Conheça 7 investimentos de baixo risco e saiba qual é o melhor para você
O mundo dos investimentos ainda é um mistério para muitas pessoas. Isso porque a maioria delas acredita que as aplicações de capital devem obrigatoriamente envolver altas quantias e causar muitos problemas. Porém, a verdade é que há diversas opções de investimento de baixo risco e com custos menores. Ou seja, é possível tornar-se um investidor com pouco dinheiro, sem enfrentar grandes perigos.
O investimento de baixo risco é aquele que reduz suas possibilidades de perder dinheiro na transação. Essa modalidade é diferente, por exemplo, da bolsa de valores, em que os investidores assumem o risco, não só de ter um baixo rendimento do dinheiro, mas também de perder o valor aplicado. Quer saber mais sobre o assunto e conhecer as melhores alternativas de investimento? Confira as informações a seguir!
Qual é a melhor opção de investimento de baixo risco?
Investir em opções de baixo risco traz inúmeras vantagens. É uma ótima forma de poupar dinheiro e planejar o futuro, tendo a certeza de que a quantia investida não vai diminuir ou se perder. Dessa forma, fica mais fácil se planejar para alcançar diferentes objetivos, sejam eles de curto, médio ou longo prazo.
A partir disso, vamos conhecer como funcionam e quais são algumas das vantagens de boas opções de investimentos de baixo risco, que podem ter papel importante na sua maneira de investir.
1. Poupança
Nossa primeira opção é muito conhecida pelos brasileiros: a caderneta de poupança. Ela é a maneira mais tradicional de reservar o dinheiro a ser poupado, evitando que ele fique junto do salário mensal na conta-corrente e seja gasto no dia a dia. Inclusive, pensando nessa necessidade, os bancos costumam oferecer a conta poupança integrada à corrente para seus clientes.
A principal vantagem da poupança é sua alta liquidez. Isso significa que você pode sacar o dinheiro a qualquer momento que precisar, sendo possível até mesmo fazer pagamentos ou usar o cartão na função débito. De todos os investimentos de baixo risco, ela é a única que apresenta essa facilidade.
Apesar desses benefícios, isso pode se converter também em algo negativo. Principalmente para aquelas pessoas que enfrentam dificuldades em controlar seus impulsos consumistas. Nesses casos, o dinheiro da poupança acaba sendo usado para gastos que não estavam previstos.
Em relação às desvantagens, podemos citar o baixo rendimento. Afinal, a caderneta rende apenas 70% da taxa Selic ao ano, correspondendo ao índice básico de juros da economia brasileira. Além disso, seu dinheiro vai começar a render apenas depois de completar um mês do depósito. Caso você realize um saque antes de trinta dias, não receberá rendimentos por ele.
2. Tesouro Selic
O Tesouro Direto foi um canal de investimentos aberto pelo Governo Federal nos últimos anos. Ele oferece algumas opções interessantes. Entre elas, há o que alguns especialistas têm considerado o substituto da poupança: o Tesouro Selic. Nesse investimento, o dinheiro rende em torno de 100% da taxa básica de juros, ou seja, 30% a mais do que a poupança.
Além disso, o Tesouro Selic apresenta uma boa liquidez: após o pedido de saque, o dinheiro fica disponível no dia seguinte, exceto em feriados e fins de semana. O melhor é que não é preciso esperar um mês para receber rendimentos, pois o valor reservado rende todos os dias úteis. Isso faz com que você sempre tenha uma quantia maior do que a que investiu.
Os investimentos do Tesouro Direto têm uma data de vencimento, o que indica o período no qual o dinheiro voltará para a sua conta automaticamente. Porém, para o Tesouro Selic, isso não significa que o valor tenha que ficar preso durante esse tempo. Você pode pedir os saques a qualquer momento sem perder dinheiro, já que há rendimento todos os dias.
É possível investir nessa opção a partir de alguns bancos e também abrindo uma conta em uma corretora de valores. Um ponto que merece atenção é que, diferentemente da poupança, nessa modalidade de investimento, é cobrado um Imposto de Renda sobre o rendimento do Tesouro.
Além do Tesouro Selic, todas as demais opções de títulos disponíveis no Tesouro Direto são tipos de investimento de baixo risco, pois são garantidos pelo Governo Federal. Na prática, quem investe está emprestando dinheiro ao país e recebe juros por isso. O risco do governo não honrar com esses pagamentos são praticamente nulos, mesmo nas situações econômicas mais adversas.
3. Consórcio
O consórcio é o investimento ideal para quem tem um planejamento de aumentar o patrimônio por meio da compra de bens a médio e longo prazo— como um carro, um apartamento próprio ou um sítio para a família. Você pode escolher a opção mais vantajosa e, todos os meses, investir um valor para adquirir o imóvel ou veículo escolhido. Mensalmente, um ou mais participantes são contemplados e têm acesso à carta de crédito para realizar a compra do bem desejado.
Esse modo de investimento também é uma ótima maneira de driblar as dificuldades para poupar dinheiro. Se você é daquelas pessoas que não controlam o impulso de gastar o dinheiro da poupança, o consórcio vai resolver seu problema. Afinal, ele funciona como o pagamento de parcelas, ou seja, o valor não fica acessível para saques, assim você evita cair na tentação das compras por impulso.
Esse investimento é considerado de baixo risco porque ele é administrado por empresas especializadas e é fiscalizado pelo Banco Central do Brasil. Há, ainda, a garantia de que todas as condições sejam acordadas em contrato e de que você esteja coberto pelo Código de Defesa do Consumidor. Além disso, existe uma legislação específica que regulamenta o consórcio.
Ao fazer um consórcio é preciso ter cuidado com alguns pontos, principalmente em relação ao prazo e ao valor das parcelas. Como é um investimento de médio a longo prazo, você precisa ficar atento para escolher um plano que caiba no seu orçamento pelo tempo estabelecido. Tendo atenção a esse ponto, é possível aproveitar todas as vantagens sem preocupação.
4. CDB (Certificado de Depósito Bancário)
Você já precisou pedir um empréstimo bancário? Investir em um CDB é fazer a transação contrária: emprestar dinheiro para o banco. Isso mesmo! Você disponibiliza uma quantia para a instituição financeira e recebe juros por ela. Assim como quem investe em Tesouro Selic está emprestando para o governo, quem compra CDB está fazendo o mesmo com bancos.
Apesar de se tratar de um investimento na rede privada, essa ainda é uma opção de baixo risco, pois tem garantia do Governo Federal. Esse Fundo Garantidor de Crédito (FGC) foi criado para estimular pequenos e médios investidores. Graças a ele, você recebe o dinheiro investido de volta, caso o banco para o qual emprestou não honre os pagamentos.
É possível encontrar opções de CDB com rendimentos muito bons. Para isso, você pode verificar junto ao banco no qual é correntista ou abrir uma conta em corretora de valores. Afinal, elas unem produtos de diversos bancos, apresentando alternativas mais vantajosas para os investidores.
Algumas instituições oferecem CDB com liquidez diária, ou seja, você pode retirar o dinheiro, ou parte dele, quando quiser. Mas a maioria deles tem liquidez apenas no vencimento. Por isso, é necessário checar se você não vai precisar do valor antes de investir em algo que dure dois, três ou cinco anos, por exemplo.
5. Fundos de Renda fixa
Os fundos de renda fixa unem investidores com o objetivo de acumular recursos para fazer aportes em investimentos principalmente de renda fixa, como o próprio nome indica. Só para recapitular, investimentos em renda fixa são aqueles em que se sabe, no momento da aplicação, qual será o retorno obtido ou ao menos de que forma ele será calculado.
Para ser considerado como um fundo de renda fixa, o fundo deve ter ao menos 50% dos seus recursos aplicados em investimentos dessa categoria. Ou seja, ele foca em opções como títulos do tesouro direto, CDBs, letras de crédito ou mesmo participação em outros fundos de renda fixa.
Todo dinheiro aplicado em um fundo é convertido em cotas. Por isso, o investidor de um fundo também pode ser chamado de cotista. Os recursos reunidos são administrados por gestores especializados, que buscam sempre o melhor rendimento possível.
Ainda que possam oferecer uma boa rentabilidade, é preciso ficar atento às taxas cobradas (as principais são a taxa de administração e performance, que remuneram a administração do fundo). Além disso, é essencial conferir a liquidez do fundo escolhido, bem como considerar os riscos, uma vez que esse investimento não é coberto pelo FGC.
6. Letras de Crédito Imobiliário ou do Agronegócio
Outra opção de investimento disponível no mercado são as letras de crédito imobiliário (LCI) ou do agronegócio (LCA). O mecanismo de funcionamento de ambas as alternativas é o mesmo e é bastante simples. A única diferença, como o próprio nome indica, são os mercados aos quais os recursos são aplicados.
Dessa forma, bancos interessados em captar recursos para financiar o mercado imobiliário ou o setor do agronegócio emitem as chamadas letras de crédito. Em seguida, o investidor interessado adquire esses títulos, na expectativa de receber os valores de volta, acrescidos de juros.
Um dos grandes destaques das letras de crédito é a isenção da cobrança de Imposto de Renda. Por outro lado, para alguns investidores ela pode não ser uma opção tão interessante, principalmente quando levamos em conta a liquidez mais baixa desse tipo de investimento, que normalmente só permite o resgate no vencimento da aplicação.
7. Debêntures
Entre as opções apresentadas neste post, as debêntures tendem a ser a opção com maior nível de risco, embora eles ainda sejam considerados uma aplicação de renda fixa. De forma resumida, esses títulos são constituídos pela emissão de títulos de dívidas de empresas.
Em outras palavras, as debêntures funcionam como um empréstimo, no qual o investidor se torna credor de uma empresa interessada em captar recursos com custos menores do que aqueles praticados por outras opções do mercado financeiro. Os valores aplicados são remunerados de acordo com uma taxa de juros, que pode ser fixa ou variável e é determinada no momento da aplicação.
Por um lado, as debêntures podem oferecer rendimentos maiores, principalmente quando comparados a outras opções do mercado. Por outro, além do risco mais elevado, é preciso considerar os prazos maiores exigidos para esse tipo de aplicação, que além disso, não conta com o respaldo do FGC.
Apresentamos aqui ótimas opções de investimento de baixo risco. A escolha por uma — ou várias — delas vai depender de qual se adéqua melhor aos seus objetivos de curto, médio e longo prazo. Pesquise e avalie bem as possibilidades antes de tomar sua decisão e começar a investir, sempre considerando a segurança e a tranquilidade que os consórcios oferecem.
E então, que tal continuar a aprender entender mais sobre o mundo dos investimentos e fazer a melhor escolha para seu futuro? Veja se vale a pena fazer um investimento de alto risco.