Seja por desejo de desenvolver mais autonomia, seja por necessidade (para estudar, ou trabalhar, por exemplo), morar sozinho em outra cidade traz uma série de desafios em diversos âmbitos: financeiro, pessoal e até mesmo emocional Por isso, tal mudança exige um planejamento cuidadoso.

Nesse conteúdo vamos indicar algumas dicas sobre o que considerar para evitar perrengues durante esse processo, para que a adaptação à nova cidade se dê da melhor forma e seja possível aproveitar tudo o que ela tem a oferecer.

1. Conheça a cidade de destino

Antes de empacotar a mudança é importante ter uma visão sobre o que a nova cidade tem a oferecer, quais são seus pontos fortes e quais as deficiências ela apresenta. Isso ajuda tanto no planejamento quanto nas expectativas, evitando que você se decepcione com a ausência de algum aspecto que seja muito importante para sua rotina no seu novo destino.

Claro que a internet pode ajudar muito nessas horas. Com uma boa pesquisa é possível encontrar informações úteis sobre o que a cidade escolhida tem de melhor e quais são seus pontos fracos.

No entanto, a melhor forma de conhecer o destino é fazendo uma visita e circulando pelas regiões que estão nas suas possibilidades de habitação. Procure avaliar aspectos como segurança, acesso a serviços básicos e outras instalações da infraestrutura urbana, sempre de acordo com suas necessidades.

Tal avaliação ajudará também a reduzir a ansiedade sobre a nova vida e dará segurança para realizar a mudança com mais calma, o que é fundamental diante do impacto que isso traz para a vida de qualquer um.

2. Estude o custo de vida

Do ponto de vista financeiro, é essencial analisar sua situação e estimar qual seu custo de vida. Para não ter problemas, é importante que a forma como você vive seja compatível com seu orçamento, considerando que na cidade de destino é bem provável que novas despesas apareçam.

Por definição, o custo de vida engloba todas as despesas com produtos, bens e serviços para que uma pessoa possa viver de acordo com suas demandas diárias. Com isso, é fácil perceber que essa estimativa varia considerando uma série de fatores.

Alguns hábitos podem reduzir o custo de vida de uma pessoa, do mesmo modo que a alteração na composição familiar pode aumentar esse número. A cidade onde se mora também impacta no bolso: não é raro que grandes metrópoles exijam um orçamento maior para se viver com o mesmo nível de conforto de que municípios menores.

A maneira mais prática de obter uma estimativa do seu custo de vida é fazendo um levantamento de todas suas necessidades e colocando essas despesas na ponta do lápis. Inclua na conta, por exemplo, gastos com moradia, transporte, educação, alimentação, saúde e lazer.

Com o resultado desse cálculo em mãos, avalie como esses custos se comportam na nova cidade. Não é raro que o peso do aluguel no novo endereço seja maior ou que talvez seja necessário desembolsar mais com transporte. A partir desse cálculo, confronte o seu custo de vida com aquelas que serão suas fontes de renda nessa nova fase.

É importante que o primeiro não supere o segundo, já que isso pode desequilibrar suas contas e gerar dívidas, algo indesejado, ainda mais nesse processo de transição. Se for o caso, corte os excessos que encarecem seu custo de vida ou busque por novas fontes de renda, ainda que temporárias.

3. Escolha um imóvel que caiba no seu orçamento

Pode ser tentador escolher um apartamento enorme para morar sozinho nos seus primeiros passos na cidade nova. Entretanto, é preciso refletir com calma sobre essa escolha e de que forma ela impacta nos seus gastos.

Lembre-se também que os gastos com moradia não se restringem ao imóvel em si. Na maioria dos casos, será necessário arcar com custos de energia elétrica, água, internet, condomínio, IPTU e outros custos de manutenção necessários para manter uma residência em ordem.

Além disso, pense que numa mudança será necessário desembolsar alguma quantia para mobiliar a nova casa. Ainda que isso seja feito num primeiro momento apenas com os itens básicos, a conta pode encarecer bastante o custo da mudança.

Nesse cenário, encontrar alguém para dividir a moradia costuma ser interessante. Além de reduzir os custos, essa pode ser uma experiência construtiva, que vai ser levada para a vida toda.

4. Avalie a região em que você vai morar

Escolher um imóvel adequado às suas necessidades ajuda não só a economizar com o custo de moradia, como também pode colaborar com a redução nos custos do transporte ou de outros itens essenciais.

Morar perto de onde vai trabalhar ou estudar permite que você faça a maior parte das suas atividades a pé, por exemplo. O mesmo vale para acesso a serviços de alimentação e saúde: quanto melhor for o acesso, melhor para o seu bolso, além de melhorar a qualidade de vida, evitando deslocamentos constantes em meio ao trânsito.

Se isso não for possível, considere a condição das vias de acesso aos seus compromissos diários (caso você dirija e tenha carro) ou a oferta de transporte público eficiente, ainda que isso possa ser um problema em algumas cidades.

Avalie também a segurança do local. Evite regiões desertas e com a iluminação precária. Para se certificar disso, se possível, visite a área em diferentes horários do dia ou converse com quem mora por ali há mais tempo.

5. Utilize a internet para trocar experiências

Graças à internet, muito dos receios de se mudar para uma nova cidade podem ser amenizados com a troca de experiências por quem já passou por essa situação. Quem vai entrar na faculdade consegue encontrar grupos que reúnem calouros e veteranos, que podem ajudar na tarefa de integração a tudo aquilo de diferente que a nova rotina oferecerá.

De todo modo, morar sozinho em outra cidade não significa romper totalmente com os pais. Mantenha o contato constante com eles e esteja aberto a ouvir o que eles têm a dizer. Esses conselhos com certeza ajudarão você a contornar diversos problemas que surgirão no caminho, deixando essa transição mais suave.

Se você não vê a hora de mudar de cidade e quer receber mais dicas sobre o que fazer para tirar o melhor proveito dessa experiência, veja quais são as tendências de decoração do momento e aplique em seu novo lar!