Você sabe qual é a diferença entre gastos essenciais e supérfluos?

Lidar com as finanças pessoais não é fácil e exige muita disciplina e organização. Sem isso, toda a renda obtida pode ser comprometida sem que as necessidades básicas sejam supridas. Além disso, um orçamento desorganizado prejudica a qualidade de vida e a realização dos seus objetivos financeiros.

Um passo essencial para pôr as contas em ordem envolve aprender a diferenciar os gastos supérfluos daqueles considerados gastos essenciais, já que reduzi-los pode dar um bom alívio no bolso. Para saber como fazer isso de forma eficiente e presente no seu dia a dia, prossiga com a leitura!

O que são gastos essenciais?

Saber a diferença entre o que é um gasto essencial e um gasto supérfluo é fundamental para que todas as decisões envolvendo o nosso dinheiro sejam tomadas com consciência e de maneira otimizada. Além disso, essa diferenciação é parte indispensável de um bom controle das despesas, já que torna possível saber para onde está indo cada centavo.

Essa discriminação, se feita de forma correta, otimiza o dinheiro disponível e permite, por exemplo, eliminar todo o excesso daquilo que não é considerado de primeira necessidade ou, ainda, que esteja comprometendo demais o orçamento e tirando o espaço de demandas mais urgentes.

Com isso, aprender a separar tudo o que é supérfluo daquilo que é realmente essencial ajuda na conscientização financeira e permite manter uma relação mais inteligente com o dinheiro.

Com isso em mente, podemos definir os gastos essenciais como aqueles indispensáveis na manutenção de condições mínimas de sobrevivência e conforto no dia a dia. Logo, dificilmente eles podem ficar de fora do seu orçamento. Entre os mais comuns nessa categoria de despesa, temos:

  • aluguel;
  • alimentação;
  • energia elétrica;
  • água;
  • gás;
  • despesas com saúde;
  • transporte;
  • serviços de telefonia e internet.

Vale observar que, embora essenciais, muitos desses gastos podem ser ao menos reduzidos. É possível reduzir as faturas de água e luz utilizando com mais cautela esses serviços, por exemplo. O mesmo vale também para as despesas com transporte e aluguel, que podem ser reduzidas ou melhor equacionadas no orçamento se o peso delas estiver excessivo.

E o que são considerados gastos supérfluos?

Já os gastos supérfluos são aqueles que podem ser cortados do orçamento, sem que isso afete diretamente na sobrevivência de rotina, ainda que eles possam incrementar no conforto e na qualidade de vida.

Dessa forma, eles devem entrar primeiro nas listas de despesas a serem eliminadas sempre que há uma redução na renda. Entre os principais exemplos dessa categoria, temos:

  • refeições na rua e deliveries;
  • assinaturas de tv a cabo e serviços de streaming;
  • eventos sociais (bares, por exemplo);
  • academia de ginástica;
  • serviços de diaristas;
  • tratamentos estéticos.

Um aspecto que vale ser reforçado é que muitos gastos supérfluos se camuflam entre aqueles considerados essenciais. Dois exemplos ilustram essa afirmação que não costuma ser levada em consideração no momento de fazer essa diferenciação e pode torná-la mais difícil.

O primeiro deles diz respeito à manutenção de serviços de telefonia. Claro que, atualmente, ter uma conexão com a internet é importante, seja para trabalhar, seja para se divertir ou ter acesso a uma série de serviços. No entanto, isso não significa que é necessário manter o pacote mais caro.

As roupas também se encaixam nessa situação de gastos essenciais e necessários, mas que, sem o devido cuidado, podem se transformar em despesas supérfluas e comprometer o orçamento. Ainda que se vestir de acordo com as ocasiões sociais e a época do ano esteja sempre entre os primeiros lugares de uma lista de prioridades, isso não significa comprar dezenas de peças que vão apenas abarrotar o armário.

Como identificar para onde está indo seu dinheiro?

Mesmo diante dessas classificações, pode ser difícil ter clareza de para onde está indo o seu dinheiro mês a mês. Por isso, além de aplicar as regras da primeira parte deste conteúdo, reforce sua organização financeira de acordo com as recomendações dos tópicos a seguir — que, como você vai ver, são de grande valia!

Liste todos os gastos

Antes de separar seus gastos entre essenciais e supérfluos, liste todos eles ao longo do mês (ou de um período menor, se for o caso). Para fazer isso, adote o método que for mais conveniente para você, como uma planilha eletrônica ou um aplicativo de celular.

O mais importante é que nenhum gasto, nem mesmo os menores, sejam excluídos. Por mais que à primeira vista eles pareçam inofensivos, podem representar um grande volume de recursos se somados.

Corte os excessos

Com todos os gastos elencados, é possível fazer a separação entre tudo o que é essencial e aquilo que pode ser considerado supérfluo. A partir disso, o processo de cortar os excessos fica mais simples, ainda que tais decisões possam gerar uma série de dúvidas. Nessas horas, responder a algumas perguntas pode ajudar:

  • Tal produto ou serviço fará falta?
  • Existem alternativas mais baratas disponíveis?
  • Qual o impacto da ausência desse item na minha vida?

Crie regras para o orçamento

É possível comportar parte dos gastos supérfluos no orçamento sem que isso comprometa as contas. Uma das formas de fazer isso é criando algumas regras. A mais comum delas envolve separar seu dinheiro em fatias. É o que acontece, por exemplo, na regra do 50-30-20, em que:

  • 50% do dinheiro deve ir para os gastos essenciais;
  • 30% para os gastos supérfluos;
  • 20% para investimentos, formação de reserva financeira e pagamento de dívidas.

Reavalie seu padrão de vida

A avaliação dos gastos essenciais e supérfluos da sua rotina deve estar integrada a um planejamento financeiro cuidadoso, que envolva a definição de objetivos financeiros, a manutenção de uma reserva financeira para os momentos de aperto e a procura das melhores formas de investir seu dinheiro.

Mais que tudo, entender quais são os seus gastos supérfluos passa por avaliar qual o seu estilo de vida e se ele é compatível com o dinheiro recebido. Sem isso, além de qualquer planejamento ficar prejudicado, as dívidas podem tomar conta, algo que atrapalha a concretização de qualquer meta e gera uma série de consequências negativas.

E você? Quer mais dicas de como planejar seu orçamento? Principalmente se mora sozinho, veja quais são os principais gastos de quem adota essa opção!