Fluido de freio: qual a sua importância para o carro e quando realizar a troca
Na direção de um veículo, a segurança dos passageiros e do motorista é sempre um elemento-chave. E, para garantir o bem-estar de todos, o sistema de frenagem é um dos equipamentos mais essenciais do veículo, motivo pelo qual deve estar sempre em dia.
Além das conhecidas pastilhas e discos de freio, existe um outro componente que é essencial para o bom funcionamento desse sistema: o fluido de freio.
Quer entender por que e qual a importância dessa substância para o seu veículo? Acompanhe o nosso post e veja qual é o momento ideal para realizar a troca do fluido de freio!
O que é o fluido de freio?
Antes de falarmos sobre a importância do fluido de freio é preciso entender o que é esse produto e que papel ele desempenha no seu carro.
O fluido de freio é uma espécie de fluido hidráulico, que é usado em sistemas de frenagem de veículos dos mais variados modelos — bicicletas, carros, caminhões etc. A principal função desse fluido é simples: transmitir a força exercida sobre o pedal do freio até as pastilhas, as quais, junto com os demais equipamentos, farão com que o veículo pare de se movimentar.
A qualidade do fluido é determinada por suas características, que, entre outras coisas, devem incluir uma baixa taxa de compressão, garantindo que o fluido não perca o seu volume quando o freio for acionado e consiga transmitir a exata pressão aos equipamentos que fazem as rodas do veículo pararem.
A segunda característica importante é o alto ponto de ebulição, pois o fluido dos freios funciona com altas temperaturas, que são geradas pelo atrito das pastilhas e dos discos do freio. Dessa forma, ele precisa suportar essas temperaturas sem que suas propriedades sejam modificadas, especialmente a compressão. Se o fluido entrar em ebulição, bolhas de ar surgirão, assim como falhas na hora da frenagem.
Portanto, a relação entre esses dois aspectos é o que garante uma boa qualidade ao fluido de freio.
Como o fluido é classificado?
A classificação do fluido é feita de acordo com as diretrizes do Departamento de Trânsito do Estados Unidos da América (DTEUA), que define esse elemento de acordo com as seguintes siglas: DOT 3, DOT 4 e DOT 5. A seguir, confira as características de cada um:
- DOT 3: é o fluido considerado mais econômico, tendo o seu ponto de ebulição mínimo, fixado pelo DTEUA, em 205 ºC;
- DOT 4: é o fluido mais utilizado pelas montadoras, cujo ponto de ebulição é de, no mínimo, 230 ºC;
- DOT 5: é utilizado em veículos de maior performance, como carros usados em competição. O ponto de ebulição desse fluido é de, no mínimo, 260 ºC.
Vale ressaltar que o DOT 5 é subdividido em DOT 5 e DOT 5.1, que, na verdade, diz respeito aos seus componentes. O DOT 5 tem por base o silicone, enquanto o 5.1, óleos minerais.
Como o DOT 5 é à base de silicone, repele a umidade, mas isso não significa que não apresenta desgaste, de modo que também precisa ser trocado. A única desvantagem é que o silicone não pode entrar em contato com outros fluidos. Por isso, muita atenção: esse fluido não é compatível com os demais (DOT 3, DOT 4 e DOT 5.1).
O DOT 3, o DOT 4 e o DOT 5.1, que são à base de glycol, absorvem a umidade e, com o passar dos anos, há uma redução no tempo de ebulição, ou seja, fervem em uma temperatura menor do que aquela especificada, o que pode comprometer o sistema de freio.
Qual é o momento certo para trocar o fluido de freio?
Em regra, o fluido deve ser trocado conforme as especificações do manual do veículo, que geralmente é fixado em quilômetros. Diferentemente de outros produtos, o fluido de freio não diminui quando usado, mas se isso ocorrer não pode ser completado.
Isso porque o sistema de frenagem é considerado um sistema fechado que, pelas suas características, não deveria sofrer perdas. Portanto, se houver necessidade de completar o nível do fluido, possivelmente há um vazamento no sistema que precisa ser resolvido. Após solucionar esse problema, o fluido deve ser totalmente substituído, já que o vazamento pode comprometer as características do produto.
Uma outra curiosidade é que já existem ferramentas no mercado capazes de diagnosticar certas características do fluido, como o ponto de ebulição e a quantidade de água absorvida, que, neste caso, não pode ultrapassar 4%.
Como já foi dito, o ideal é observar o manual do seu veículo para verificar quando a troca deve ser feita. No entanto, recomenda-se a substituição do fluido a cada 10 mil quilômetros rodados ou uma vez por ano.
O que mais devo saber sobre o fluido de freio?
A cor do produto pode variar conforme o fabricante. Ele pode ser transparente, amarelo, vermelho, entre outros tons. No entanto, nada disso interfere na qualidade do fluido.
Existem alguns fluidos, como o DOT 3 e o DOT 4, que podem corroer a pintura do veículo. Por isso, ao fazer a troca, tenha cuidado para evitar respingos na lataria.
Em alguns carros, a luz referente ao fluido é a mesma que acende quando o freio de mão está acionado. No entanto, somente será um indicativo de fluido baixo se, ao abaixar a alavanca, a luz permanecer piscando ou ligada. Nesse caso, o ideal é procurar um profissional para efetuar a troca.
Por fim, ao contrário do que muitos pensam, o fluido de freio apresenta sim prazo de validade, que varia de um a dois anos ou, em alguns casos, de acordo com a quilometragem. Por isso, é extremante importante manter o reservatório sempre abastecido com produto novo, garantido o melhor desempenho para o sistema de frenagem.
Agora que já sabe a importância do fluido de freio, o ideal é que você faça, sempre que possível, uma manutenção preventiva para checar o nível de fluido em seu veículo. Assim, você evita ser pego de surpresa com falhas no sistema de frenagem, garantido segurança para todos os passageiros.
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