6 dicas de alimentação sustentável para ajudar o meio ambiente
O meio ambiente sofre com os impactos humanos há muitos anos. No quesito alimentação, isso pode ser sentido pelo desperdício de comida e desigualdade alimentar no mundo. Segundo o relatório feito pela Embrapa, cada brasileiro joga mais de 40kg de comida no lixo por ano. Só esse dado mostra que mudar os hábitos de consumo incluindo alimentos sustentáveis na dieta é mais do que necessário.
Um dos resultados mais críticos desse estudo é que as frutas, hortaliças, raízes e tubérculos estão no topo das perdas, pois uma boa parte do que é colhido, é jogado fora. Essa realidade precisa gerar uma conscientização em massa de toda a população para evitar esse tipo de perda.
Continue lendo este post para conhecer 6 dicas de alimentação sustentável para ajudar o meio ambiente!
Sustentabilidade e alimentação
Exercer pequenas atitudes no cotidiano é crucial para construir uma sociedade mais justa e equilibrada. Escolher alimentos orgânicos e naturais, por exemplo, contribui para a preservação da água, do ar, do solo e, principalmente, da saúde. Afinal, esse tipo de alimentação garante o consumo de produtos livres de aditivos químicos e agrotóxicos, herbicidas, pesticidas e fertilizantes artificiais, que prejudicam a saúde humana e podem degradar o ecossistema.
Em suma, ao aliar sustentabilidade e alimentação, nós contribuímos para a conservação do planeta, o que oferece uma melhor qualidade de vida a todos e favorece a conservação dos recursos naturais.
A importância da alimentação sustentável
Para equilibrar corpo e mente, é necessário se alimentar com consciência, e isso não abrange somente a ingestão de alimentos saudáveis. Segundo a Cartilha da Mesa Brasil Sesc SP sobre Aproveitamento Integral dos Alimentos (AIA), a escolha dos produtos alimentícios deve beneficiar o paladar, a saúde e a natureza, a fim de gerar sustentabilidade.
Dessa forma, é preciso considerar a lista dos ingredientes, a receita e o descarte de sobras. Esse tipo de alimentação foca no uso de partes de alimentos que geralmente são desprezados, como bagaços, cascas, folhas, sementes e talos. O hábito do AIA e do não desperdício pode — e deve — ser praticado diariamente por qualquer cidadão, independentemente do seu nível econômico e social.
Isso quer dizer eliminar preconceitos alimentares, como o de que determinada comida é apenas para pessoas de baixa renda, e considerar que os “restos” jogadas fora têm grande valor nutricional. É cientificamente comprovado que algumas partes contêm mais vitaminas e nutrientes do que as consumidas frequentemente. Por exemplo, você sabia que a casca de laranja jogada no lixo contém muito mais cálcio, fósforo, proteínas e fibras do que a polpa?
Outro fator é que grande parte desse desperdício ocorre antes de o alimento chegar à mesa das pessoas por diversos motivos, como:
- procedimentos inapropriados de produção;
- transporte em estrada e veículos precários;
- perdas em varejo e feiras livres.
Por esses motivos, é necessário repensar as medidas adotadas pela produção alimentícia.
6 dicas de hábitos alimentares sustentáveis
Confira o que você pode fazer para desenvolver hábitos alimentícios mais saudáveis para ajudar o meio ambiente.
1. Evite o uso de embalagens
As embalagens (e envoltórios) de papel e plástico que protegem boa parte dos alimentos que consumimos são os maiores culpados pelo crescimento do volume de resíduos no planeta.
Se você deseja colaborar com a redução do lixo produzido, uma boa sugestão é adquirir alimentos frescos e não embalados ou que utilizem embrulhos em versões biodegradáveis.
2. Mude seus hábitos de cozinhar
É óbvio que usar uma panela para cozinhar é a melhor forma de fazer suas refeições. Mas que tal aproveitar esse período de cozimento considerando a sustentabilidade?
Uma boa ideia é utilizar o vapor de um recipiente de arroz para cozinhar hortaliças e legumes. Outra dica interessante é reaproveitar a água usada para no cozimento de vegetais — que têm diversos nutrientes — para fazer outras receitas, como feijão, macarrão e até mesmo sobremesas: bolo, gelatina e pudim. Você já havia pensado nisso?
3. Tenha uma horta
Você tem uma varanda onde consegue cultivar algumas plantas? Ou um pequeno espaço que cabe alguns vasos? Separe algumas horas do seu dia para fazer uma pequena horta em casa e ter uma alimentação mais saudável.
Não é necessário ter uma área grande para plantar frutíferas ou vegetais. Ao cultivar uma simples plantação de ervas e temperos, por exemplo, você contribui com a preservação do planeta e reduz os custos da sua alimentação.
4. Aproveite 100% dos seus alimentos sempre que possível
Você tem o hábito de aproveitar todo o seu alimento na hora de cozinhar? Conseguir aproveitar os pedaços que sobram e a casca do produto é fundamental para tornar a sua alimentação mais nutritiva, reduzir o desperdício e economizar dinheiro.
Existem diversas receitas simples de massas, tortas, farofas e sopas que utilizam caules, sementes, talos e folhas de diversos alimentos que normalmente não seriam utilizados. Que tal pesquisar algumas possibilidades para evoluir seus dotes culinários?
5. Valorize o consumo de produtos orgânicos
Os alimentos orgânicos passam por um processo de produção sustentável em todas as suas fases, com o objetivo de amenizar os danos causados ao meio ambiente. Eles podem ser carnes, frutas, vegetais e até alguns industrializados, como biscoitos, massas e pães.
Basta encontrar o selo de orgânico em seu pacote para saber que você está comprando uma mercadoria sustentável. Aqui, por via das dúvidas, vale visitar o site e as redes sociais da marca para comprovar se ela é realmente amiga da natureza.
6. Adquira produtos regionais e de cada estação
Adquirir alimentos produzidos na sua região, bem como na estação própria da sua produção, é uma boa ideia para incentivar o varejo local e evitar diversos impactos ao ambiente, que são gerados pelo armazenamento, conservação, transporte e duração de validade.
Uma boa sugestão são os produtos da época, principalmente os "escovados", que são vegetais sujos com terra que o consumidor limpa em casa. Assim, o gasto de água para tornar o alimento próprio para consumo é menor, pois dispensa a limpeza prévia feita pelo próprio produtor ou antes de ser disponibilizado para venda. Portanto, sempre que possível, valorize essas mercadorias na hora de fazer sua feira.
Esperamos que os hábitos e alimentos sustentáveis mencionados ao longo deste conteúdo possam contribuir com as suas novas atitudes perante o meio ambiente. Para isso, basta colocar essas dicas em prática. Assim, as pessoas que estão próximas de você certamente ficarão contagiadas pelo seu comportamento ecológico.
Se você gostou do conteúdo e deseja continuar aprimorando os seus conhecimentos sobre o tema, confira também este post sobre sustentabilidade social!