Quando você precisa fazer a transferência de valores da sua conta para a de outro banco ou titularidade, aparecem duas alternativas. Nesse momento pode surgir uma dúvida: qual é a diferença entre DOC e TED?

A finalidade de ambos os modelos é a mesma: repassar valores de uma conta para outra. No entanto, existem características diversas para cada um deles — e conhecê-las pode garantir aquele pagamento urgente que você precisa fazer de última hora.

É por isso que criamos este post, com os detalhes mais importantes sobre esses dois tipos de transferência e quando utilizar cada um deles para agilizar a sua rotina e esquecer as preocupações. Confira!

O que é DOC?

O Documento de Ordem de Crédito é uma modalidade tradicional de transferência de recursos de um banco para outro. Essa opção é, geralmente, inválida quando a movimentação de valores é feita entre contas de mesma titularidade que estão no mesmo banco, a exemplo de repasse da conta-corrente para a poupança, ou de usuários diferentes que estão na mesma instituição financeira.

Como funciona?

O DOC pode ser feito diretamente na boca do caixa — isto é, na agência bancária —, em terminais de autoatendimento, aplicativo do banco ou pelo internet banking. O limite máximo de transferência é de R$4.999,99 por transação. A operação é confirmada no próximo dia útil, portanto, nunca há crédito do montante em finais de semana e feriados.

Algumas instituições financeiras permitem fazer DOC para a conta poupança. Porém, são exceções. Via de regra, essa possibilidade é inviabilizada. Caso seja necessário fazer um cancelamento, basta entrar em contato com o banco e verificar os prazos.

Como fazer?

A realização dessa modalidade de transferência é assegurada com os dados de conta, agência e CPF/CNPJ do destinatário. No caso da Caixa Econômica Federal, ainda é preciso saber o número da operação — por exemplo, a de código 1 sinaliza o encaminhamento da quantia para conta-corrente de uma pessoa física.

O DOC ainda é dividido em duas categorias: D e E. Antigamente, elas serviam para definir se a operação sofria incidência da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF). Com a extinção do imposto, a primeira classificação indica a realização de transferência para contas de mesma titularidade. Enquanto isso, a segunda assinala que destinatário e remetente são diferentes.

Além disso, a transação requer os informes sobre transferência, ou seja, a finalidade da operação. Ela pode ser crédito em conta-corrente, pensão alimentícia, depósito judicial, pagamento de fornecedores etc. Depois de fazer essa seleção, basta digitar o valor e a data e finalizar os trâmites da instituição financeira.

Em qual horário é possível fazer um DOC?

O limite máximo, geralmente, é 21h59min. No entanto, nem todas as instituições financeiras trabalham com esse prazo. A Caixa, por exemplo, aceita até as 20h30min. Por sua vez, o Santander possibilita fazer o DOC até as 22h15min. Até esses horários, o valor chega na outra conta no próximo dia útil. Se for feito depois disso, somente no segundo dia útil.

Por exemplo: se você fizer um DOC dentro do prazo em uma terça-feira, o dinheiro será creditado já na quarta-feira, em qualquer horário do dia. Por sua vez, se ele for realizado no mesmo dia, mas após o horário limite, será compensado somente na quinta-feira.

Quais são as tarifas cobradas?

As taxas são determinadas pelas próprias instituições financeiras. O mais comum é que a operação feita na boca do caixa seja um pouco mais custosa, porque foi preciso intervenção de um funcionário do banco. Em alguns tipos de contas, também pode haver isenção de tarifa, a depender do acordo e do pacote de serviços contratado com o banco.

O que é TED?

A Transferência Eletrônica Disponível foi criada em 2002 para agilizar a transferência de valores. É uma transação automática feita entre bancos, que permite ao dinheiro cair em poucos minutos na conta do favorecido. Em alguns bancos, o processo demora três horas — mas nunca ultrapassa esse limite.

Quando foi criada, a TED especificava um limite mínimo de transferência de R$250. Hoje, é possível enviar qualquer valor, até mesmo os menores.

Como funciona?

A operação de TED também pode ser feita na agência bancária, no internet banking, em caixas eletrônicos ou por aplicativo bancário. Não existe limite máximo para transação, mas as instituições financeiras costumam permitir até R$30 mil. A operação é confirmada ainda no mesmo dia, em poucos minutos. Por isso, é uma transação válida para situações urgentes.

Como fazer?

A TED exige nome, CPF/CNPJ, dados bancários e tipo de conta do beneficiário — da mesma forma como é feito no DOC. É importante conferir os dados porque essa transação é impossível de ser cancelada. Caso haja alguma divergência identificada pela instituição financeira, o valor é devolvido no próximo dia útil.

Em qual horário é possível fazer um TED?

A transferência de valores por meio de TED tem uma limitação maior de horários e precisa ser realizada até as 17h. Após esse período, o banco faz um agendamento automático para confirmação no dia útil seguinte. Por exemplo: se a operação for feita na terça-feira até as 17h, será creditado ainda no mesmo dia. Caso contrário, somente na quarta.

Quais são as tarifas cobradas?

As taxas também variam conforme a instituição financeira, da mesma maneira como acontece no DOC. O comum é ter valores diversos, a depender do pacote de serviços contratado. Nas chamadas contas digitais, nas quais as operações ocorrem somente pela internet, costuma haver isenção da cobrança.

Qual é a diferença entre DOC e TED e como escolher o melhor?

As diferenças surgem, especialmente, na questão de horários e valores permitidos por transação. Por isso, a TED é a opção recomendada para quem precisa fazer transferências urgentes ou acima de R$5 mil. Para as outras, vale a pena considerar o DOC, já que é possível cancelá-la junto ao banco.

Com esse texto, deve ter ficado mais clara a diferença entre DOC e TED, certo? Agora, você já sabe o que escolher e como confirmar tarifas com o seu banco para evitar surpresas.

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