Entenda o que pode causar o descontrole financeiro e como evitá-lo

De uma hora para outra o salário já não quita as contas regulares do mês, a sua saúde mental fica comprometida e a insônia surge, seguida por grande sensação de ansiedade. Esses são sinais claros de descontrole financeiro, que, como é possível notar, não afetam somente o bolso, mas também prejudicam a sua saúde.

Apesar de muita gente não ter o hábito de lidar com o próprio dinheiro de forma prudente, mudar essa realidade é perfeitamente possível. Nesse sentido, a negligência financeira pode ser evitada com algumas atitudes que impactam na rotina.

Pensando nisso, reunimos tudo que você precisa saber sobre as principais causas de descontrole financeiro e como evitá-las. Confira!

Como saber se você está na fase de descontrole financeiro?

Essa condição pode começar por diversas razões, e não somente por causa do consumo abusivo. Uma rotina de trabalho acelerada, por exemplo, é algo bastante comum: perante a dificuldades de conciliar obrigações pessoais e profissionais, algumas pessoas acabam, involuntariamente, sendo descuidadas com as suas dívidas.

Além disso, existem outros fatores que podem ocasionar uma verdadeira revolução financeira, tais como perda de emprego ou divórcio. Até mesmo aspectos emocionais podem gerar esse tipo de descontrole: para suprir um momento difícil, a pessoa acaba gastando mais do que deveria.

Assim, descobrir o motivo é o ponto inicial para colocar a vida financeira nos eixos. Para isso, é importante ter atenção aos seguintes sinais:

  • compras parceladas em excesso;
  • contas pagas em atraso, seja por esquecimento, seja por falta de dinheiro;
  • devolução de cheques;
  • pagamento da fatura do cartão de crédito sempre na parcela mínima;
  • recebimento de ligações de cobranças.

O que pode causar o descontrole financeiro?

Diversos hábitos ruins podem descontrolar as finanças. Conheça os principais a seguir.

Falta de conhecimento sobre o orçamento

Você sabe, de fato, onde o seu orçamento está sendo gasto? Ou simplesmente não tem controle algum sobre o seu capital? Esse é um ponto importante, porque, na maior parte dos casos, as dívidas surgem pela falta de disciplina quanto à saída de dinheiro.

Comprar por impulso

Acessar um site de promoções, passar em frente a uma vitrine ou pelas gôndolas das lojas — o desejo de gastar desempenha um poder muito forte nas pessoas. Contudo, fazer compras por impulso prejudica quem pretende economizar e quer manter as contas em dia. Nesse caso, as necessidades precisam ser colocadas à frente das vontades.

Parcelar as compras em muitas vezes

De acordo com um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 53% dos brasileiros adultos têm alguma compra parcelada. Ou seja, aproximadamente, 82,7 milhões de pessoas destinam parte do orçamento mensal para quitar cartões, crediários ou cheques pré-datados.

Essa solução pode ser bastante benéfica para quem não tem todo o dinheiro no momento da compra, mas também traz o problema de mascarar a realidade financeira. Além disso, dependendo do valor do item adquirido, as mensalidades podem prejudicar a renda pessoal tanto do presente quanto do futuro.

Subestimar pequenos gastos

Quando reunidos, os pequenos gastos podem se transformar em grandes prejuízos. A quantia irrisória que é gasta com lanches, e aplicativos de transporte, por exemplo, acabam não sendo marcados, mas, dependendo do nível de consumo, podem chegar a valores altíssimos. Por isso, é importante dar atenção a esses “pormenores”, já que eles geralmente criam o sentimento de não saber onde foi parar o dinheiro.

Poupar somente o que sobrar

Normalmente, o seu salário é gasto e vai reduzindo com o passar dos dias. Ao final do mês, você avalia quanto restou e manda para uma aplicação ou poupança. Ainda que essa não seja uma condição inteiramente ruim, ela não é ideal. Isso porque a melhor saída é definir um valor fixo para poupar todos os meses, e seguir esse propósito à risca.

Não ter prioridade em saldar dívidas altas

Comprar um carro ou um imóvel e fazer viagens são alguns dos compromissos financeiros mais altos que as pessoas assumem. Como são objetivos importantes e que ajudam a ter mais qualidade de vida, eles devem ser bem pensados para não causarem problemas. Além disso, precisam ser priorizados na hora de organizar o pagamento das suas contas. Quem não age dessa forma geralmente fica no vermelho e tem o seu CPF negativado nos órgãos de proteção ao crédito.

Como evitar o descontrole financeiro?

Para que você desenvolva hábitos financeiros mais saudáveis e não perca o controle, confira as dicas a seguir.

Registre as suas receitas e despesas

Uma boa forma de controlar as suas finanças é anotar os seus ganhos e as suas despesas. Para isso, você pode usar o bom e velho caderno e lápis, uma planilha no Excel ou aplicativos específicos. Veja qual método é compatível com as suas necessidades e comece a fazer os seus registros.

O importante é anotar tudo para que você consiga ter uma visão geral sobre o seu orçamento. Assim, é possível detectar pontos de melhoria, o que permite criar estratégias para ajustar o que for necessário para ficar tranquilo e cumprir os objetivos que você definiu, como comprar um carro novo, adquirir um pacote de viagens, entrar na academia, fazer uma festa, etc.

Identifique o que é necessário e o que não é

Ao registrar todas as suas despesas, fica bem mais simples detectar o que é realmente necessário manter e o que é dispensável.

A prioridade precisa ser para aqueles itens e serviços sem os quais você e a sua família não conseguem viver sem. Em geral, são despesas com alimentação, moradia, saúde, educação e transporte.

Ao observar a sua lista de controle financeiro, você identificará outros consumos além dos mencionados acima. Nesse caso, são esses os gastos supérfluos, ou seja, aqueles que trazem alguma satisfação pessoal, mas que podem ser cortados.

Um exemplo comum é o plano de TV por assinatura. Se você adquiriu uma modalidade com mais de uma centena de canais, mas só gosta de três ou quatro, por exemplo, pode estar jogando dinheiro fora. Ou, então, aquela pizza de final semana em família pode ser limitada para uma ou duas vezes ao mês.

Faça análises mensais dos seus objetivos financeiros

Não adianta somente definir metas e organizar o seu orçamento — é importante monitorar os dados mensalmente, sobretudo se você tiver um propósito financeiro para o futuro.

Uma boa ideia é fracionar os objetivos de longo prazo em metas menores. Com isso, é possível evitar o descontrole das finanças. Por exemplo, metas de dez anos podem ser transformadas em metas de cinco anos, depois em metas de três anos, e assim por diante.

Pague as contas em dia

Essa dica pode parecer muito óbvia, mas quitar as contas nas datas corretas evita o pagamento de juros e multas. Por isso, tenha bastante cuidado nesse ponto e não deixe as suas faturas para a última hora. Com atenção e cuidado, você consegue pagar tudo sem atrasos e dores de cabeça. Pense nisso!

Após conferir este conteúdo, você certamente já identificou as possíveis causas do seu descontrole financeiro. Para contorná-las, basta seguir as recomendações abordadas. Assim, você terá uma vida mais tranquila, com a possibilidade de poupar dinheiro, fazer investimentos, realizar sonhos e evitar dores de cabeça provenientes de dívidas muito altas.

Se você gostou deste artigo e deseja aprimorar os seus conhecimentos sobre controle financeiro, não deixe de baixar o nosso guia prático para se organizar e começar a investir.
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