Durante a pandemia muita gente passou a trabalhar de casa e sair de carro tornou-se algo menos frequente. Com isso, é bem provável que o veículo tenha passado um tempo considerável sem ser acionado.

Do mesmo modo que a utilização inadequada pode trazer consequências para a preservação do veículo, deixar o carro parado também não é legal. Diante disso, neste texto, vamos explicar quais os principais problemas tal atitude pode gerar no automóvel e o que pode ser feito para minimizá-los.

Quais os perigos de deixar o carro parado?

Manter o carro parado não significa que ele estará a salvo do desgaste. Por isso, é necessário manter uma série de cuidados sempre que o veículo for inutilizado por longos períodos. É óbvio dizer isso, mas um carro foi feito para estar em movimento e a ausência de circulação é bastante nociva para os componentes.

Não há uma regra, mas, normalmente, veículos sem utilização por períodos entre 20 dias e 1 mês já estão na margem de tempo com o qual os primeiros problemas podem começar a aparecer se nada for feito.

Dessa forma, se você utiliza o veículo ao menos semanalmente, não há muito com o que se preocupar na maioria dos casos. Em todo caso, ligá-lo e rodar com ele periodicamente por alguns minutos costuma prevenir a maior parte dos transtornos.

Caso contrário, é preciso ficar atento com os danos que vão aparecendo à medida que o tempo vai agindo. Alguns deles são velhos conhecidos (como a bateria descarregada), mas outros podem surpreender os motoristas menos precavidos, como é possível perceber na lista a seguir.

• envelhecimento dos fluidos de freio e de motor; • degradação do combustível, que pode entupir os bicos injetores; • perda de pressão dos pneus; • componentes enferrujados pela água do radiador; • sistema de arrefecimento defeituoso; • oxidação da pintura. • palhetas do limpador de para-brisa ressecadas; • bateria descarregada.

Como prevenir esses problemas?

A melhor recomendação para evitar os principais problemas gerados pela inatividade do veículo é fazendo-o rodar. Vale reforçar que apenas ligá-lo não costuma ser suficiente. É importante que, pelo menos uma vez por semana, o motorista tire o carro da garagem e circule por alguns minutos para evitar o desgaste prematuro de uma série de componentes.

Nas situações em que nem isso for viável, é possível tomar algumas ações para reduzir a probabilidade de ser afetado pela ausência. Nos tópicos a seguir explicamos o que pode ser feito de melhor para evitar dores de cabeça.

Bateria

Quase sempre, a bateria é o primeiro componente a sentir o tempo de inatividade e ter o seu desempenho afetado pela falta de uso. É difícil que ela não perca a carga após certo período.

Sem carga na bateria o motorista nem sequer conseguirá dar partida no veículo quando for utilizá-lo de novo e não poderá usar uma série de sistemas que dependem da energia dela para funcionar, como faróis, alarme, ar-condicionado e rádio.

Para evitar problemas, confira as instruções da montadora para prolongar a vida útil da bateria com o carro parado. Em alguns modelos a indicação é desconectar o cabo, enquanto em outros, isso não é recomendável.

De qualquer forma, rodar com o veículo por alguns minutos toda a semana recarrega a bateria e serve como medida de prevenção para isso.

Fluidos

Cada fluído tem um tempo determinado de validade que, após ultrapassado, faz com que esses líquidos possam danificar uma série de componentes. O óleo do motor tem validade média de 6 meses, por exemplo.

Por isso, é importante acompanhar esses prazos dos fluidos e trocá-los sempre que necessário. Além disso, verifique de forma constante o nível de cada um deles. Em último caso, procure uma oficina especializada para esgotar alguns desses fluidos. Com isso, o carro pode ficar "hibernando" sem que seja necessário se preocupar.

Pneus

Sem uso, os pneus não sofrerão desgaste, mas podem ficar deformados. Para reduzir a chance de isso acontecer, são duas as possibilidades: a primeira envolve estacionar o carro sobre cavaletes, para que as rodas não toquem o solo.

Outra forma de prevenção envolve deixar o pneu com a maior calibragem possível, de acordo com o manual do veículo, e acionar o carro para rodar pelo menos alguns minutos por semana, dica que já foi mencionada várias vezes aqui.

Combustível

Não há consenso sobre qual o nível de combustível deixar no tanque, mas o ideal é evitar tanto deixá-lo vazio quanto completo, mantendo uma quantidade suficiente para caso seja necessário utilizar o veículo. Isso evita tanto que o líquido envelheça no reservatório quanto seque com o passar do tempo.

Além disso, o combustível, seja a gasolina ou álcool, tem validade média de 3 meses. Após esse período, começam a se formar borras e crostas que podem entupir toda a tubulação por onde ele passa.

Pintura

Do ponto de vista estético, a dica é manter o carro guardado limpo, em local fechado e de preferência com uma capa cobrindo-o. De tempos em tempos, vale passar um pano para remover a poeira acumulada e encerar o veículo, para manter a pintura em bom estado.

Quais cuidados tomar na hora de voltar a usá-lo?

Quando a rotina voltar ao normal e o veículo tiver novamente uma demanda de utilização regular, uma série de cuidados também devem ser tomados. A maior parte deles é simples, como avaliar o estado da bateria ou trocar o fluido de freio. Em todo caso, não descarte uma revisão completa para que tudo seja avaliado com cuidado antes de voltar à ativa.

Parado ou em movimento, cuidar do carro é essencial para resguardar seu patrimônio, ainda mais de um bem que sofre com a depreciação à medida que os anos se sucedem. Então, jamais ignore os cuidados de manutenção, que certamente são a melhor forma de fazer o dinheiro investido ser preservado.

Deixar o carro parado pode realmente ser um problema, principalmente quando o motorista não souber o que deve ser feito para conservar o veículo de forma adequada antes, durante ou mesmo depois do período de inatividade. Com isso, esperamos que este conteúdo seja valioso para quem esteja passando por essa situação.

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