O dinheiro é o principal causador de brigas entre casais. Os motivos são diversos: esconder compras, fazer dívidas, emprestar dinheiro para amigos ou familiares sem que o parceiro saiba, entre outros. Todos eles podem ser determinantes para estabelecer a discórdia e iniciar grandes discussões.

Portanto, é importante que cada casal trace e respeite as suas próprias regras de como dividir as despesas, a fim de evitar que brigas referentes a esse assunto acabem com a felicidade do relacionamento.

Pensando nisso, neste post vamos falar sobre como os casais podem dividir as despesas sem brigas desnecessárias. Confira!

Como decidir a melhor forma de dividir as despesas do casal?

Para escolher a melhor forma de dividir as despesas é preciso ter uma conversa franca. Falar sobre dinheiro é sempre um assunto que as pessoas gostam de evitar, porém essa é a melhor maneira de eliminar as brigas a respeito do tema.

Para encontrar a melhor decisão, leve em consideração os seguintes aspectos:

  • quanto cada um ganha;
  • quais são as despesas comuns do casal;
  • quais são as despesas individuais.

O último tópico é o mais importante, mas também o que as pessoas geralmente tendem a esconder pelo receio de serem julgadas. Se o marido é mais descontrolado financeiramente do que a esposa, por exemplo, isso pode se tornar um grande problema caso venha a interferir no orçamento doméstico.

No entanto, se ambos apresentam um comportamento semelhante, sem grandes gastos e focados em poupanças e investimentos, provavelmente o modelo da divisão de contas vai ser bem diferente do exemplo anterior.

Portanto, a regra principal para esse assunto é a honestidade. Nada de esconder a verdade sobre como você gasta o seu dinheiro ou como se sente com a forma de divisão atual das finanças do casal.

Quais são as opções para dividir as contas entre o casal?

Após uma conversa franca a respeito das finanças, o casal deve analisar as opções disponíveis e escolher aquela que melhor se encaixa ao perfil de ambos.

Não há uma regra exata, tendo em vista que os relacionamentos são diferentes. No entanto, nos tópicos abaixo falaremos sobre os dois modelos mais utilizados atualmente. Acompanhe!

Conta conjunta

A conta conjunta é uma opção para aqueles que acreditam que, independentemente do tipo de despesa, se partilhada ou individual, o valor deve sair de um mesmo fundo. Dessa maneira, ambos têm controle sobre os gastos do outro, além de acesso ilimitado ao saldo depositado.

Para aderir a esse modelo, é necessário muita confiança e sintonia no que diz respeito às finanças do casal. A conta conjunta transmite a ideia de que a manutenção do patrimônio é de ambos e que, portanto, os dois têm direito de usar o valor disponível para suas compras individuais, desde que elas não comprometam a saúde financeira familiar.

Divisão proporcional

Esse é o modelo em que cada cônjuge contribui proporcionalmente para os gastos com moradia, luz, água, alimentação, entre outros.

Por exemplo, se um ganha R$ 5 mil e o outro R$ 3 mil, quem recebe um rendimento mais alto fica responsável por mais contas. As compras individuais não são partilhadas, logo, ambos têm liberdade nesse quesito.

Nesse caso, os especialistas indicam que o casal mantenha uma terceira conta, a da casa, na qual ambos depositem mensalmente os valores respectivos de cada contribuição e também alguma quantia predeterminada para objetivos em comum, como viagens, reforma da casa, educação dos filhos, troca de carro, entre outros.

O que é importante levar em consideração na divisão das contas?

O compromisso dos cônjuges com o modelo escolhido é fundamental! É importante traçar regras claras e objetivas para que ninguém saia prejudicado.

Abaixo, falamos sobre duas condições essenciais para que o seu relacionamento não seja afetado por problemas financeiros. Confira!

Planejamento financeiro

Como em qualquer situação que envolve dinheiro, o planejamento financeiro é essencial. Independentemente da divisão ser igual ou proporcional, como um casal, você e seu parceiro partilham sonhos e objetivos em comum. Logo, devem saber que não basta pagar as contas mensais e gastar todo o dinheiro que sobra com itens individuais.

Não deixem de traçar planos para poupanças e investimentos que possam garantir a tranquilidade familiar. O ideal é ter uma reserva equivalente a 6 a 12 meses das despesas mensais. Dessa maneira, caso aconteça algum imprevisto, vocês estarão seguros durante o tempo necessário para se reorganizarem.

Especialistas aconselham que a carteira de investimentos seja diversificada. Portanto, vocês podem dividir os rendimentos entre poupança, consórcio e outros produtos de baixo e médio risco, de modo que tenham liquidez para lidar com problemas que podem aparecer de surpresa.

Parceria no relacionamento

Pode parecer clichê, mas a parceria no relacionamento é essencial. Se ela existe, você e seu cônjuge com certeza não terão problemas em partilhar o dinheiro.

Se a opção for pela conta conjunta, por exemplo, não fique controlando excessivamente os gastos do outro, impedindo a liberdade da pessoa de movimentar o próprio patrimônio. Por outro lado, também não gaste de maneira leviana fazendo negócios, emprestando dinheiro ou comprando itens caros sem consultar previamente a opinião do seu marido ou esposa.

Já se o modelo escolhido foi a divisão proporcional, é importante que o cônjuge com o maior salário não fique impondo decisões apenas porque ganha mais do que o outro. A parceria deve ser a base do relacionamento, e as contas não podem ser motivo para brigas.

Quando conversar a respeito da divisão das contas?

Se você está pensando em casar, é ideal conversar sobre as finanças ainda durante o noivado. É importante que ambos saibam a maneira que cada um lida com o dinheiro e discutam a respeito das metas e objetivos que têm como casal.

Se vocês já estão casados e sentem que a forma como estão fazendo atualmente não está sendo satisfatória, não perca tempo em dar início ao assunto. A discussão financeira nem sempre é uma conversa fácil, mas ela é necessária para a saúde do relacionamento — principalmente, se há filhos envolvidos.

Outro ponto que não deve ser esquecido é que o acordo de vocês pode influenciar no regime de bens escolhido no momento da união. São eles:

  • comunhão universal de bens: os bens são divididos por igual, inclusive os adquiridos antes do casamento;
  • comunhão parcial de bens: apenas os bens adquiridos depois do casamento são divididos por igual. É o regime padrão;
  • separação total de bens: cada cônjuge tem o seu próprio patrimônio. Caso queiram comprar algo em conjunto, como um imóvel, é necessário especificar a intenção em contrato.

Lembre-se sempre que se você escolheu essa pessoa para ser o seu parceiro não há motivos para ter medo de conversar sobre diferentes assuntos, principalmente quando isso envolve o futuro de vocês como casal e família.

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