Onde investir? Uma boa resposta para essa pergunta envolve diversos fatores. Quando o assunto é aplicação financeira, um dos pontos mais abordados por diferentes analistas financeiros é a tal diversificação de investimentos. Realmente, trata-se de um cuidado básico e que todo investidor jamais deve perder de vista.

Afinal, é justamente a variedade de tipos de ativos que concedem equilíbrio à sua carteira de investimentos. Com uma configuração adequada, você consegue diluir os riscos e aumenta a probabilidade de ganhos.

Mas você sabe mesmo o que diferencia a pulverização de uma diversificação de investimentos realmente eficaz e como efetuá-la na prática? Pare tudo o que estiver fazendo e preste muita atenção a este conteúdo!

O que significa diversificar os investimentos?

Infelizmente, não é baixa a quantidade de pessoas que confundem o real significado de uma boa combinação de ativos. Ao menos em um primeiro momento, muitos investidores iniciantes apenas pulverizam, em vez de diversificar suas aplicações financeiras de uma maneira inteligente.

Então, logo de início, é imprescindível que você entenda o seguinte: distribuir os recursos disponíveis em partes iguais e em diferentes ativos não faz com que sua carteira seja, de fato, diversificada. Em uma análise superficial, esse processo até pode ser classificado como uma diversificação, mas ela é, no mínimo, limitada.

A verdadeira diversificação é caracterizada pelo planejamento do investimento durante determinado período. Isso quer dizer que, no intervalo em questão, você terá uma carteira proporcionalmente mais conservadora, moderada ou arrojada.

No caso de uma carteira mais conservadora, por exemplo, a maior parcela do capital se concentrará em investimentos de baixo risco e retorno. Na outra ponta, uma configuração mais arrojada será notabilizada pelo alto volume de aportes em ativos de alto risco, como as ações.

Além disso, também é preciso ficar atento a outra diversificação ilusória. Suponha, por exemplo, que você invista apenas no Tesouro Direto. Como qualquer outro ativo, os títulos têm suas peculiaridades, relacionadas à rentabilidade, risco e liquidez. Porém, eles compõem um mesmo grande grupo de investimento: a renda fixa.

O mesmo raciocínio se aplica às ações. Você diria que investir em papéis de diferentes empresas, com situações financeiras particulares, seria uma maneira de diversificar as aplicações? A resposta é não, pois se trata de ativos que pertencem à renda variável.

Dito tudo isso, diversificar os investimentos significa reunir grupos de ativos de classes distintas e, portanto, com comportamentos muito diferentes entre si.

Por que é tão importante fazer a diversificação dos investimentos?

A grande vantagem de uma boa configuração da carteira de investimentos se traduz pelo grau de proteção conferido a ela. Na prática, você evita que uma notícia muito ruim provoque um efeito negativo profundo em todo o patrimônio acumulado até ali.

Isso acontece porque cada tipo de ativo reage de uma maneira específica a cada turbulência sofrida pelo mercado financeiro. Assim, quando houver perdas, elas tendem a ser amenizadas. Em resumo, a diversificação pode ser compreendida como um sinônimo de blindagem dos seus investimentos.

Quais são as vantagens da diversificação dos investimentos?

Com toda essa proteção extra, a fase de recuperação após as perdas se torna muito mais rápida. Se a leitura do mercado for feita corretamente, você terá em mãos uma carteira repleta de aplicações promissoras. Desse modo, você usufruirá das seguintes vantagens:

Tranquilidade

Devido à enorme sensibilidade do mercado financeiro, é primordial medir cada passo com muita cautela e, sobretudo, rigor analítico. Engana-se quem pensa que o investidor arrojado bem-sucedido é aquele que simplesmente gosta de fugir de riscos.

Na verdade, todos os riscos devem ser minimamente calculados. Os investimentos agressivos rendem bons resultados quando são envolvidos pelas análises de múltiplos cenários. Dito de outra forma, o investidor arrojado de sucesso sabe exatamente qual é o risco que está correndo. Ele também sabe explicar por que vale a pena.

Conservador, moderado ou arrojado, todo bom investidor escolhe os investimentos que o deixam tranquilo. No entanto, o que é tranquilo para alguns causa calafrios em outros. Em qualquer um dos casos e de acordo com o perfil, uma carteira bem diversificada amplia a dosagem de alívio.

Maior potencial de rentabilidade

Diversificar também se refere à possibilidade de maximizar os ganhos. Uma carteira que mescla alguns dos ativos mais interessantes do momento pode proporcionar ganhos em série. Afinal, ocorre uma soma automática de todos os ganhos do período. Se você não tiver nenhuma aplicação em renda variável, por exemplo, levará muito mais tempo para atingir as metas desejadas. Basicamente, isso se deve ao baixo volume de dinheiro disponível para novas aplicações.

Maior equilíbrio

Anteriormente, nós dissemos que o sucesso das aplicações concentradas em ativos de alto risco depende de um poder de análise profundo e minucioso. Esse mesmo atributo faz com que até mesmo os investidores que suportam grandes emoções prefiram balancear sua carteira. Sim, eles também reinvestem partes do rendimento em ativos de renda fixa. A diferença, como também mencionamos, consiste na proporção destinada a cada classe de ativo.

Como começar a diversificar investimentos?

Se você for um leitor atento, deve haver reparado que nós falamos em períodos e intervalos de investimento. Essa noção temporal é fundamental para que você diversifique seus investimentos satisfatoriamente. Para entender esse ponto, basta lembrar que, em alguns momentos, o mercado está mais propício para intensificar o investimento em ações. Em outras ocasiões, é mais aconselhável liberar uma proporção maior aos ativos de renda variável. Portanto, você também deve rebalancear sua carteira de tempos em tempos.

De modo geral, siga estas dicas antes de balancear sua carteira:

Entenda seu ciclo financeiro

Cada investimento atende a expectativas específicas. Se você é um investidor iniciante e ainda não tem um fundo de emergência, deve providenciá-lo o quanto antes, mas de modo organizado e paciente. Note que as aplicações voltadas à criação dessa reserva estão mais ligadas à liquidez do que à rentabilidade. A multiplicação da rentabilidade deve ser buscada em outro ciclo.

Conheça seu perfil de investidor

Além de conhecer, é indispensável respeitar seu perfil de investidor. Não adianta investir em ações, por exemplo, se você ainda não estiver pronto emocionalmente para lidar com as frequentes oscilações da Bolsa. Será que você está disposto a ver um saldo negativo na tela por muito tempo (devidamente previsto) ou tal circunstância o faria desistir rapidamente da operação? Considere também sua faixa etária, pois existem investimentos para jovens que podem não fazer muito sentido para pessoas com mais de 50 anos, por exemplo.

Estude as características dos ativos

O seu sucesso operacional está igualmente atrelado ao conhecimento que você tem acerca dos ativos alocados na carteira. Em linhas gerais, é preciso saber exatamente qual é a finalidade e os fundamentos de cada ativo. Poucos, por exemplo, apresentam liquidez diária. Como essa característica é essencial, você deve decidir quais serão os ativos responsáveis por gerar essa renda, normalmente direcionada à reserva de emergência. Assim, se houver qualquer imprevisto, o saque será feito automaticamente sem grandes perdas — às vezes, insignificantes.

Como você pode ver, a diversificação de investimentos é algo que merece um bom tempo de reflexão. Soma-se a isso a necessidade de revê-la de acordo com os sinais emitidos pelo mercado e o modo como eles ressoam nos ativos. Para finalizar, uma maneira simples de diversificar sua carteira é mediante a participação dos fundos de investimento.

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