Um estudo identificou que o profissional com diploma de nível superior ganha, em média, 140% a mais, do que o trabalhador que interrompeu os estudos no ensino médio. A diferença salarial no Brasil é a maior entre países como, Colômbia, México, Estados Unidos, Suécia e outras nações desenvolvidas.

Se você deseja realizar um curso universitário e ainda não conseguiu por causa dos custos elevados, saiba que o mercado já apresenta diversas opções, além dos programas do Governo, que permitem financiar a faculdade e melhorar o seu currículo.

Pensando nisso, neste post vamos apresentar as opções disponíveis no mercado, além do FIES, para financiar a faculdade.

Como o financiamento funciona?

O financiamento é uma modalidade de empréstimo em que a instituição financeira repassa o valor necessário para o credor (nesse caso, a faculdade), enquanto oferece ao comprador (o estudante) um prazo maior para quitar a dívida — mediante o pagamento de juros, correção monetária e outras taxas.

Quais são as opções de financiamento estudantil disponíveis no mercado?

Atualmente, o estudante pode financiar a faculdade por meio de recursos oferecidos pelo Governo Federal ou mediante crédito estudantil privado. Abaixo explicamos melhor cada uma das opções.

Financiamento público

O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Governo Federal que financia cursos superiores com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

O percentual de financiamento da mensalidade é definido de acordo com a renda familiar mensal do estudante e o custo educacional cobrado pela instituição de ensino. Para fazer o cálculo, o Ministério da Educação utiliza uma fórmula específica.

No entanto, por ser um programa do Governo, os interessados devem cumprir alguns requisitos para ter acesso ao financiamento:

  • ter participado do ENEM a partir da edição de 2010;
  • ter obtido no exame média aritmética igual ou superior a 450 pontos e nota superior a 0 na redação;
  • dispor de renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até 3 salários mínimos;
  • não contar com mais de um financiamento simultaneamente.

O Governo vem aplicando uma série de mudanças e restrições no processo desde 2015, o que fez com que 2017 encerrasse com o menor número de contratos fechados nos últimos 6 anos — deixando, inclusive, cerca de 20% das vagas oferecidas em aberto, em função do não atingimento do número suficiente de candidatos qualificados para o preenchimento.

Tal realidade fez com que outros estudantes procurassem novas formas para financiar a faculdade, tendo em vista que o FIES deixou de contemplar diversos universitários brasileiros.

Financiamento privado

Se você não se encaixa nas exigências que o Governo implementou para o FIES desde o ano de 2015, mas também não tem condições financeiras para arcar com o pagamento das mensalidades de uma faculdade privada, tenha calma: você não precisa desistir do sonho de fazer um curso superior.

Pesquisas indicam que aumenta, cada vez mais, o número de jovens que se endividam para conseguir pagar as mensalidades de seus cursos, mesmo trabalhando enquanto estudam.

Como alternativa, hoje o mercado proporciona o financiamento privado, que apresenta as seguintes diferenças em relação ao FIES:

  • não exige participação no ENEM;
  • conta com um prazo menor para o pagamento da dívida;
  • apresenta juros que variam de acordo com a instituição financeira;
  • não tem limite máximo de renda;
  • o empréstimo é realizado para o pagamento de 6 a 12 meses de curso, e não a graduação inteira.

Abaixo falamos um pouco mais sobre as opções disponíveis.

Bancos

Os bancos passaram a oferecer mais do que uma conta universitária sem taxas. Atualmente, também é possível conseguir crédito educacional sendo correntista de alguma instituição financeira.

Normalmente, o financiamento é permitido entre um semestre a um ano de faculdade, e o valor pode ser pago no dobro desse tempo. As condições relativas a taxas e juros variam de banco para banco. Portanto, caso você tenha interesse, vale a pena buscar mais informações na instituição escolhida.

Empresas de crédito estudantil

Além dos bancos, você também pode contar com empresas especializadas em financiar cursos superiores, técnicos e até de pós-graduação — que, normalmente, apresentam convênios com instituições de ensino. As regras para contração e pagamento variam entre elas.

Embora seja uma opção boa para quem está com pressa ou com o curso já em andamento, é preciso ter cautela, uma vez que o estudante assumirá uma dívida com a instituição que financiar sua faculdade. Portanto, avalie bem os prós e contras da solução imediata.

Administradoras de consórcio

Você já deve ter ouvido falar sobre consórcio de imóveis ou carros. Essas são as modalidades mais populares. Porém, o que muitos não sabem é que também há a possibilidade de adquirir uma carta de crédito para custear serviços como festas, viagens e, inclusive, cursos de graduação.

Para tanto, o primeiro passo é escolher uma administradora de consórcios sólida no mercado. Após essa etapa, verifique quais são os planos disponíveis e opte por aquele que melhor se encaixar a sua realidade, levando em consideração o valor total que você precisa para pagar o seu curso, a duração do plano, a quantia mensal com a qual poderá arcar, entre outros aspectos.

Essa é uma opção que demanda um pouco mais de planejamento. No entanto, o interessado não arcará com o pagamento dos juros presentes no crédito universitário privado e não começará a vida profissional endividado. Vale ressaltar que nessa modalidade também há cobrança de algumas taxas, como a de administração. Portanto, antes de fechar um plano, leia o contrato com atenção e avalie suas condições de pagamento.

Se você for organizado, pode pensar em um consórcio já durante a época da escola, caso contrário, pode adiar um pouco essa realização. Só não deixe de se planejar e seguir em frente com a sua qualificação.

Lembre-se que o mercado de trabalho está cada vez mais concorrido, e cursar um ensino superior é o básico para conseguir alcançar melhores oportunidades na carreira. Logo, investir em uma carta de crédito que garanta o pagamento de sua faculdade sem que você precise arcar com os juros praticados no mercado é, acima de tudo, investir em você!

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