Você sabe como ensinar finanças aos filhos? Esse é um assunto central na vida de todas as pessoas e faz a diferença quando é ensinado dentro de casa, a partir dos primeiros anos de vida.

Quando uma criança cresce entendendo o dinheiro e as suas relações, ela aprende desde cedo como usá-lo a seu favor e como evitar erros comuns. Desse modo, é bem mais provável que ela se torne um adulto consciente e tenha conforto financeiro.

No entanto, como abordar esse assunto dentro de casa com os pequenos? Neste post, vamos dar 6 ótimas dicas de como ensinar finanças aos filhos de maneira bem didática. Acompanhe!

1. Ensine o valor das coisas desde cedo

Assim que a criança começa a tomar consciência de que, para ter um determinado objeto, precisa usar dinheiro em troca, ela começa a pedir presentes, nem que sejam pequenos, como algum item no supermercado. Em vez de falar apenas “não” ou ceder aos pedidos dela, ensine-a sobre o valor das coisas.

Isso envolve falar se algo é caro ou não, de acordo com o orçamento disponível. É fundamental também explicar por que não é possível levar algum produto que ela pediu, de modo que comece a entender que, quando se trata de dinheiro, é necessário ter limites.

Quando os filhos já são um pouco mais velhos — a partir dos 8 anos, por exemplo —, é possível explicar essa ideia diretamente com os números. Afinal, nessa idade, já sabem as operações básicas de matemática e conseguem fazer as contas.

Desse modo, sempre que for ao mercado com as crianças, indique um valor limite que podem gastar, para estimular a consciência financeira e a autonomia. O mesmo vale para datas comemorativas, que envolvem presentes. Assim, sempre que quiserem alguma coisa, aprenderão a olhar o preço e a refletir se o dinheiro disponível é o suficiente para pagar.

2. Diferencie os gastos necessários dos supérfluos

Sabe aquela noção básica de educação financeira que é definir o que é despesa fixa e o que é variável? Ela pode ser ensinada aos seus filhos, independentemente da idade, de uma maneira um pouco mais simples: apresentando o que é gasto necessário e o que é supérfluo.

Se a criança for muito pequena, tente fazer uma dinâmica com ela, incentivando-a a se lembrar de tudo o que precisa para passar o dia — por exemplo, água, comida, produtos de higiene, moradia, roupas, entre outros.

O importante, com isso, é mostrar quais itens são indispensáveis e, consequentemente, envolvem gastos frequentes. Dessa forma, é possível diferenciar as despesas episódicas, que são apenas coisas que compramos quando há dinheiro de sobra (um jogo novo, um passeio, uma viagem etc.), sem comprometer o orçamento familiar.

3. Dê uma mesada de forma educativa

A partir de uma faixa etária na qual a criança apresenta uma certa autonomia, como por volta dos 7 anos, ela pode começar a receber uma mesada. Engana-se quem pensa que isso é errado ou que é um mimo exagerado, pois essa estratégia vai ajudar o pequeno a aprender a gerenciar o próprio dinheiro.

A mesada vai ter a finalidade de fazer com que a criança aprenda na prática como é usar o seu dinheiro para comprar aquilo que deseja. É assim que ela vai saber que nem sempre tem o suficiente para tudo, o que possibilita adquirir as primeiras noções de poupança e se distanciar do consumismo infantil.

Comece dando pequenos valores a cada semana e aumente a quantia conforme o filho envelhece. A partir dos 12 anos, por exemplo, vale mais a pena dar uma mesada mensal, a fim de que ele administre melhor esse dinheiro.

4. Crie brincadeiras relacionadas às finanças

Brincadeiras como fazer um minimercado em casa, ou jogar banco imobiliário com as crianças mais velhas, ajudam a desenvolver a noção de administração financeira. Assim, é possível explicar as relações de venda e compra de maneira simples e didática.

Além de transmitir bons ensinamentos por meio de brincadeiras relacionadas às finanças, você ainda tem a oportunidade de passar um tempo descontraído com os seus filhos. Isso, com certeza, fará a diferença quando eles olharem para trás e se lembrarem desses momentos.

5. Faça com que os filhos tenham economias

Ensinar a economizar desde cedo é outro ponto positivo para a educação financeira infantil. Guardar dinheiro para alcançar uma meta, como comprar um novo brinquedo, vai estimular as crianças a ficarem determinadas a poupar parte do valor que ganham e tornar isso um hábito que podem carregar por toda a vida.

Uma ótima maneira de fazer isso, tanto com os filhos menores quanto com os maiores, é por meio do cofrinho. Incentivá-los a depositar suas moedas para economizar, principalmente em recipientes transparentes e que não podem ser abertos sem quebrar, mostra bem as vantagens de poupar dinheiro para comprar algo mais caro.

6. Compartilhe as finanças da casa

Um enorme erro cometido pelos pais é não incluir os filhos nas finanças familiares, pois pensam que crianças e adolescentes não precisam saber das contas da casa. No entanto, estimulá-los a participar das decisões financeiras permite que entendam desde cedo os gastos domésticos e colaborem com a economia do lar.

Crianças bem novas, de fato, não vão conseguir entender muito bem como funcionam as contas domésticas. Porém, as mais velhas, a partir dos 10 anos, por exemplo, conseguem compreendê-las com facilidade.

Para os pequenos, tente ensinar que gastar água ou energia elétrica desnecessariamente vai prejudicar as finanças e afetar a todos da casa. Já para os grandes, é possível deixá-los saber quanto a família gasta mensalmente com despesas como aluguel, contas de luz, água, telefone, gás, entre outros. Isso os prepara, inclusive, para lidar com esse assunto quando precisarem morar sozinhos.

Além disso, quando os filhos estão cientes das finanças da casa, conseguem entender melhor por que é necessário realizar um planejamento financeiro. Logo, não sentem que estão sendo castigados quando não ganham os presentes que querem, principalmente os mais caros.

Saber como ensinar finanças aos filhos não é uma tarefa simples nem é algo que vai ser feito do dia para a noite. No entanto, é possível, sim, orientá-los desde pequenos sobre o importante assunto que é a educação financeira. Assim, tudo contribui para que, no futuro, eles se tornem adultos conscientes e bem-sucedidos financeiramente.

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