Como ser independente financeiramente? 11 dicas práticas

Quer aprender como ser independente financeiramente? Antes disso, é preciso saber o que isso significa, porém depende da perspectiva de cada um. Para você, independência financeira pode ser não depender da sua remuneração para pagar suas contas. Para outra pessoa, pode ser não ter que trabalhar nunca mais e comprar o que quiser.

Portanto, esse objetivo depende muito do que você pretende alcançar. Para conquistar o patamar desejado, é necessário fazer com que seu dinheiro trabalhe para você. Isso demanda controle financeiro disciplinado, que pode ser desenvolvido pensando em um futuro de conforto e estabilidade.

Está a fim de chegar a esse patamar? Neste conteúdo, compilamos as melhores dicas e práticas que você pode aplicar hoje mesmo para ser independente financeiramente. Vamos lá?

1. Faça um planejamento financeiro

O passo inicial para manter um bom padrão de vida é planejando as finanças. Afinal, só obtém sucesso quem se programa com antecedência. Logo, a primeira missão é conhecer seu orçamento em detalhes.

Liste suas fontes de renda e os valores que recebe para saber a quantia que você tem disponível. Em seguida, registre todas as contas fixas e os gastos essenciais.

Para facilitar o processo, utilize um aplicativo de controle financeiro, uma planilha eletrônica ou o bom e velho caderno de anotações. Depois de adicionar tudo, marque, a cada dia, tudo o que você for pagando. Dessa forma, após dois ou três meses, você terá uma percepção bastante fiel do seu nível de consumo.

2. Evite dívidas

Dívidas vão na contramão de como ser independente financeiramente. Elas comprometem seu orçamento mensal e fazem com que você tenha de pagar juros. Para fugir desse cenário, evite armadilhas como pagar o mínimo da fatura do cartão de crédito, fazer compras desnecessárias, recorrer a financiamentos longos e utilizar o cheque especial.

Se você já está endividado, negocie e quite tudo o quanto antes. Uma recomendação é saber qual o tipo de juros que você paga todo mês e tentar trocar por uma mais reduzida — seja transferindo a dívida para outro banco, seja pegando um empréstimo para pagar o débito de uma vez.

3. Pague à vista

Existem muitos brasileiros que têm o hábito de comprar diversas coisas de forma parcelada. Quer por comodidade ou apenas por costume, as mensalidades fazem parte do cotidiano de muitas pessoas.

No entanto, essa “praticidade” gera um problema que passa despercebido. A maioria pensa somente no valor da parcela e se esquece de considerar o preço total do produto ou serviço adquirido, além de arcar com juros embutidos.

Para não passar por isso, pense na real necessidade de parcelar suas compras. Priorize o pagamento à vista e aproveite o momento para pedir descontos. Assim, você poupa dinheiro e não prejudica orçamentos futuros.

4. Pense em atividades lucrativas extras

Se você tem um dom natural para decorar ambientes, fazer artesanato, pintar quadros, tocar um instrumento ou qualquer outro hobby lúdico, que tal pensar em conseguir uma renda extra?

É claro que essas atividades não podem sobrecarregar sua rotina. É por isso que você precisa se dedicar a algo que já tenha experiência e que não o prejudicará. Contudo, se você realizar uma tarefa extra aos finais de semana, terá um dinheiro a mais no fim do mês.

5. Gaste menos do que ganha

O segredo da educação financeira é gastar menos do que se ganha. Se isso virar costume, algum dia você ficará independente do trabalho. Vale reforçar que a conquista desse objetivo vai depender do quanto você consegue fazer sobrar.

Comece de forma gradual para criar um hábito. Analise o orçamento que você anotou e identifique os valores que podem ser diminuídos ou evitados. Pequenos ajustes, como se livrar da taxa do banco ou trocar o plano do celular, fazem uma enorme diferença. Separe os seus gastos por categorias e defina um valor máximo tolerável para cada um.

Importante! Não se deixe dominar pelo efeito manada, que é quando as pessoas se comportam de maneira semelhante ou compram algo somente porque a maioria deseja comprar. Não embale com a multidão para tentar suprir uma falsa necessidade de mercado. Fuja do modismo causado por gastos dispensáveis.

6. Crie metas alcançáveis

O segredo para conquistar a independência financeira é criar metas específicas e atingíveis. Portanto, pense aonde você pretende chegar em curto, médio e longo prazo. Assim, você economiza com propósito e, quando chegar a hora de empregar seu dinheiro naquilo que você idealizou, não haverá surpresas desagradáveis. Afinal de contas, você teve foco e dedicação no início.

7. Faça uma reserva de emergência

Como já deu para notar, ser independente financeiramente depende de muito preparo. Parte disso, é pensar nos imprevistos que podem surgir no caminho. Para isso, crie uma reserva de emergência para bancar seus gastos por até seis meses.

Essa não é uma atitude drástica e exagerada, pois evita que você fique endividado e com o nome negativado caso perca o emprego ou alguma urgência apareça no meio do caminho.

Com um dinheiro reservado, você não precisa se desesperar por receio de não conseguir pagar as contas essenciais ou se ver forçado a abandonar as coisas que você gosta de fazer. Seja prudente.

8. Coloque tudo na ponta do lápis

O primeiro passo para tornar a reserva possível é deixar de enxergar a vida financeira com imediatismo. Afinal de contas, esse dinheiro fica guardado, justamente, para que um imprevisto seja remediado com sabedoria. Se você costuma não resistir quando se depara com uma promoção, por exemplo, está na hora de redirecionar os pensamentos e ter consciência de que, com saúde financeira, se torna muito difícil ficar sem dinheiro no final do mês.

Esse planejamento está relacionado à segurança na busca pela independência e disciplina. Assim, ao conseguir separar determinada quantia mês a mês, não será preciso recorrer aos empréstimos, limites do cartão de crédito e outras armadilhas que parecem a solução ideal em momentos de sufoco. Para isso, o primeiro passo é observar a total dimensão do dinheiro com foco na reserva.

Coloque na ponta do lápis quanto ganha, quanto gasta e quanto será preciso somar até alcançar uma quantia compatível com sua renda. Esse valor costuma variar bastante, mas o ideal é que seja, em média, seis vezes sua renda para ter uma folga caso perca o emprego ou algo do tipo aconteça.

9. Defina suas metas

Uma boa dica para não cair em tentação e se organizar é estabelecer metas para o mês. Aos poucos, se torna mais fácil mudar hábitos e ser mais econômico. O que faz mesmo diferença é se comprometer com tudo isso e não desistir na primeira oportunidade de gastar. Saiba que mesmo que em um primeiro momento acabe gastando depois de começar a economia, não deixe que o desvio te faça parar.

Hábitos de consumo não são tão simples de mudar. Por este motivo, tenha perseverança e aprenda a se autodisciplinar, ainda que isso demore mais do que o esperado. O mais importante é ter o objetivo claro e o que será preciso fazer para conquistá-lo.

Uma sugestão bastante interessante é não comprar coisas que não são essenciais logo de cara. Quando sentir vontade de gastar e abandonar a reserva, resista ao impulso e aguarde pelo menos até o dia seguinte antes de tomar uma decisão.

10. Faça um consórcio

Quando o assunto é organizar a vida financeira com disciplina, investir em um consórcio pode ser uma excelente alternativa. O compromisso de separar a quantia todos os meses em busca de seus sonhos faz com que aconteça uma espécie de poupança planejada. Ou seja, no lugar de guardar apenas o que sobrou, você precisa honrar os compromissos com administradora.

Nesse sentido, é muito mais fácil assumir o compromisso de pagar as parcelas do consórcio do que guardar uma parte dos seus ganhos por conta própria, não é mesmo? Assim, o consórcio acaba forçando você a se tornar uma pessoa mais organizada financeiramente.

O grande segredo é combinar a reserva de emergência para manter as obrigações financeiras mesmo diante dos imprevistos e priorizar opções que caibam no seu bolso. Assim, de maneira consciente e muito bem alinhada, você realiza os sonhos e melhora a qualidade de vida sem sobrecarregar as finanças.

11. Aprenda a investir

Um passo muito importante é saber como funciona o mercado de investimentos, já que o dinheiro poupado precisa ser aplicado para trabalhar sozinho. Se você nunca teve contato com essa modalidade de negócio, separe um tempo para compreendê-la.

Há vários tipos de títulos de renda fixa que rendem mais que a poupança bancária. Além disso, existem outras variedades de aplicações que correspondem ao perfil do investidor (conservador, moderado e agressivo).

No começo, os ganhos são modestos. Após um tempo, os rendimentos melhoram, já que, quanto mais dinheiro aplicado, mais você ganha. A intenção é conseguir um “salário” mensal a partir do dinheiro investido.

Por fim, acompanhe as tendências do mercado financeiro para saber as condições viáveis para o momento. Com uma breve pesquisa no Google, por exemplo, você encontra diversos conteúdos relevantes. Existem blogs sobre finanças pessoais que merecem ser acompanhados, como:

As marcas citadas acima também contam com canais no YouTube. Além disso, vale a pena conferir algumas séries sobre finanças. Faça desse tipo de pesquisa um hábito no seu dia a dia e com o passar do tempo, você vai notar que o assunto se torna muito mais leve e o seu conhecimento lapidado ajuda a encontrar as opções que realmente se encaixam com que é desejado sem precisar de grandes sacrifícios.

Esperamos que este artigo sobre como ser independente financeiramente tenha sido útil para você de alguma forma. Para alcançar esse objetivo, mude seus hábitos financeiros com foco em medidas econômicas, ou seja, pense duas ou três vezes antes de gastar. E não se esqueça de utilizar o dinheiro guardado para fazer investimentos seguros e ter uma vida mais tranquila no futuro.

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