos que desvalorizem o veículo.

Finalmente, certifique-se de que o motor não foi mexido ao observar sua fixação. Caso perceba marcas nos parafusos das tampas e outros componentes do motor, significa que ele já foi aberto, ou seja, retificado.

Ao notar que a troca das marchas está lenta ou a existência de ruídos no automóvel, saiba que os componentes internos podem estar desgastados.

Saiba mais: Passo a passo: veja como fazer uma transferência de veículo

FAQ

Como fazer análise de histórico veicular?

Para fazer análise de histórico veicular é necessário conferir algumas informações essenciais, como restrições judiciais, multas e restrições no Detran, histórico de revisões e manutenções, passagem por leilão ou acidentes, quilometragem, originalidade das peças etc. E, ainda, vale pesquisar sobre o veículo no CIRETRAN e realizar uma vistoria.

Quais os benefícios de uma análise histórico veicular?

O maior benefício de realizar uma análise de histórico veicular completa é evitar que você faça um mau negócio ao comprar um carro usado ou seminovo, conhecendo suas condições. Ela antecipa possíveis problemas, que podem ser até pequenos e acabar apenas em um desconto maior no valor de aquisição.

Quais os pontos críticos numa análise de histórico veicular?

Os pontos críticos que precisam ser incluídos na análise de histórico veicular são: originalidade de peças; ausência de retirada do motor; presença de multas e restrições judiciais ou do Detran; participação em leilão; vivência de alagamentos; adulteração de quilometragem; acidentes e sinistros anteriores; e realização de vistorias e manutenções.

Como comprar um carro usado ou seminovo?

Se a ideia é comprar um carro para chamar de seu, independentemente se for novo, usado ou seminovo, pode-se contar com o autofinanciamento do consórcio. É uma modalidade de investimento para adquirir um veículo, imóvel e terreno, entre outros bens e serviços.

Por meio do pagamento de parcelas mensais, acrescidas de taxas administrativas e de seguros, sem cobrança de taxa de juros, o consorciado pode ser contemplado com o valor da carta de crédito durante um sorteio mensal ou, então, acelerar suas chances com a oferta de lances.

É a opção perfeita para quem deseja planejar investimentos maiores sem impactar seu controle financeiro. Conheça mais sobre o consórcio de veículos e faça uma simulação das parcelas no site!

Agora que você já sabe o que deve ser observado ao analisar o histórico de um carro, chega o momento de continuar aprendendo sobre o tema, conferindo nosso Guia Prático para a Compra de Seminovos!
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