Entrar em um automóvel, girar a chave na partida e sair dirigindo é o que todo condutor habilitado faz diariamente. Porém, para que tudo funcione corretamente, é necessário ter atenção à vida útil do carro. Muitas vezes, os motoristas confundem os cuidados necessários com práticas que deterioram o veículo.

De forma natural, o uso diário gera desgastes nos componentes, que podem ser agravados caso o motorista não tome as devidas precauções. Geralmente, perda de potência, ruídos e trepidações são sinais de que há problemas no automóvel.

Nesse sentido, condições associadas tanto à manutenção preventiva quanto aos hábitos de um bom motorista favorecem o estado de conservação do veículo.

Mas você sabe quais são os fatores que afetam a performance do carro, as práticas que aumentam sua durabilidade e os hábitos a evitar? Descubra tudo isso agora mesmo!

Quais condições influenciam a vida útil do carro?

Existem diversos elementos que afetam a longevidade do automóvel. Nos tópicos abaixo, mostramos os principais. Confira!

Cuidados diários

Câmbio, embreagem, freios, motor e pneus são componentes que denunciam o estado de conservação do carro. Além disso, é importante considerar arranhões e amassados na lataria, pois também influenciam na depreciação do bem.

Tais condições comprometem a estética, visto que dão uma aparência de descuido ao automóvel. Em algumas situações, o polimento profissional pode remover riscos superficiais, enquanto o “martelinho de ouro” desamassa partes da lataria.

Para evitar esse tipo de gasto, é necessário redobrar a atenção no trânsito, a fim de evitar arranhões. No estacionamento (ou garagem), é indicada a instalação de protetores de borracha, em áreas mais expostas a pequenas colisões, como portas, para-choques e quinas do carro.

Manutenções

Cada modelo de carro é feito para ter um tempo de vida específico de funcionamento, dependendo da sua forma de uso e dos cuidados do proprietário. Para conservar a durabilidade do automóvel, siga o programa de manutenção preventiva informado pela montadora — essa recomendação fica no manual do carro.

Hoje, existem marcas que o oferecem em aplicativos de celular, para que o dono tenha as informações sempre à mão. Além das inspeções obrigatórias, o plano de manutenção do carro mostra os prazos para a troca de peças. Assim, evitam-se falhas por desgaste ou quebra de componentes.

Tipo de uso

Seu carro corre mais em estradas pavimentadas ou de terra? Caso seja a segunda opção, a vida útil do seu veículo pode ser menor, uma vez que as trepidações constantes sobrecarregam os componentes da suspensão, diminuindo seu período de troca.

Além disso, se você gosta de fazer arrancadas, manobras bruscas e ficar com o pé apoiado na embreagem, a probabilidade de danificar alguns componentes e prejudicar a performance do automóvel é grande. Logo, atenção e prudência no trânsito são fundamentais para conservar o carro.

Como aumentar a vida útil do automóvel?

Após conferirmos o que pode prejudicar a vida útil do carro, vamos às dicas para aumentá-la.

Trocar o óleo do carro

O óleo do motor é indispensável para a conservação do automóvel. Esse lubrificante pode diminuir o atrito entre as peças móveis do motor, ajudar no resfriamento do sistema e remover impurezas microscópicas causadas pelo desgaste natural das peças.

Portanto, lembre-se de trocar o óleo e o filtro de acordo com a indicação da montadora. E não se esqueça de que esse produto tem validade, viu? Ou seja, mesmo que o carro seja pouco usado, é necessário substituir a solução no tempo certo.

Verificar periodicamente o nível de água do radiador

O radiador é um componente indispensável para o sistema de arrefecimento do motor, pois mantém a temperatura ideal. Logo, para garantir o funcionamento adequado do carro, verifique o nível de água do reservatório com frequência.

Caso a água esteja abaixo da marcação recomendada, complete o reservatório. Não se esqueça de adicionar aditivo na solução quando trocar toda a água — normalmente a cada 10 mil km rodados.

Alinhar e balancear as rodas

Assim como a recomendação anterior, é preciso providenciar o alinhamento e balanceamento das rodas e pneus a cada 10 mil km rodados. A propósito, o procedimento pode ser abreviado antes desse parâmetro, se o automóvel transitar por estradas ruins que causam muitas trepidações.

Caso o volante do carro puxe para um dos lados, é falta de alinhamento. Já se o volante vibrar muito, especialmente acima dos 40 km/h, o problema está no balanceamento. Vale reforçar que os dois procedimentos garantem a estabilidade do veículo e ajudam a economizar no abastecimento de álcool ou gasolina.

Manter o carro organizado e limpo

Ter um carro desorganizado e sujo não significa que ele quebrará, mas essa é uma atitude que merece ser revista. É preciso limpar tanto seu interior quanto a lataria para evitar o desgaste dos acabamentos e manter o veículo sempre conservado.

Portanto, sempre lave a parte externa. Uma bucha macia com água e sabão resolve o problema. Se quiser, finalize o procedimento passando uma cera automotiva. Por fora, além da aparência de novo após a lavagem, você evita problemas na pintura.

Por dentro, a limpeza é fundamental para remover sujeiras como restos de comida, embalagens, papéis, entre outros resíduos que podem gerar bactérias e fungos. Caso não queira gastar com serviços de lava-rápido, limpe os tapetes, tire o pó do painel, aspire o porta-malas, os bancos e os assoalhos. Por fim, passe um produto à base de silicone nas partes plásticas para evitar ressecamentos.

Utilizar combustível de qualidade

Abastecer com combustíveis adulterados ou correr com o tanque na reserva são atitudes prejudiciais. A baixa qualidade do produto e os resíduos que ficam acumulados no fundo do tanque obstruem os componentes e comprometem o motor, forçando uma higienização profunda ou até mesmo a troca de todo o sistema.

Atentar a barulhos e ruídos do carro

Durante as corridas diárias, preste atenção aos ruídos que venham a se manifestar. Mesmo com a manutenção preventiva em dia, alguma falha ou problema pode surgir.

Ao notar algum barulho estranho e não conseguir descobrir o que é, leve o automóvel a uma oficina para investigar as possíveis causas. Mas antes, tente localizar a origem para identificar se é algo simples (como algum componente solto) ou mais complexo.

Quais são os mitos sobre os cuidados com o carro?

Ao mesmo tempo que atenta aos detalhes e cuidados que favorecem a vida útil de um carro, você também deve ficar de olho nos mitos relacionados ao assunto.

Infelizmente, existe uma série de práticas equivocadas que não só são inócuas para o ganho de vida útil do veículo como podem comprometer o seu funcionamento. Conheça algumas delas na sequência!

Manter a marcha em ponto morto em momentos inadequados

Começamos com um dos mitos mais comuns relacionados à direção de um carro: o hábito de deixar o câmbio em ponto morto quando o carro estiver parado no semáforo ou descendo uma via longa.

No primeiro caso, a prática é até recomendável, desde que o sistema de transmissão das marchas seja manual. Já para carros com câmbio automático, não é recomendado voltar para a posição neutra ao parar o carro no semáforo, pois isso pode danificar o conjunto mecânico.

Já no caso de uma descida, deve-se deixar a marcha engatada, pois deixar o câmbio no neutro, além de não ajudar a preservar o veículo, é uma atitude que apresenta diversos riscos para a direção.

Vale lembrar que, nos veículos com injeção eletrônica, o próprio módulo corta a injeção de combustível nos cilindros quando o carro está em uma descida, portanto deixar o câmbio no neutro não fará nenhuma diferença no consumo.

Completar o radiador com água da torneira

Você também deve evitar preencher o radiador do seu carro com água da torneira, pois o líquido que chega às nossas casas por meio de redes de encanamentos contém minerais.

Para o organismo humano, tais compostos são indispensáveis. Já para o motor de um carro, podem se tornar muito nocivos, pois eles costumam se aglutinar nas extremidades dos cilindros. A chance de o problema ficar ainda maior é significativa nas áreas brasileiras em que a água disponibilizada exibe doses generosas de cálcio.

Na pior das hipóteses, você sempre deve usar água destilada, ou seja, com o máximo grau de pureza. No entanto, o ideal mesmo é adotar a mistura de água (desmineralizada) com o aditivo etilenoglicol recomendada pelos projetistas do veículo.

A boa notícia é que nem é necessário se preocupar com isso. Afinal, o mercado automotivo já oferece o líquido pronto para uso. Ao comprá-lo, você diminui bastante o risco de problemas futuros relacionados ao radiador. Consequentemente, amplia a vida útil do carro.

Em se tratando de um automóvel, um pequeno problema pode desencadear efeitos indesejáveis em outras partes do veículo. Assim, o que era para ser uma alternativa supostamente mais econômica se transforma em uma dor de cabeça. Portanto, não pense duas vezes na hora de completar o radiador do seu carro com o produto correto.

Os cuidados com o automóvel exigem máxima atenção às boas práticas. Para garantir maior durabilidade e valorização na hora da troca, siga as recomendações mencionadas. Dessa maneira, você dirigirá com muito mais segurança e tranquilidade.

Além disso, cuidar da vida útil de um carro do jeito apropriado evita gastos elevados com manutenção corretiva. Sempre que ouvir uma dica de um desconhecido, verifique a sua eficácia em sites especializados em automóveis. Por fim, se você chegou à conclusão que precisa de um novo carro, saiba que existe uma maneira amigável, econômica e segura de adquiri-lo.

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