Finanças pessoais: aprenda a controlar seus gastos em 7 dicas
Se você vive esperando ansiosamente pelo dia do pagamento, porque ainda sobra “muito mês depois do fim do salário”, como as pessoas costumam brincar, é hora de organizar as finanças pessoais. De nada adianta ter um ótimo salário se seus gastos superam os recebimentos. Então, independentemente do quanto você ganha, é importante saber como você gasta.
Ou seja: quem ganha menos, mas consegue guardar algum dinheiro e manter o orçamento sob controle, está em posição mais confortável, em comparação a quem ganha muito, mas gasta bem mais do que ganha.
Manter as finanças pessoais organizadas e sob controle é um hábito que pode, e deve, ser cultivado. Vamos ver como você pode fazer isso?
1 - Registre seus gastos
Não é possível controlar gastos se você não sabe onde e como está gastando. Manter registro de suas receitas e despesas é fundamental para não perder o controle financeiro. Seja em uma planilha ou em um simples caderno de anotações, o importante é anotar tudo, sem esquecer aquelas despesas menores, como o cinema do fim de semana ou a cerveja com os amigos. A soma dos pequenos gastos que você esquecer de anotar pode vir a ter um impacto significativo em suas finanças pessoais.
Junte documentos como recibos, extratos bancários e faturas de cartão de crédito dos últimos 3 meses, para analisar suas despesas por categorias. Veja os exemplos abaixo:
- despesas fixas: aluguel, condomínio, prestação do consórcio ou de financiamentos, plano de saúde, mensalidade da academia de ginástica, etc;
- despesas variáveis (que podem variar conforme o consumo): alimentação, luz, água, celular, lazer etc;
- despesas ocasionais: férias, festas de fim de ano, presentes de natal e de aniversário etc.
Você encontra ótimos modelos de planilhas e aplicativos na internet para facilitar o registro. Com uma visão clara de quanto ganha e como está gastando, você poderá decidir que despesas podem ser cortadas ou diminuídas.
2 - Pelo bem de suas finanças pessoais, não compre por impulso
Parece óbvio, mas muita gente não entende que comprar por impulso é deixar seu dinheiro escorrer pelo ralo. Já observou quanta coisa anda “entulhando” seus armários sem ter nenhuma utilidade? Pois é bom saber que seu consumismo excessivo pode ter razões emocionais. Reflita: você está usando as compras para compensar um dia difícil ou para esquecer uma frustração?
Entenda que seus problemas não vão desaparecer depois de se esbaldar em compras desnecessárias. Pelo contrário, você só estará agravando a situação de suas finanças pessoais, o que vai aumentar ainda mais os problemas.
Então, analisar o que está incomodando e resolver logo a situação terá mais efeito do que quebrar os cartões de crédito para evitar compras por impulso.
3 - Lembre-se de pedir descontos
Muita gente não se sente confortável ao pedir descontos, enquanto outros consideram pechinchar uma arte. Muitos vendedores já colocam preço maior em seus produtos esperando que o comprador pechinche, então, deixe a vergonha de lado e cultive o hábito de pedir descontos, principalmente em artigos mais caros. Veja nossas boas dicas:
- não feche negócio sem pesquisar os preços dos concorrentes;
- recolha informações sobre o produto, para fazer comparações;
- saiba claramente o valor máximo que você pode gastar;
- evite que o vendedor perceba seu entusiasmo pelo produto;
- vendedores são hábeis no convencimento do cliente, então, não decida sob pressão;
- não seja radical a ponto de perder uma boa compra por não ter conseguido um desconto substancial, mas, mesmo assim, nunca deixe de tentar!
4 - Se possível, evite parcelamentos
Na maioria das vezes, parcelar compras significa pagar juros altos: quanto maior o número de prestações, mais altos os encargos. O ideal é guardar uma quantia mensal na poupança e esperar um certo tempo até poder comprar à vista: assim, você se livra dos juros e ainda pode conseguir um bom desconto (lembre-se das dicas do item anterior!).
Além disso, você evita incluir mais uma despesa no orçamento, já que não precisará arcar com prestações mensais.
5 - Cuidado ao comprar com cartões de crédito
Evitar parcelamento é ainda mais importante se a compra for feita com cartão de crédito — Os juros dos cartões são exorbitantes! Então, para evitar que a conta com o cartão se torne uma bola de neve, crescendo assustadoramente a cada mês, pague sempre o valor total da fatura na data certa do vencimento.
Sim, você pode tirar vantagem da comodidade oferecida pelos cartões de crédito, como pagar as contas todas em uma só data, que pode ser programada para o dia do recebimento do salário.
Outra vantagem adicional é o sistema de premiação por pontos acumulados: quanto mais usar o cartão, mais pontos você ganha para trocar por produtos e viagens. No entanto, se você não tiver disciplina e bom senso ao comprar, o melhor é aposentar o cartão até que suas finanças pessoais entrem nos eixos novamente.
6 - Fuja do crédito rotativo dos bancos
O limite de crédito disponível em sua conta-corrente, também chamado de cheque especial, é outra tentação que pode levar ao descontrole financeiro. Os encargos cobrados pelo dinheiro que o banco coloca à sua disposição são quase tão altos quanto os do cartão de crédito.
O crédito rotativo pode até representar uma segurança em uma emergência, como em um eventual atraso de salário, por exemplo, mas só deve ser usado em último caso. É até melhor pedir ao seu gerente que mantenha o limite de seu cheque especial sempre no mínimo possível, pois assim você não correrá o risco de estourar um limite alto e desorganizar as finanças.
7 - Pesquise outras modalidades de compra
Ao adquirir um bem de maior valor, como um carro ou um apartamento, não se limite a pesquisar financiamentos bancários, que sempre envolvem encargos mensais significativos.
Sabia que as prestações de um consórcio não incluem juros? O consórcio não é um financiamento, então você só paga a taxa de administração diluída nas prestações mensais.
Então, se você pode esperar algum tempo para receber o bem (você recebe a carta de crédito se for sorteado ou se oferecer o maior lance), entrar em um consórcio em vez de pedir um empréstimo no banco é uma ótima opção — Esse post aqui explica com detalhes como essa modalidade funciona.
Manter as finanças pessoais sob controle é um desafio que precisa ser encarado com organização e disciplina. Fazer uma planilha de gastos mensais, evitar compras por impulso e adotar comportamentos mais saudáveis em relação ao dinheiro são o caminho certo para seu equilíbrio financeiro.
Esperamos que nosso artigo seja útil para você. Em nosso blog você encontra muitas informações administrar suas finanças pessoais. Está pensando em adquirir um veículo? Então, você vai gostar deste artigo com dicas para decidir se é melhor comprar um carro ou uma moto. Confira!