Comprar carro ou casa? Esse é um tipo de dúvida, ligado à gestão das finanças do casal, que costuma surgir em algum momento da vida a dois. Por se tratar de uma decisão de longo prazo, é natural que você e seu par fiquem incertos quanto ao que fazer.

Apesar da exigência de se ter respostas prontas, nem sempre as pessoas recém-casadas estão preparadas para escolher onde investir o dinheiro. Além disso, a união é acompanhada da premissa do gerenciamento financeiro conjunto. E mesmo que o casal tenha consciência de que é importante acumular patrimônio, talvez no início não haja dinheiro suficiente para adquirir um veículo e uma residência ao mesmo tempo.

Diante da necessidade de se estabelecer prioridades, é preciso avaliar alguns critérios importantes antes de se decidir por comprar carro ou casa. Acompanhe todos eles na sequência!

Faça um planejamento financeiro

Mesmo antes, quando você já estava pensando em casar, certamente você já sabia que o casamento é bem diferente da vida de solteiro. No último caso, cada um podia cuidar do próprio dinheiro, adquirir o que mais gostava, gastar sem pensar no futuro, entre outras coisas. Depois do matrimônio, as finanças precisam ser planejadas em parceria, para que sejam atendidas as necessidades de toda a família.

Dessa forma, os recém-casados devem listar suas fontes habituais de renda, bem como todos os gastos mensais. A partir desse diagnóstico, eles podem realizar um planejamento financeiro eficaz. A partir daí, fica mais fácil prever quantias destinadas para cada categoria de despesa, como moradia, alimentação, transporte, saúde e lazer. Isso também ajuda na hora de traçar metas financeiras.

Com essa análise de suas finanças pessoais, o casal estará mais preparado para decidir se deve comprar carro ou casa. Afinal, o diagnóstico permite que os cônjuges identifiquem a capacidade de pagamento da dupla e, como consequência, o quanto eles podem desembolsar na aquisição de bens.

Analise o impacto do valor do bem no orçamento doméstico

Na maior parte das vezes, o custo de um imóvel será maior do que o preço de um automóvel. Como são bens duráveis, com valor significativo, os casais devem ponderar a respeito dos gastos atrelados à compra do veículo, apartamento ou casa.

Principalmente no início da vida conjugal, há um grande risco de a família se ver em meio a um endividamento crônico. A probabilidade aumenta, caso o método de aquisição do bem seja a adesão a um financiamento. Há casais que, para piorar a situação, financiam tanto a casa quanto o carro, o que amplia ainda mais a dívida a médio e longo prazo.

Como se sabe, essa modalidade de crédito, oferecida geralmente por bancos e outras instituições financeiras, contém uma considerável taxa de juros embutida. O resumo da história costuma ser marcado pelo comprometimento da renda familiar ao longo do período de vigência da dívida.

Para manter máxima distância desse cenário, é imprescindível entender que os gastos inerentes ao carro ou à casa não terminam a partir da transação de compra. O usufruto pleno do bem está condicionado a certas quantias, desembolsadas durante o processo. Naturalmente, uma casa e um carro contemplam gastos distintos, como demonstraremos a seguir.

Considere os custos específicos gerados por um carro

Com certeza, você já ouviu algum proprietário de veículo reclamar a respeito da dificuldade de se manter todas as condições necessárias para que o carro saia da garagem quando preciso. De fato, a lista é razoavelmente longa. Veja!

IPVA

O IPVA é um imposto cobrado anualmente, com lançamento previsto sempre para o início do ano. Por meio da arrecadação, os órgãos públicos conseguem conservar os itens indispensáveis à circulação de veículos (equipamentos e sistemas de sinalização, qualidade das vias públicas etc.).

Observe que o valor do IPVA varia de acordo com o valor venal do veículo. Isso significa que você deve ficar muito atento ao montante que o automóvel em questão proporcionará. Além disso, também deve se atentar à alíquota praticada pelo estado onde reside.

De maneira geral, existem campanhas que oferecem desconto para pagamento do referido imposto em quota única. No entanto, a quitação à vista só faz sentido se o dinheiro usado não fizer falta no orçamento da família. Caso contrário, é melhor mesmo optar pelo parcelamento do IPVA.

Abastecimento

Outro item que precisa entrar na conta é a verba direcionada aos constantes abastecimentos do veículo. Independentemente da preferência pelo etanol ou gasolina, as políticas de preços dos postos de combustível passam por alterações o tempo todo.

Isso se deve aos fatores externos que interferem no valor final que chega ao consumidor. No fim das contas, com alta ou baixa de preços, o tanque do carro precisa receber um novo volume de combustível regularmente. O ideal, inclusive, é aprender a calcular o consumo de combustível.

Manutenção

A manutenção, essencialmente a preventiva, é feita com a intenção de se economizar lá na frente. Mesmo assim, saiba que ela também impacta o orçamento doméstico. A execução de procedimentos comuns, como alinhamento e balanceamento, é algo a ser feito periodicamente. Portanto, trata-se de um gasto que também pode ser planejado.

Há, evidentemente, manutenções corretivas, desvinculadas de um planejamento. Quando uma ou mais peças apresentam desgaste ou sofrem danos decorrentes de outros problemas, elas deverão ser substituídas. Isso implica dizer que você deve ter um fundo reserva para tais situações.

Avalie os custos característicos vinculados a um imóvel

Talvez os gastos associados a um imóvel não sejam tão evidentes quanto aqueles correlacionados a um carro. Porém, eles existem. Dê uma olhada.

IPTU

O pagamento do IPTU também é feito anualmente, com a igual opção de pagar à vista com desconto ou de maneira parcelada ao longo dos meses. Fato é que a despesa jamais deve ser negligenciada. Atrasos de IPTU resultam em adição de multa e juros ao total do imposto, além do risco de execução judicial do imóvel a longo prazo.

De forma análoga ao IPVA, o cálculo do IPTU também oscila conforme o tipo do imóvel, tamanho, área construída etc. Então, antes de comprar a casa dos sonhos, verifique qual é o IPTU correspondente a ela.

Manutenção elétrica e hidráulica

Sim, seu imóvel também necessita de procedimentos que visam a preservação de diferentes infraestruturas. Apenas para mencionar as duas principais, você deve se preocupar com as redes elétrica e hidráulica. Ambas merecem ser submetidas a revisões regulares, de tempos em tempos.

Confira como adquirir o bem ideal

A falta de planejamento financeiro que a compra de um bem de alto valor agregado exige pode minar a convivência e a harmonia do lar. Logo, é indispensável conhecer e optar por modalidades de compra mais inteligentes e econômicas.

Entre elas, a de maior destaque é o consórcio de imóveis ou de carros, onde não há a cobrança de juros, e sim, de uma taxa de administração que tem um valor bem mais acessível se comparado à outras formas de aquisição parcelada. Além disso, você pode definir o melhor plano para o seu objetivo, com parcelas que cabem no bolso. Somente essas duas características já sustentam o consórcio como uma excelente solução para se planejar apropriadamente para a compra de um carro ou casa.

Mesmo que o casal não receba o bem imediatamente, a economia gerada por essa forma de aquisição contribui para que a família não se endivide. Ela sequer precisa dar uma entrada para aderir ao consórcio, uma vez que o valor da carta de crédito é parcelado integralmente. Caso prefira, o casal pode utilizar o dinheiro que daria de entrada para oferecer um lance e, com isso, antecipar a conquista do bem.

Outra vantagem do consórcio é que a contemplação da carta de crédito possibilita uma negociação à vista. Desse modo, o casal tem maior poder de barganha para pedir um desconto na hora de comprar carro ou casa.

Leve em conta os objetivos do casal para comprar carro ou casa

Se o casal prioriza, inicialmente, aperfeiçoar a formação profissional e buscar uma melhor colocação no mercado de trabalho, pode ser útil adquirir antes um automóvel. Isso porque um meio de transporte próprio facilita os deslocamentos do dia a dia.

Assim, por não estar preso a um território, o casal pode se sentir mais confortável para eventualmente trocar de cidade, numa possível oferta de emprego. Por esse motivo, o aluguel pode ser suportável, se o casal pretende estar pronto para uma mudança repentina.

Com a chegada do primeiro filho, entretanto, algumas prioridades da vida do casal tendem a ser alteradas. Trata-se do tipo de evento que influencia bastante a decisão de comprar carro ou casa.

Se a prioridade for gerar um filho, é interessante ter a segurança de uma moradia própria, para que a criança possa se desenvolver e a família tenha condições de criá-la com tranquilidade. Nesse caso, o aluguel poderia representar certa vulnerabilidade, principalmente se a economia não estiver bem e houver chance de queda na renda.

Seja qual for a opção dos recém-casados, é recomendável primeiro preparar a futura situação antes de sair da realidade atual, para que essa transição seja a menos custosa em termos financeiros.

Por exemplo, caso os dois trabalhem, um pode ficar responsável pelo pagamento do aluguel e outro pela parcela do consórcio. Assim, a família consegue planejar a aquisição e não deixa de ter uma moradia própria desde os primeiros anos de convivência sob o mesmo teto.

Já no caso dos deslocamentos, pode ser útil utilizar o transporte público ou os serviços de aplicativos. Desse jeito, é possível economizar e programar a compra do próprio automóvel com mais folga financeira.

Como você pode notar, não há uma receita única para que os recém-casados decidam comprar carro ou casa. Na prática, são os objetivos e a realidade das pessoas envolvidas na relação que determinarão a escolha mais acertada para ambas.

Ficou com alguma dúvida sobre qual a melhor maneira de adquirir um imóvel ou veículo? Então confira um comparativo detalhado entre consórcio e financiamento no nosso infográfico!