Entenda como a moto pode ser uma alternativa ao trânsito
As ruas das grandes cidades estão cada vez mais abarrotadas de carros e, por conta disso, horas e mais horas são perdidas em engarrafamentos. E não adianta muito trocar o automóvel pelo transporte público, que é precário, insuficiente e também sofre com a lentidão. Por isso, cada vez mais brasileiros estão encontrando nas motos uma alternativa ao trânsito.
Segundo uma pesquisa Assessoria da Superintendência de Segurança de Trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo, 40% das novas aquisições de motocicletas são para substituir o transporte público e 43% de quem escolhe a moto como veículo a usará, principalmente, para ir de sua casa para o trabalho e voltar, como forma de evitar o estresse e alguns prejuízos.
Os prejuízos do trânsito
Ficar parado em engarrafamentos traz grandes perdas financeiras. São litros de combustível jogados fora, desgaste acentuado de peças mecânicas, além de outros gastos motivados pelo excesso de veículos, como estacionamentos, por exemplo. Acrescente a isso as despesas normais de um automóvel e o prejuízo se torna considerável.
Isso sem contar o estresse causado pelas horas perdidas do dia e pelos compromissos adiados por conta do caos, que além de prejudicar a saúde, custa uma fortuna em medicamentos.
Mas não são só os usuários de carros que enfrentam esses problemas. Ônibus e trens lotados, linhas escassas e quebras constantes também tiram do sério a maioria dos usuários destes modais.
A moto como alternativa ao trânsito
Por isso, o maior motivo para a aquisição de motos hoje em dia é para usá-la como alternativa a esse caos. É em busca de agilidade nos engarrafamentos, de economia e de mais horas de lazer e descanso que os novos motociclistas têm chegado às ruas.
Ninguém aguenta mais perder tempo e dinheiro em congestionamentos. E as motos cumprem bem esse propósito. Elas consomem menos combustível, rodando mais quilômetros por litro, não ficam paradas no trânsito e os gastos com estacionamentos são bem menores, já que ocupam menos espaço.
Além disso, motos urbanas possuem baixo custo de manutenção e, por ficarem menos tempo paradas com o motor ligado, o desgaste de peças é menor.
As facilidades para a aquisição de uma moto
Não bastassem as vantagens das motocicletas no trânsito caótico das grandes cidades, elas são mais fáceis de adquirir do que um carro. O preço de uma motoneta (pequena motocicleta para uso na cidade) de baixa cilindrada, ideal para o ir e vir cotidiano, pode ficar abaixo de R$ 5.000.
É por conta disso que tantas pessoas vêm preferindo trocar o transporte público por uma moto em vez de optar por um carro, que invariavelmente, ficará travado no congestionamento.
Ainda, empresas de consórcios, observando o crescimento do mercado, estão se especializando no ramo das motocicletas, o que facilita a vida de quem não pode arcar com uma entrada ou desembolsar grandes somas por mês.
Como escolher a moto ideal
Apesar de todos os benefícios da motocicleta, é necessário ter atenção a alguns pontos para escolher aquela que melhor se encaixe no perfil do piloto. Há diversos modelos no mercado, desde pequenas motonetas a grandes veículos de viagem sobre duas rodas.
Primeiro, o ideal é que se tenha em mente o motivo de adquirir uma moto. E observar determinadas características de cada modelo para optar por aquele que traga maior conforto e economia. Veja abaixo o que deve ser considerado na hora da compra:
Tamanho da moto
Este item é muito pessoal, mas faz bastante diferença ao pilotar. Motos muito altas dificultam o apoio dos pés, o que pode ser um problema nos corredores dos congestionamentos. Assim como carenagens mais largas podem trazer menos mobilidade.
Ao mesmo tempo, motocicletas mais altas e maiores são notadas com mais facilidade, aumentando a segurança ao pilotar. Além disso, são mais confortáveis ao encarar ruas esburacadas ou com deformações.
Portanto, o ideal é fazer um test drive e verificar estas características, sempre pensando no tipo de via e nas condições que serão enfrentadas.
Opções de câmbio
Tem gente que prefere um câmbio automático para não ter a preocupação de ficar mudando de marcha. Mas o que é um conforto nas retas, pode ser um defeito em subidas íngremes ou retomadas de velocidade.
Há outras pessoas que não ligam e até gostam de ter mais controle sobre o motor, preferindo buscar as de câmbio manual que, no entanto, exigem mais trabalho e, em alguns casos, uma certa perícia do piloto.
E existe ainda uma terceira opção, um meio termo entre os dois: o câmbio semiautomático. Neste tipo, há a troca de marchas, mas a embreagem é automática. Assim, não é preciso acionar o manete, basta usar o pedal de câmbio. Pode-se, portanto, escolher o tipo que melhor agrade o gosto do piloto.
Potência do motor
A escolha das cilindradas do motor vai influenciar diretamente no desempenho e no gasto com combustível. Motos com maior potência gastam mais, mas aguentam velocidades maiores e sofrem menos em subidas. Já motocicletas de baixa cilindrada, possuem autonomia gigante, porém são mais recomendadas para trajetos mais planos e mais lentos.
Assim, é preciso pensar nas condições de uso na hora de escolher uma moto. Há motores para todos os gostos e necessidades.
Posição de pilotagem
Ao fazer o test drive, deve-se atentar, também, para a posição de pilotagem. Neste caso, o conforto é tão importante quanto se sentir seguro e confiante.
Ainda, optar por um posicionamento mais adequado ao uso na cidade, com o tronco mais ereto e cotovelos semiflexionados, ajuda a manobrar pelos corredores e aguentar melhor os quebra-molas, buracos e valetas espalhados pelas ruas.
Capacidade de carga
O uso que será feito da moto é o parâmetro neste item. Se um garupa será levado, é importante ter espaço para guardar os dois capacetes, por exemplo. Se a intenção é utilizar para ir estudar ou trabalhar, é bom ter um bagageiro que caiba os materiais de uso diário.
Muitas motocicletas possuem um espaço maior sob o banco, aceitam bem que se prenda a carga sobre o banco do garupa ou permitem que um bagageiro do tipo baú seja instalado na traseira. Tudo vai depender das necessidades do motociclista, só sendo necessário ter atenção para que o tamanho da moto não vá além do desejado.
Como vimos, com a facilidade da compra, inclusive por consórcio, as motos têm se firmado como alternativa ao trânsito e estão em alta entre os que querem fugir do transporte público ruim e ainda economizar.
E você? O que acha de ter uma motocicleta? Se ainda está em dúvida entre escolher um carro ou uma moto, leia nossas 5 dicas para ajudar na hora de tomar essa decisão!