Afinal, consigo comprar um apartamento com 10 mil de entrada? Esse é um questionamento muito comum entre quem deseja adquirir o imóvel próprio — o grande sonho da maioria das pessoas. Temos uma boa notícia: responder sim a essa pergunta é uma tarefa difícil, mas nada impossível.

Existem diversas formas de obter esse bem, seja por meio de um consórcio, seja buscando um financiamento. A questão principal, independentemente do caso, é ter um bom planejamento financeiro e conhecimento sobre o processo, que inclui essa importante etapa da entrada.

Pensando nisso, criamos este artigo para explicar se é possível dar R$ 10 mil de entrada em um imóvel, como funciona e por que esse pagamento é necessário. Também vamos mostrar o que pode ajudar a obter esse valor, se é possível não pagá-lo e como se planejar. Boa leitura!

É possível comprar um apartamento com 10 mil de entrada?

Como adiantamos, não é impossível conseguir pagar esse valor de entrada em um imóvel, porém há uma série de fatores envolvidos. Para saber se isso é possível ou não na prática, é necessário entendermos que, via de regra, o valor de entrada para qualquer imóvel varia de 10% até 30% do valor total dele.

Assim, além de conseguir uma entrada que esteja mais próxima de 10% do valor do imóvel, você terá que buscar um apartamento que não ultrapasse a marca dos R$ 100 mil, o que pode ser uma tarefa difícil em algumas localidades do país, demandando mais tempo de pesquisa.

Há também a possibilidade de obter alguma condição especial por meio de programas do governo, nos quais é possível encontrar valores de entrada inferiores a 10%, mas que demandam uma renda específica. Outra opção é buscar por imóveis na planta, que normalmente são mais baratos, o que fará com que o valor da entrada também seja.

Como funciona o valor da entrada de um imóvel?

No caso de um financiamento, quem complementa o valor normalmente é o banco que paga o imóvel, mas ele nunca financiará 100%. Para que ele decida o valor que será financiado, o requerente precisará passar por uma análise de crédito, que considerará diversos fatores antes de chegar a uma conclusão.

É importante saber que, por maior que seja o esforço financeiro que você esteja disposto a fazer, o valor das parcelas não pode ultrapassar 30% da renda familiar do requerente. Ou seja, uma família que ganha R$ 10.000,00 por mês não poderá comprometer mais de R$ 3.000,00 mensais para pagar o financiamento.

Isso pode ser resolvido com um aumento do número de parcelas, ou do valor pago na entrada, mas é importante saber que diversas questões são consideradas. Idade, renda e histórico da pessoa são alguns dos exemplos que serão computados na análise do banco na hora de oferecer todas as opções.

Por que é necessário dar entrada no apartamento?

Uma dúvida bem frequente para a maioria das pessoas é por que existe a entrada, ou melhor dizendo, por que ela é necessária. Sabendo como essa questão é recorrente, nós decidimos preparar um tópico especial para explicá-la.

Quando vamos comprar um apartamento ou uma casa, o meio mais comum por onde costumamos fazer isso é o financiamento. Nesse modelo, nós não temos o valor integral do imóvel, então o banco se torna responsável por realizar esse pagamento, enquanto pagamos de forma “parcelada” esse valor à instituição.

O que ocorre é que ele acaba não financiando o valor inteiro, deixando por nossa conta um percentual do montante, pois o processo também envolve risco para o banco. Então, essa diferença entre o valor que o banco está disposto a financiar e o valor do imóvel é a entrada.

O que ajuda a ter o valor de entrada?

Muita gente tem receio de investir no seu próprio imóvel, justamente por não saber quanto é preciso para adquiri-lo. O mais importante, nesse caso, é possuir o valor da entrada em mãos e ter capacidade de arcar com as parcelas do financiamento depois. Para isso, é necessário ter responsabilidade financeira.

Então o que acha de receber algumas dicas de como obter o valor da entrada? Continue com a gente!

Economize

A economia é fundamental para que você consiga boas opções de financiamento, além de ser o que vai te permitir ter o valor da entrada em mãos. Entretanto, para fazer isso, será necessária uma vasta análise dos seus gastos, cortando o que não é necessário e fazendo realmente um esforço para juntar dinheiro por um tempo.

Use o FGTS

Se você possui o equivalente a 3 anos de contribuição acumulados, sejam eles contínuos ou não, saiba que você pode utilizar o seu FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para dar entrada em um novo apartamento.

Entretanto, é preciso que você não tenha utilizado esse valor nos últimos 3 anos, não tenha nenhum financiamento em aberto e nem possua outro imóvel em seu nome — então, esse precisa ser seu primeiro imóvel. Com isso, conseguir o valor da entrada fica bem mais fácil.

Posso não ter que pagar a entrada?

Via de regra, os financiamentos imobiliários exigem o pagamento da entrada, com valores proporcionais à quantia que será paga no imóvel. Ou seja, algo entre 10% e 30% do valor total do apartamento será o valor da entrada. Esse valor serve para cobrir possíveis prejuízos ao banco, conforme comentamos.

Entretanto, existem alguns casos específicos em que esse pagamento pode ser dispensado. No caso de aquisições que ocorram por meio do programa Minha Casa Minha Vida, por exemplo, é possível realizar a aquisição sem a necessidade de pagamento de uma entrada. Porém, é preciso se enquadrar na faixa 1 de beneficiários do programa, com renda de até R$ 1.800,00.

É possível também tentar negociar diretamente com a construtora, já que imóveis na planta, no geral, contam com mais flexibilidade para negociação — mas tudo vai depender da análise de crédito realizada. Aqui, é mais provável conseguir parcelar o valor da entrada, e não eliminá-lo.

Além disso, você pode buscar por outras opções, a exemplo dos consórcios. Com ele, não é preciso dar entrada para comprar o imóvel, podendo parcelá-lo desde o início.

Como se planejar?

O planejamento para se adquirir um imóvel não é algo trivial, sendo necessária muita dedicação e esforço.

Além de estudar todas as alternativas, como o valor do imóvel, ou o quanto que você consegue pagar tanto de entrada quanto de parcelas do financiamento, ainda será preciso se preparar para guardar dinheiro e ter sempre uma reserva destinada a imprevistos.

Enfim, a dúvida “será que consigo comprar um apartamento com 10 mil de entrada?”, traz uma questão que não é simples de responder. Como vimos, por meio de programas do governo ou então com o auxílio do FGTS, é possível fazer com que, na prática, o valor seja esse. Entretanto, seria necessário localizar e optar por um imóvel com valor que permitisse pouca quantia de entrada.

Porém, vimos que, além do financiamento, existe a possibilidade de conseguir comprar um apartamento sem entrada por meio do consórcio. Conhece essa alternativa? Entenda os detalhes de como funciona no nosso guia completo!