Crédito imobiliário: financiar seu imóvel vale à pena?
Crédito imobiliário é uma das principais portas de entrada para quem deseja a casa própria no Brasil. Em 2025, o mercado imobiliário mantém um ritmo aquecido: só no primeiro trimestre do ano, mais de 102 mil unidades residenciais foram vendidas em 221 cidades.
Esses dados representam um crescimento de 15,7% em relação ao mesmo período de 2024, de acordo com os dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Esse cenário positivo reflete a força do setor, que teve em 2024 o melhor desempenho desde 2014, em função de iniciativas como o programa Minha Casa, Minha Vida.
Com a projeção de que a taxa básica permanecerá em 14,75% ao ano até o fim de 2025, as condições para contratar um financiamento imobiliário tornaram-se mais atrativas e aumentam o interesse de compradores e investidores.
Neste artigo, entenda o que é o crédito imobiliário, como é seu funcionamento e quais são suas vantagens e desvantagens. Além disso, saiba os cuidados a tomar antes de assumir esse compromisso de longo prazo e conheça outras formas de aquisição. Vamos lá?
O que é crédito imobiliário?
O crédito imobiliário é uma operação de crédito feita junto a uma instituição financeira para obter os recursos necessários para a aquisição de um imóvel novo ou usado, residencial ou comercial. Além da compra do imóvel em si, o comprador pode utilizar os recursos para:
- imóveis novos, usados, na planta ou terrenos;
- utilizar o FGTS como parte do pagamento ou para amortizar o saldo devedor;
- As taxas de juros variam conforme o tipo de crédito (prefixado, atrelado à poupança, IPCA etc).
Em outras palavras, é um empréstimo de longo prazo que permite ao comprador adquirir um imóvel mesmo sem ter o valor total à vista.
Como funciona o crédito imobiliário?
O crédito imobiliário funciona de modo a permitir que pessoas físicas ou jurídicas adquiram, construam ou reformem imóveis por meio de um financiamento de longo prazo, com parcelas mensais ajustadas à renda do comprador.
Esse tipo de crédito oferece diversas modalidades, prazos estendidos e taxas de juros que variam conforme o perfil do cliente, o valor do imóvel e a política do banco escolhido.
Abaixo, entenda em mais detalhes como funciona o crédito imobiliário para tomar decisões financeiras mais seguras e planejar a compra do bem de forma consciente e responsável.
- Escolha do imóvel: você define o imóvel que deseja comprar (novo, usado ou na planta);
- Simulação e análise de crédito: você faz uma simulação com o banco para estimar valores, prazos e parcelas. Depois, envia sua documentação para o banco avaliar sua capacidade de pagamento;
- Aprovação do crédito: se sua análise for aprovada, o banco autoriza o financiamento de até 80% (ou mais, a depender do caso) do valor do imóvel;
- Avaliação do imóvel: o banco manda um engenheiro ou avaliador para conferir se o valor e as condições do imóvel estão certos;
- Assinatura do contrato: após a aprovação final, você e o vendedor assinam o contrato de financiamento. O banco libera o valor ao vendedor;
- Pagamento das parcelas: você começa a pagar mensalmente, conforme o prazo acordado (geralmente entre 10 e 35 anos).
Lembre-se de que, para ter a aprovação de análise, é obrigatório que a pessoa interessada em crédito imobiliário apresente a comprovação de renda, esteja livre de restrições nos órgãos de proteção ao crédito e tenha, no mínimo, 18 anos. Além disso, o imóvel também precisa de uma documentação regular.
Para que você entenda melhor seu funcionamento, imagine alguém que deseje um apartamento de R$ 400 mil. Neste caso, pode financiar até 80% desse valor (a depender da instituição) e pagar o restante como entrada. O comprador pagará o valor financiado em parcelas mensais, com juros previamente estabelecidos no contrato.
Quando vale a pena recorrer ao crédito imobiliário e para quem é indicado?
O crédito imobiliário vale a pena quando há planejamento e estabilidade financeira. Como é um compromisso de longo prazo, é essencial avaliar suas condições atuais e projetar sua situação para os próximos 5 ou 10 anos e considerar, inclusive, uma reserva de emergência e possíveis fontes de renda extra.
Essa modalidade é indicada para quem deseja a casa própria, não pode esperar por muito tempo para ter acesso ao imóvel ou busca estabilidade pessoal ou profissional.
Também é uma alternativa interessante para investidores iniciantes que querem a construção do próprio patrimônio e a garantia de segurança futura, além de contar com um bem que pode valorizar-se ou gerar renda.
Quais são as vantagens e desvantagens do crédito imobiliário?
Assim como diversas alternativas do mercado, essa modalidade de compra conta com prós e contras. Avaliar esses aspectos com cuidado é fundamental para evitar surpresas e garantir que a aquisição do seu imóvel ocorra de forma tranquila e segura.
Abaixo apontamos algumas das principais vantagens e desvantagens do crédito imobiliário para ajudá-lo em sua escolha.
Vantagens
Algumas das vantagens do crédito imobiliário já foram mencionadas neste conteúdo: o comprador pode ocupar o imóvel em pouco tempo, no futuro o imóvel pode se transformar em uma fonte de renda e o FGTS pode ser utilizado para abater valores em algumas circunstâncias.
Além disso, o proprietário pode conseguir uma valorização do seu imóvel no futuro e fazer dessa alternativa um investimento interessante. Portanto, é importante considerar a localização e a infraestrutura da região.
Desvantagens
O compromisso com um prazo muito longo, os juros cobrados sobre a operação e a exigência de uma entrada de valor considerável costumam ser os principais pontos negativos do crédito imobiliário.
Imprevistos podem dificultar o pagamento das prestações, que acabam por acumular e, consequentemente, gerar dívidas. Além disso, alugar ou revender o imóvel nem sempre traz facilidade, o que obriga o proprietário a arcar com todos os custos de manutenção.
Considere outras opções disponíveis no mercado!
Agora que você entende o que é crédito imobiliário e por que esse tipo de compra pode ser vantajosa em certas situações, é importante refletir com cuidado antes de assumir esse compromisso, especialmente por ser de longo prazo.
Por isso, vale analisar outras alternativas disponíveis no mercado, como o consórcio imobiliário.
Diferente do crédito tradicional, o consórcio funciona como uma compra programada. Um grupo de pessoas com o mesmo objetivo — adquirir um imóvel — se reúne para formar uma poupança coletiva.
Cada participante contribui mensalmente, e, a cada mês, um ou mais membros são contemplados com uma carta de crédito que permite a compra do bem à vista.
Essa modalidade não cobra juros, apenas uma taxa de administração, o que geralmente a torna mais econômica ao longo do tempo. No entanto, é preciso ter planejamento, já que a contemplação pode ocorrer por sorteio ou lance, e não há garantia imediata de quando você receberá a carta.
Além disso, quem já tem um financiamento em andamento pode utilizar a carta de crédito para quitar o saldo devedor, desde que esteja previsto em contrato.
Se você busca uma forma segura e planejada de conquistar seu imóvel sem pressa e com menos custos, simule agora seu consórcio na Racon Consórcios e descubra como essa opção pode funcionar para você!