Consórcio x financiamento: entenda qual é a melhor opção

Quem quer adquirir um imóvel ou um veículo, mas não conta com dinheiro suficiente para fazer uma compra à vista, pode recorrer a duas opções: financiamento ou consórcio. Essa é uma decisão que afeta diretamente o seu planejamento financeiro, porque depende do tempo que você pode esperar e do quanto está disposto a pagar para transformar o seu sonho em realidade.

Por isso, é importante avaliar o seu orçamento pessoal e ter certeza de qual opção cabe no seu bolso e oferece as condições mais vantajosas.

Para ajudar, separamos algumas informações. Saiba, neste post, como funciona cada opção e faça essa escolha de forma inteligente, sem prejudicar o seu bolso! Veja o vídeo que preparamos para você:

O funcionamento do consórcio

O consórcio é uma forma de poupança, investimento e aquisição de bens baseada na união de pessoas físicas ou jurídicas, que formam grupos com objetivos semelhantes. A administradora é a empresa responsável por gerir todo o processo, garantindo que, ao final do prazo, cada membro tenha as suas expectativas atendidas da melhor forma possível.

A cada mês, é realizada uma assembleia, que atualiza todos os participantes sobre o andamento do grupo e define os contemplados por sorteio e lances daquele período. São esses os membros que vão receber a carta de crédito para adquirir o que almejam.

Não é possível garantir a contemplação para nenhum participante em algum mês específico. Não há diferenciação entre os participantes, e você pode ser sorteado do primeiro ao último mês. Se tiver mais urgência na contemplação, pode tentar antecipá-la por meio da oferta de lances.

Tipos de consórcio

O consórcio é uma opção muito flexível e pode ser usado não apenas para comprar bens, mas para se programar para diversos outros serviços, como:

  • reformar um imóvel;
  • fazer uma festa (de casamento, aniversário ou formatura, por exemplo);
  • custear uma viagem;
  • comprar eletrodomésticos;
  • fazer procedimentos estéticos ou de saúde;
  • pagar um curso, como uma pós-graduação.

Os tipos mais populares são aqueles voltados para a compra de carros e motos, novos ou seminovos, mas também existem consórcios para caminhões, tratores e até aeronaves. Além desses, existem, claro, os consórcios de bens imóveis, que permitem comprar casas, apartamentos, casas na praia ou no campo, imóveis na planta e até mesmo para reforma ou construção.

A dinâmica do financiamento

O financiamento é uma compra parcelada, na qual o valor é dividido em um prazo estabelecido por contrato. Você paga uma fração da dívida por mês e, sobre o saldo devedor restante, são cobrados juros periodicamente.

O financiamento pode envolver diferentes exigências, entre elas:

  • não ter restrições no CPF no momento da contratação;
  • ter um histórico de relacionamento com o banco;
  • pagar impostos, taxas e tarifas bancárias inclusas no processo.

Dependendo do banco, do bem a financiar e da linha de crédito, há outras condições a serem atendidas.

Diferentemente do consórcio — no qual são os próprios membros do grupo que se autofinanciam —, no financiamento tradicional quem realiza a compra do imóvel ou do veículo é o banco, e a pessoa segue pagando até quitar o valor total da dívida. Ou seja, ele intermedeia a realização dos projetos, cobrando juros e tarifas pelo serviço prestado e pelo crédito concedido.

As formas de pagamento

As formas de pagamento também são diferentes nas duas modalidades de negócio. Confira, a seguir, as características de cada uma.

Consórcio

O consórcio não exige entrada, e as parcelas são pagas mensalmente, de acordo com o valor e o prazo estabelecidos na hora da contratação. É importante atentar a isso para garantir que esse dinheiro estará disponível no seu orçamento mensal, já que é um compromisso sério assumido em longo prazo.

Os valores variam entre as administradoras, pois o percentual da taxa de administração de cada uma é diferente, e o reajuste das parcelas pode seguir índices econômicos variados.

A taxa de administração é basicamente a remuneração da administradora, usada para manter a sua infraestrutura funcionando e permitir a boa gestão dos recursos de todos os consorciados. Além dela, há outros custos envolvidos, que serão explicados logo mais.

Financiamento

O financiamento só acontece se você atender às condições exigidas pela instituição na qual está pleiteando o crédito. A maioria requer que o comprador disponibilize parte do valor do bem desejado como entrada, que é uma forma de atestar a sua disponibilidade financeira.

Antes de efetivar a contratação, é preciso apresentar toda a documentação necessária para avaliar o seu cadastro. Isso pode incluir documentos pessoais e comprovantes de renda, além de documentos que atestem a capacidade financeira.

O uso do FGTS

Todo mundo sabe que o saldo do FGTS pode ser usado para a compra da casa própria nos financiamentos, mas bem menos conhecido é o fato de que as mesmas regras também valem para o consórcio de imóveis.

Neste caso, o FGTS pode ser usado para dar lances ou para somar-se ao valor da carta de crédito, de forma a possibilitar a compra de um imóvel mais caro. O consorciado também pode usar os recursos do fundo para quitar ou amortizar o saldo devedor.

Vale destacar que, seja para o financiamento, seja para o consórcio, a liberação do FGTS segue sempre as regras da Caixa Econômica Federal. A cartilha da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios) explica com mais detalhes as normas para o uso do saldo do fundo para consórcios imobiliários.

Veja também algumas restrições importantes para o uso do FGTS em consórcios:

  • não é permitido usar o FGTS para dar lances ou amortizar o saldo devedor se a pessoa tiver um financiamento ativo pelo SFH em qualquer lugar do país;
  • proprietários de imóvel residencial concluído ou em construção no município de residência, no município em que exerce a sua ocupação principal ou em municípios vizinhos também não podem usar os recursos do fundo;
  • o consórcio e a conta do FGTS precisam estar no nome da mesma pessoa.

Além disso, a pessoa precisa ter, pelo menos, três anos de trabalho sob o regime do FGTS para poder usar o dinheiro depositado no fundo para a aquisição de imóvel, tanto no financiamento quanto no consórcio. Para isso, é considerada a soma de todos os períodos, consecutivos ou não, em uma ou mais empresas.

As taxas e os juros cobrados

O consórcio não tem juros, já que você e os outros membros estão usando o seu próprio dinheiro. Há outros custos que, mesmo somados, ainda se mostram uma opção mais viável e econômica que os financiamentos. Entre eles, estão:

  • fundo comum: trata-se do valor que todo consorciado paga para formar um fundo destinado à aquisição de um bem. A contribuição mensal do fundo comum é obtida mediante um percentual sobre o valor do crédito contratado;
  • taxa de administração: é a taxa que o consorciado paga à administradora em função dos serviços que ela presta;
  • fundo de reserva: é destinado a proteger o funcionamento do grupo, cobrindo eventuais inadimplências e outras despesas relacionadas aos consorciados/grupos;
  • seguro: quando contratado, é utilizado para garantir o pagamento das parcelas em caso de morte ou inadimplência do segurado;

Basicamente, a taxa de administração e o fundo comum fazem parte da composição das parcelas na maioria dos consórcios. Já os demais valores podem ou não estar incluídos. Por isso, vale a pena pesquisar para encontrar opções mais vantajosas. Lembre-se apenas de não abrir mão daquilo que garante a sua segurança.

Os juros do financiamento podem ser cobrados de diversas formas, dependendo da linha de crédito e do banco. Normalmente, o cálculo é feito com base em duas tabelas. Veja abaixo quais são elas.

Tabela SAC

Nessa forma de cálculo a amortização ocorre de maneira constante. Ou seja, todo mês o saldo devedor é recalculado e dividido entre os meses restantes para pagamento. Assim, a prestação decresce com o tempo.

Tabela Price

Nessa modalidade de cálculo o valor das prestações é fixo, definido no momento da contratação. Cada mensalidade é composta por duas partes: uma relativa aos juros e outra ao pagamento do principal, que é o saldo devedor.

No começo do período de pagamento, a maior parte é composta por juros, e a menor, pela amortização. Com o decorrer do tempo, essa balança se inverte, mantendo a prestação igual.

No caso do financiamento imobiliário, por exemplo, existem outros encargos além dos juros. Por isso, o consumidor deve observar sempre qual é o CET (Custo Efetivo Total). Ali estão discriminados todos os custos, como juros, tarifas, tributos e seguros.

As empresas responsáveis

As administradoras de consórcios são as empresas que mantêm esse tipo de operação. Entre as suas responsabilidades, podemos citar:

  • formar os grupos;
  • gerir o dinheiro recebido e escolher as melhores opções para investi-lo;
  • organizar as assembleias, os sorteios e os lances;
  • controlar os níveis de inadimplência.

Já os bancos oferecem as diferentes opções de financiamento. Eles captam recursos junto ao Banco Central e outros bancos e também utilizam os depósitos dos seus clientes para financiar essas operações.

A utilização do crédito

O financiamento e o consórcio apresentam características diferentes em relação à possibilidade de uso do crédito. No consórcio, você tem acesso ao crédito para a aquisição do bem desejado somente após a contemplação. Já no financiamento, uma vez aprovado, a liberação do valor para a aquisição do bem acontece de forma imediata.

O consórcio oferece uma flexibilidade maior, dado que a pessoa pode usar a carta para comprar o bem que ela quiser, desde que seja da modalidade contratada. Isso significa que não é necessário determinar o bem que deseja adquirir no momento da adesão ao plano, somente a categoria. No caso do consórcio de imóveis, por exemplo, é possível adquirir uma casa, apartamento, terreno, fazer uma reforma ou construção.

Já no financiamento, é preciso informar ao banco o bem específico que você quer adquirir por meio do crédito no momento da contratação.

Os cuidados na contratação

Quando falamos de dinheiro é preciso ter atenção constante, especialmente quando os valores envolvidos são altos, como no caso da compra de um carro ou de um imóvel.

Em relação ao financiamento, é importante observar, como já mencionamos, não apenas a taxa de juros cobrada pela instituição financeira, mas também o CET, que inclui todas as taxas que fazem parte do contrato e dão a dimensão real dos custos com os quais você vai ter que arcar.

Além disso, vale lembrar que a instituição financeira vai analisar o seu perfil de crédito e isso vai determinar, em primeiro lugar, se ela vai ou não conceder o financiamento e qual é o limite que você tem disponível.

Por fim, ainda falando de imóveis, ressaltamos que é a instituição financeira que vai determinar qual é o valor do bem para o financiamento. Por isso, não feche nenhum contrato antes de verificar essas informações com o banco.

No caso do consórcio, também é preciso observar algumas questões. É claro que as taxas contam e você deve se inteirar a respeito delas para evitar surpresas. No entanto, existem outros pontos igualmente relevantes.

O primeiro deles é saber se a administradora é certificada pelo Banco Central, ou seja, se ela tem permissão para exercer aquela atividade. Além disso, como em tudo que fazemos, especialmente quando estão em jogo valores altos, cheque a reputação da empresa. Confira o ranking de reclamações do Banco Central e os sites de defesa do consumidor.

Não deixe também de verificar todas as condições do acordo. É importante conhecer todos os detalhes do contrato de adesão, para ter clareza sobre seus direitos e deveres enquanto consorciado.

As vantagens do consórcio

Nessa modalidade não há avaliação de crédito imediata, e o cadastro do consorciado é analisado apenas no momento da liberação da carta de crédito. Ou seja, se você precisa de um tempo para resolver eventuais problemas financeiros, pode aproveitar a espera para fazer isso.

No momento da análise e liberação do crédito, a administradora pode pedir garantias adicionais (como avalista, comprovante de renda, entre outros), para assegurar o bom funcionamento e saúde financeira do grupo.

Também podemos citar como vantagens:

  • a transparência na composição das parcelas (você sabe exatamente o que está pagando);
  • a grande variedade de opções de prazos e créditos;
  • o baixo custo que, mesmo com taxas e seguro, ainda é inferior ao dos financiamentos;
  • o parcelamento integral do bem, sem necessidade de pagamento de entrada;
  • o poder de negociação, já que a carta de crédito equivale ao pagamento à vista;
  • a atualização do valor, que garante o poder de compra do bem, mesmo que ele sofra aumento durante o período de pagamento;
  • a possibilidade de antecipar a contemplação dando um lance;
  • a possibilidade de ter quantos consórcios quiser, sem limitações relativas ao número de imóveis que você eventualmente já tenha, nem relativas ao tipo ou situação do bem. É você que escolhe como vai usar a carta de crédito.

A importância da escolha da administradora para o sucesso do negócio

Como em qualquer investimento, no consórcio você também deve se perguntar: onde estou depositando o meu dinheiro e confiança? Por isso, a escolha da administradora é fundamental para garantir a efetividade dos benefícios que citamos.

De nada adianta tomar essa decisão baseando-se apenas nos valores das taxas. Você pode acabar caindo naquele velho ditado que diz: o barato sai caro! Uma empresa que não administra bem o dinheiro dos consorciados coloca em xeque a realização de seus sonhos, já que não consegue garantir a manutenção do poder de compra do bem.

Como falado, consulte o ranking de reclamações do Banco Central e o histórico da administradora antes de contratar o seu consórcio. A administradora da Racon Consórcios tem selo de qualidade ISO 9001:2015 por prezar pela transparência e ética em suas atividades. Assim, você não terá dúvidas sobre a melhor aplicação do seu dinheiro, nem sobre o cálculo do reajuste, por exemplo.

Além disso, aqui cuidamos muito bem do relacionamento com os nossos clientes. Assim, você sabe que sempre terá as suas dúvidas e necessidades atendidas quando entrar em contato conosco.

Os benefícios do financiamento

Por outro lado, o financiamento permite que você receba o bem de imediato, assim que a operação é aprovada. Dessa forma, ele é mais indicado para quem tem pressa na aquisição. Mas percebe como você pode pagar caro pela urgência? Por isso, falamos tanto sobre a importância do planejamento financeiro.

Quando você já tem um longo relacionamento com o banco, recebe o seu salário na conta e apresenta um bom histórico de crédito, pode conseguir taxas de juros menores. Elas não chegam a tornar o custo comparável com o do consórcio, mas podem melhorar a situação, caso haja muita urgência para a compra do bem.

De outra forma, procurar um banco do qual não é cliente para financiar uma casa ou um carro pode não ser um bom negócio, já que você estará sujeito a taxas mais altas, que podem aumentar muito o valor pago — quando comparado ao preço inicial do bem.

Agora que você já sabe como esses serviços funcionam, escolha entre consórcio ou financiamento avaliando aquilo que traz mais segurança financeira para você e a sua família!

Quer saber mais? Então, baixe gratuitamente o nosso eBook completo sobre o assunto e avalie qual é a melhor opção para você!
cta-consorcio-x-financiamento-entenda-a-diferenca-e-qual-e-a-melhor-opcao-para-voce