A economia compartilhada e a colaborativa ganharam ainda mais força a partir da internet e da crise financeira iniciada em 2008. No entanto, tal termo já havia sido citado em 1978, em um artigo científico publicado nos Estados Unidos, pelo sociólogo americano Amos Hawley.

Ambas as tendências baseiam-se na associação coletiva com o objetivo de economizar, frear o uso de recursos naturais e aproveitar a conexão em massa — seja ela online ou não.

Nesse cenário, as duas vertentes, cujos conceitos ainda estão em construção, são uma resposta à necessidade de um consumo sustentável. E o que essas novas formas de aquisições têm a ver com os cidadãos comuns?

Elas representam até mesmo a chance de realizar velhos sonhos como comprar um carro ou um imóvel. Ficou interessado? Preparamos neste post algumas semelhanças e distinções entre os dois modos revolucionários e transformadores de conquistar bens e serviços. Venha com a gente!

Entenda as peculiaridades dos dois modelos de negócios

Na economia compartilhada, o público utiliza as vantagens da conexão em grande escala, proporcionada pela internet, para dispor aos outros bens que já possui. O intuito é incrementar a renda. Não existe o objetivo de gerar lucro por meio de empresas.

A intenção é que cidadãos comuns possam se ajudar mutuamente a encontrar soluções sem a necessidade de compras. Como consequência, a produção industrial acaba diminuindo porque também é reduzida a demanda.

A grande quantidade de dados sobre as pessoas, disponíveis em redes sociais e aplicativos, permitiu que o consumo de bens materiais pudesse ser realizado como o de serviços.

A variante compartilhada tem um viés de substituir a aquisição de algo pelo uso coletivo desse bem. Um exemplo é o software norte-americano Open Garden, um programa que permite interligar todos os seus hardwares (computadores, tablets e smartphones) num mesmo protocolo de internet.

Esse app garante ainda a divisão do acesso online do celular com outros usuários, propiciando a conexão em locais sem Wi-Fi.

Já na economia colaborativa, os consumidores, que não se conhecem necessariamente, reúnem-se — por intermédio de um grupo, empresa, associação ou cooperativa — para adquirirem bens em comum.

É exemplo de estilo colaborativo a instituição norte-americana Society for Participatory Medicine, por meio da qual médicos, pacientes e diversos profissionais auxiliam na pesquisa de informações com o intuito de evitar possíveis erros médicos.

A divisão colaborativa da economia, portanto, atua em redes que são administradas por equipes. Também integram essa linha os consórcios e as cooperativas de crédito criadas com a meta de obter empréstimos mais vantajosos economicamente.

Conheça as vantagens dos dois sistemas para os indivíduos

Como o que já foi mencionado, no padrão compartilhado, os usuários oferecem mercadorias e produtos que já possuem para aumentar a renda. A principal vantagem para alguém apostar nessa tendência é despender menos dinheiro.

Suponha que uma mãe, em vez de comprar uma cadeirinha de bebê por mais de mil reais, use algum software para "alugá-la" durante um período.

É benefício tanto para a mãe como para a proprietária do utensílio, que provavelmente já não tinha finalidade para ele. Há ainda recompensas indiretas, como as que privilegiam o ecossistema, uma vez que, quando esse fenômeno se repete em proporções globais, existe também uma diminuição da produção de novas mercadorias e da utilização dos insumos necessários nas fabricações.

Seguindo a mesma lógica, é possível poupar com quase tudo: educação (só entrar em aplicativos ou redes sociais de professores virtuais), transporte (Uber, 99 Táxis, Cabify) e até com hospedagem (Hotel Urbano, TripAdvisor, Airbnb, entre outros).

Assim, você consegue alugar um quarto em Ilhabela e, ao mesmo tempo, encontrar alguém para cuidar de seu cão, um jardineiro para tomar conta das suas plantas e até arranjar um motorista para levá-lo e buscá-lo no aeroporto. O modelo compartilhado tem uma riqueza infinita de possibilidades.

O consumo colaborativo, da mesma forma, é igualmente versátil podendo envolver a compra, a venda ou a troca tanto de bens como de serviços por meio do intermédio de grupos organizados.

Os consórcios, por exemplo, são tipos de estruturas colaborativas e também ajudam a economizar. Isso porque é permitido escolher as mensalidades que cabem no orçamento da família, bem como em quanto tempo elas serão quitadas.

Outra vantagem do consórcio são os custos baixos, porque não são cobrados juros. Nesse sistema, os usuários pagam por taxas de administração bem inferiores às praticadas pelas instituições bancárias.

Para quem tem dificuldade em guardar dinheiro, as compras colaborativas podem ser excelentes opções. Assim, mesmo quando estiver em dificuldades, será viável pensar em obter aquele eletrodoméstico tão desejado, um carro, viagens, cursos, imóveis, entre outros itens.

Descubra os benefícios sociais e ambientais

Apesar de suas singelas diferenças, tanto a versão colaborativa como a compartilhada trazem recompensas para a coletividade, não apenas para indivíduos e famílias.

No paradigma colaborativo, como é o caso do consórcio, existe uma associação e uma preparação para as compras com viés educacional. Isso acontece porque as pessoas são treinadas a programar as suas aquisições, inibindo os gastos desnecessários, impulsivos e compulsivos.

As conquistas materiais são importantes, mas é preciso equilíbrio. Um casal que resolve ter o primeiro filho, por exemplo, precisa de um mínimo de organização e de poupança. Isso infelizmente não é um hábito dos brasileiros. Mas quando há um estímulo à vertente colaborativa, surge também um incentivo ao planejamento familiar. O impacto social disso é inequívoco.

Como consequência, quanto mais usuários aderirem a esses estilos de compras e obtenção de serviços, menos recursos serão extraídos do meio ambiente para mais produção de mercadorias.

O modelo compartilhado assegura vantagens bem parecidas. Os indivíduos trocam mercadorias e serviços, geralmente por meio de aplicativos na internet, e também contribuem para avanços ecológicos.

Outro benefício dessa linha é social, porque diversas novas profissões e formas de vender mercadorias e serviços apareceram com ela. São exemplos disso os motoristas do Uber, os professores de cursinhos online, especialistas de mídias sociais, analistas de marketing e programadores de software.

Tanto a economia compartilhada como a colaborativa, portanto, são alternativas inovadoras e podem oferecer chances mais concretas e equilibradas para você conquistar seus sonhos. Comprar um carro ou ter a casa própria não é tão complicado quanto parece. Também não precisa representar grandes riscos.

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