Se você tem um carro, sabe que precisa cuidar de sua manutenção para evitar imprevistos e problemas graves. Por isso, uma das preocupações é com o fluido do radiador, um item essencial para manter a refrigeração do motor e o bom funcionamento de todo o sistema mecânico.

O problema é que muita gente acredita que basta colocar água no radiador para o carro funcionar normalmente. Afinal, quem nunca foi ao posto de gasolina e pediu para o frentista conferir o nível do líquido ou completá-lo? Apesar de ser uma situação comum, deve ser evitada se você quiser aumentar a vida útil do automóvel.

Neste post, vamos explicar melhor o que é o fluido inserido no radiador, sua função e quando é necessário trocá-lo. Assim, você também entenderá por que inserir água pode colocar os componentes do veículo em risco.

Acompanhe e saiba mais!

O que é o fluido do radiador?

Antes de responder a essa pergunta, é preciso compreender a função do radiador. Esse componente regula a temperatura do motor e o refrigera, medida que evita o superaquecimento da parte mecânica do veículo.

A partir do fluido utilizado, o radiador emite para o ambiente externo o calor gerado devido à queima do combustível. Assim, há o resfriamento de todos os componentes, com o consequente impedimento da dilatação ou fusão excessiva das peças, das mangueiras e do próprio motor.

Nesse contexto, o fluido é uma mistura de água e aditivos que garante o equilíbrio término interno do carro. Quando a temperatura é muito elevada, o sistema mecânico ainda conta com o auxílio da ventoinha do radiador, uma espécie de ventilador que pode ser ativada automaticamente, inclusive com o automóvel parado. Tudo para garantir que o motor não acabe fundindo.

Qual é sua função?

O fluido usado no radiador tem características químicas e físicas específicas, que servem para assegurar a estabilidade da temperatura. As montadoras também recomendam o uso desse líquido específico, e não água, porque essa é uma maneira de manter as peças limpas e aumentar o desempenho do sistema de arrefecimento.

Como benefícios, essa substância oferece:

  • redução do nível de corrosão das peças;
  • proteção extra às juntas e às mangueiras para impedir o ressecamento exagerado;
  • eliminação dos riscos de cavitação, ou seja, menor formação de bolhas causadas por diminuição da pressão total;
  • mitigação da condutividade elétrica da água.

Em suma, a função do aditivo é elevar o ponto de ebulição da água. Dessa forma, ela deixa de ferver quando chega a 100º C. O líquido também pode ter detergentes, que limpam as partes internas do motor. A retirada de impurezas melhora a performance do sistema e do próprio radiador, além de identificar possíveis vazamentos que anteriormente estavam bloqueados pelas sujeiras.

Quando é necessário trocar o fluido do radiador?

O manual do veículo apresenta a recomendação mais adequada para substituição do aditivo. Geralmente, a sugestão é a troca a cada 30 mil quilômetros ou em, no máximo, 12 meses — o que vier primeiro, como apresenta o Portal Auto Shopping. Dessa forma, é garantido que o fluido mantenha sua validade.

Ainda assim, é interessante analisar o manual, porque a orientação pode ser diferente.

De toda forma, o próprio veículo indica quando é preciso trocar o fluido do radiador ou completá-lo. Esteja atento a casos de superaquecimento, que causam comportamentos estranhos, como barulhos e liberação de fumaça.

Um exemplo, é quando o automóvel começa a expelir muita fumaça branca, o que pode indicar excesso de fluido que passa para a câmara de combustão e queima. Portanto, é preciso verificar tanto a falta quanto a sobra da substância.

Para fazer isso, lembre-se de verificar o fluido sempre com o motor frio. Esse procedimento deve ser feito todas as semanas ou a cada 15 dias, no máximo. O ideal é mantê-lo entre os níveis mínimo e máximo.

Se baixar um pouco, você pode acrescentar água, mas tenha cuidado. Se inserir além do permitido, há mais chances de superaquecimento e vazamento. Outra dica é identificar se a queda no fluido é muito rápida, o que sugere a existência de derramamento.

Lembre-se ainda de atentar ao medidor de temperatura no painel do veículo. Se estiver muito próximo à marca vermelha, leve o carro ao mecânico para verificar o fluido presente no radiador e evite problemas maiores causados pela falta do líquido.

Outras situações que merecem atenção são as seguintes:

  • água do radiador fervendo: o ideal é levar o carro a um mecânico para analisar se houve danos;
  • água do radiador baixando: o sistema pode ter algum vazamento, mesmo sendo fechado hermeticamente. Também requer uma ida ao mecânico;
  • água muito suja ou escura: os aditivos limpam o sistema e devem ser substituídos em intervalos de tempo regulares.

Por fim, cuide da proporção correta de aditivo, que evitará sobrecargas ou problemas.

Quais são as consequências de esquecer a troca do fluido?

Os efeitos gerados podem ser bastante graves. O mais comum é haver o aquecimento excessivo, que desgasta as peças internas do motor com mais rapidez devido ao atrito. Com isso, há uma deterioração mais rápida, que exigirá a troca em um tempo menor do que o esperado.

Outros problemas ocasionados podem ser:

  • prejuízos à válvula termostática e à bomba de água;
  • rompimento das mangueiras, danos à tampa do reservatório e mais decomposição do lubrificante devido ao aumento da pressão interna;
  • fusão do motor, que exigirá sua reconstrução.

Uma dica interessante é drenar a água suja do sistema antes de adicionar o aditivo no radiador. É preciso lavá-lo duas vezes ou mais com água limpa, pelo menos uma vez por ano, para assegurar o desempenho máximo do veículo.

Após a lavagem, atente à recolocação das mangueiras e adição da solução. Depois de tudo pronto, ligue o motor em marcha lenta até o termostato abrir. Nesse momento, algumas bolhas de ar aparecerão. Então, é possível completar o fluido.

Agora você já sabe que cuidar do fluido do radiador é essencial para manter o funcionamento do carro. Então, observe os sinais que indicamos e lembre-se sempre de levar seu veículo até um especialista para evitar prejuízos.

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