Contas em dia! Passo a passo de como se organizar financeiramente

Você já tem algum dinheiro guardado, mas tem dificuldade de economizar para aumentar esse montante? Na atual situação, busca uma maneira de investir, mas tem receio de perder o que já conquistou? De fato, é muito difícil arriscar nessa etapa da vida. Mas saiba que não é preciso correr riscos para se atingir a estabilidade nas finanças. Para isso, no entanto, é fundamental saber como se organizar financeiramente.

Ter um ideal de organização financeira forte na sua mente é o passo inicial para uma vida mais tranquila. Afinal, com as finanças em dia, é muito mais fácil alcançar a liberdade, ter uma vida confortável e realizar sonhos. A dúvida é: como chegar a esse patamar e garantir que o futuro seja mais tranquilo? É o que você vai descobrir neste artigo!

A seguir, preparamos um conteúdo completo para mostrar a você os benefícios de se organizar financeiramente, além de apresentar um passo a passo que ajudará você a atingir esse objetivo. Continue a leitura e confira!

A importância de saber como se organizar financeiramente

Indo direto ao ponto, a organização financeira é a base para a concretização de sonhos. Se você não é do tipo de pessoa que ganhou na loteria e precisa se esforçar para alcançar os seus objetivos, certamente sabe o quanto é preciso ter estratégia ao gerir o seu dinheiro. O intuito é que ele seja suficiente para arcar com as suas necessidades e permitir ter um pouco mais de liberdade.

Existem etapas da vida — como na transição para a vida adulta, em que se pretende sair da casa dos pais, se formar na faculdade, trabalhar e construir o seu patrimônio — nas quais o dinheiro é um fator ainda mais decisivo. No entanto, é preciso saber como se organizar financeiramente, elegendo prioridades e definindo metas para que os seus desejos se tornem reais.

Nesse contexto, o ponto de partida para um futuro mais estável financeiramente é agir de forma calculada, reconhecendo a importância de poupar e se organizar financeiramente. Para ajudar você a abrir a sua mente, listamos alguns benefícios de se ter uma postura mais equilibrada nas finanças. Veja!

Ter mais controle sobre a sua rotina financeira

Principalmente para quem não tem uma fonte de renda muito elevada, a organização financeira é um dos pontos mais importantes para que se consiga ter controle sobre a rotina financeira. Sem uma visão mais estratégica, você pode facilmente se tornar um pagador de contas, não tendo liberdade para mais nada quando o assunto envolver dinheiro.

Por outro lado, quem se organiza sabe quais são as suas necessidades, sabe das suas prioridades e, mais do que isso, conhece as suas possibilidades. Diante disso, saberá como se programar para uma compra e não cairá nas tentações do consumismo, pois sabe que isso pode afastar de objetivos maiores.

Não sofrer com surpresas desagradáveis

Outra vantagem da organização financeira é a visibilidade que ela oferece para as suas contas. Quando se tem o hábito de contabilizar gastos e registrar tudo de uma forma mais simples, certamente as surpresas se tornam menos frequentes.

Por exemplo, imagine que você não é uma pessoa muito organizada financeiramente e tem o hábito de utilizar o cartão de crédito sem muito critério. Haverá meses em que as contas não fecharão, devido ao descontrole com os gastos.

Esse tipo de surpresa deve ser evitado ao máximo, já que atrasos em contas, principalmente de cartões de crédito, têm a incidência de altos juros. Isso pode complicar as suas finanças, afastando você cada vez mais dos seus objetivos.

Por outro lado, quando se tem uma boa organização financeira, é possível saber quanto da renda já está comprometida, quanto pode ser gasto no cartão e quanto sobrará no fim do mês para acrescentar nas suas economias.

Como se organizar financeiramente na prática

Na prática, gerir dinheiro não é tão simples. A vontade de consumir é grande, ao mesmo tempo em que os recursos são curtos. Então, o que fazer para se tornar uma pessoa mais organizada nas finanças? É o que você aprenderá a seguir com as dicas que preparamos. Vamos lá!

Mantenha o controle financeiro

Existem diferentes níveis de desorganização financeira. É importante conhecer em qual você se enquadra para identificar como é possível melhorá-lo.

Essa questão é tão importante que uma pesquisa divulgada no site Trovo Academy mostrou que mais de 51% dos brasileiros ignoram o planejamento financeiro. Além disso, 6 em cada 10 encontram dificuldades de realizar um controle mensal.

Se você está nessa estatística, deve sair dela imediatamente. Para isso, liste todos os seus gastos e ganhos em uma planilha ou um aplicativo de orçamento pessoal. Analise qual é o contexto vivenciado, quais são suas despesas fixas (como aluguel, energia elétrica, água, entre outros) e as variáveis.

Nesse diagnóstico, avalie o que é supérfluo e pode ser eliminado ou reduzido. A partir disso, anote os gastos diariamente e estabeleça metas. Gerencie as suas finanças considerando os objetivos e controle-se. Tenha em mente que, por mais que esse processo seja cansativo, é mais que necessário.

Tenha sempre uma reserva de segurança

Imprevistos sempre acontecem, só não se sabe quando. Então, é fundamental estar preparado para eles. Nesse ponto, destacamos a importância de você ter sempre uma reserva de segurança, para cobrir gastos extraordinários, como um tratamento médico.

Além disso, quando se é jovem e se pretende ingressar no mercado de trabalho, oportunidades podem surgir de onde você menos imagina. Dessa forma, é preciso ter uma reserva financeira caso você precise mudar de cidade, realizar um prova ou fazer um curso fora.

Estabeleça prioridades

O diagnóstico feito anteriormente inclui esta etapa, já que a análise permitirá identificar o que é essencial e o que é dispensável. Essas categorias dependem das suas necessidades e vivências. Por isso, o ideal é separar os gastos fixos e variáveis em dois grupos.

O primeiro inclui as despesas essenciais, caso de moradia, educação, saúde, contas, alimentação e transporte, por exemplo. Já o segundo abrange as dispensáveis, que podem contemplar o lazer. O ideal é que os gastos da última classificação tenham um percentual de impacto menor no orçamento doméstico.

Caso tenha alguma dívida, priorize os pagamentos. Assim, você consegue amortizar uma parcela dos juros.

Reserve uma parte para investimentos

A sua renda deve ser dividida da seguinte forma:

  • 50% para gastos essenciais, ou seja, para despesas necessárias para se manter no dia a dia;
  • 15% para prioridades financeiras, a fim de garantir um futuro mais tranquilo;
  • 35% para o estilo de vida, isto é, para se divertir, jantar fora, ir à academia e ao cinema, viajar, entre outras coisas.

Desse modo, fica mais claro quanto você deve poupar e o valor que pode gastar. Perceba que as prioridades financeiras se referem à economia mensal, hábito que deve ser criado e mantido sem exceções.

Com isso, você deve começar por uma reserva de emergência. Ela deve ser equivalente a 6 ou 12 meses de renda. Por isso, se o seu salário é R$5.000,00, você precisa ter entre R$30.000,00 e R$60.000,00 guardados.

Depois disso, você pode considerar outros investimentos, desde que sejam seguros. Uma opção bastante interessante é o consórcio, porque ele funciona como uma espécie de poupança forçada, onde você efetua os pagamentos mensais como se fosse uma conta. Porém, nesse caso, você assegura a compra de um bem, que pode ser um carro ou uma casa, por exemplo.

Tenha cuidado com os supérfluos

Um dos maiores erros cometidos é acreditar que os gastos menores pouco interferem no orçamento. É bem provável que, ao analisar as suas finanças, você perceba que aquele cafezinho depois do almoço, por exemplo, tem uma influência considerável — e que esse gasto poderia ser ignorado.

Se você duvida, basta fazer uma conta simples. Se em todos os dias úteis do mês você comprar um café por R$2,00, desembolsará, em média, R$46,00. Em um ano, o valor pode chegar a R$552,00, já pensou?

Aproveite e considere também as compras impulsivas. Elas são bastante prejudiciais ao orçamento, porque, muitas vezes, você quase não utiliza o que adquiriu. Apenas toma essa atitude por ímpeto.

Valorize qualquer dinheiro que receber, inclusive o troco

Muita gente deixa de guardar o troco, porque acha que as notas de menor valor e as moedas valem pouco. Esse é um grande engano, e você perceberá isso assim que começar a guardar essa quantia.

Em poucos meses, você terá uma quantia significativa para trocar, que pode até mesmo pagar uma conta do mês. Em outras palavras, essa é uma maneira de economizar um pouco mais e alavancar os seus resultados.

Mapeie os seus gastos

A chave para a organização financeira é a visibilidade. Ou seja, só se consegue organização quando se tem noção exata de onde, como e quando o dinheiro é gasto. Por isso, mapear as despesas é uma das medidas mais estratégicas para quem deseja ser mais controlado.

Nesse ponto, é muito importante que você saiba quais gastos seus são fixos — isto é, aqueles rotineiros e que você não consegue eliminar em um futuro próximo. No mais, é preciso ter ciência dos seus gastos variáveis, ou seja, aqueles que não estão presentes todos os meses e que você é capaz de cortar rapidamente.

Com essas simples informações, já é possível entender melhor os seus hábitos. É possível avaliar onde você gasta mais, se há excessos e pontos em que é possível minimizar as despesas e até mesmo o desperdício de recursos.

Renegocie suas dívidas

Talvez você não saiba, mas sempre existe a opção de renegociação de dívidas, inclusive com outras instituições. Por exemplo, se você tem um financiamento junto a um banco X, é possível transferir essa dívida para o banco “Y”. Em muitos casos, essa medida pode trazer economia, já que instituições trabalham com taxas e juros diferentes. Assim sendo, vá em busca de alternativas mais econômicas para pagar as suas dívidas.

Aprenda a gastar dentro da sua realidade financeira

Uma das principais dificuldades enfrentadas por quem quer alcançar uma boa organização financeira, especialmente os jovens, é gastar de acordo com a sua realidade. Os impulsos de consumo costumam ser muito tentadores, como a vontade de trocar de smartphone sempre que um novo é lançado ou a necessidade de sair e ter lazer com frequência.

Nesse sentido, é muito importante que você aprenda a gastar dentro da sua realidade. Ou seja, se a sua renda mensal é reduzida, nem sempre será possível trocar de aparelho celular todos os anos. Além disso, visitas frequentes a bares e restaurantes mais caros também podem prejudicar o seu orçamento.

Sendo assim, o mais indicado é desenvolver hábitos compatíveis com a sua renda. No entanto, isso não significa que você não pode se permitir ter alguns luxos. Na realidade, a organização financeira pode ajudar justamente nesse ponto, permitindo que você se programe para uma compra de maior valor ou uma viagem, por exemplo.

Obtenha uma renda extra

Já pensou em ter um valor a mais todo mês? Essa é uma alternativa interessante para aumentar a sua renda e colocar as finanças em dia.

Se você trabalha em uma empresa, pode tentar conseguir uma promoção. Outra alternativa interessante é transformar um hobby ou uma competência em um valor extra para o seu orçamento. Se você é bom com textos ou entende de mídias digitais, por exemplo, você pode trabalhar como freelancer em alguma organização.

Esse valor extra pode ser utilizado para o pagamento de dívidas ou para reforçar a economia mensal. Assim, você pode alcançar os seus objetivos rapidamente.

Em suma, a ideia de como se organizar financeiramente passa por uma série de atitudes, que garantem um futuro mais tranquilo. Todas elas passam por disciplina e foco. Sem esses dois requisitos, ficará muito difícil mudar os hábitos e poupar. Porém, se você fizer um esforço, verá que os resultados valem muito a pena.

E então, está disposto a se organizar financeiramente? Pensando em ajudar você, criamos uma planilha anual de orçamento pessoal para você baixar. Confira!
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