Para ter uma vida financeira mais estável no presente e substancialmente no futuro, todos nós precisamos de uma boa educação financeira. Ela é necessária tanto na hora de realizarmos as compras do mês em um supermercado quanto no momento de investir. Em boa parte desse processo de aprendizagem, ganha destaque um ponto fundamental: saber o que é inflação e como ela afeta nossas vidas.

Trata-se, como se sabe, de um elemento razoavelmente bem conhecido, mas nem sempre compreendido pela maioria dos brasileiros. Para desvendar os mistérios acerca do tema, nós preparamos este post, totalmente dedicado a explicar como a inflação é primordial nas mais variadas circunstâncias.

Se você sempre quis conhecer os aspectos mais importantes associados à inflação, chegou a hora de se inteirar sobre todos eles! Acompanhe!

O que é a inflação?

Tenham formação especializada em economia ou não, os brasileiros sabem de uma coisa: quando a inflação sobe, os preços dos produtos seguem o mesmo fluxo. Eles podem nem desconfiar, mas essa noção é muito esclarecedora. Isso porque a inflação é uma porcentagem que tem a função de demonstrar a elevação generalizada de preços praticados pelo mercado.

Por essa característica, ela também ajuda a verificar como anda a desvalorização do nosso poder de compra ao longo do tempo. Logo, a inflação é mensurada de acordo com determinado recorte temporal. No decurso de meses e anos, cabe ao governo manter a taxa inflacionária sob controle. Com medidas pontuais e alinhadas à realidade do momento, é possível proteger a economia e assegurar uma política de preços aceitável para a população.

É importante dizer que a porcentagem que vemos como inflação nada mais é do que uma média ponderada, derivada da análise de preços de um conjunto de bens de consumo. Dito isso, o comportamento do consumidor, somado ao desenvolvimento de novos produtos e serviços, molda a inflação gradualmente.

Um ótimo exemplo de como isso funciona na prática é a recente inclusão dos serviços de streaming no cálculo da inflação. Observe igualmente que os itens considerados para medição de inflação variam de uma região ou país para outro. Afinal, nem todas as áreas do planeta usufruem dos mesmos serviços ou produtos.

Quais fatores aumentam a inflação?

Com base no que dissemos até aqui, a inflação sobe e desce em diferentes intervalos. Mas o que causa maior impacto na movimentação ascendente dos preços? Para compreender o fenômeno, é preciso entender que a inflação apresenta ondas de impulsão e correção da taxa. Entre todos os fatores usualmente empregados que elevam a inflação, podemos comentar estes dois:

Emissão de papel-moeda

Basicamente, o aumento da inflação é consequência da ampliação da liquidez disponível no mercado. Uma das ações mais recorrentes do Governo Central, órgão que tem a missão de equilibrar a taxa inflacionária, consiste em elevar a emissão de papel-moeda. A liberação de mais dinheiro no mercado faz com que os preços subam, pois esse mesmo mercado é baseado na antiga lei da oferta e demanda.

Diminuição da taxa Selic

As constantes reduções da taxa básica de juros brasileira também exerce papel essencial na subida do índice inflacionário. Isso acontece porque a queda da taxa Selic facilita a obtenção de crédito por parte de pessoas físicas e jurídicas. Entre outras coisas, isso se reflete na facilidade encontrada na hora de se realizar financiamentos, compras parceladas ou solicitação de empréstimos, por exemplo.

Como a inflação pode ser medida?

Existem dois índices clássicos que medem a inflação brasileira: o IGP-M e o IPCA. Embora sejam referências decisivas para avaliar a inflação, repare que ambos os indicadores exibem detalhes bem peculiares.

IGP-M

O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) está diretamente correlacionado aos preços do setor da Construção Civil — independentemente do público atacadista ou varejista. Mensalmente, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) calcula o IGP-M para que a área em questão tenha noção das margens de eventuais correções dos valores praticados em contratos de locação imobiliária. Os serviços públicos também são afetados pelo IGP-M.

IPCA

Enquanto isso, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) mede mais a realidade do custo de vida dos brasileiros. Como você já deve imaginar, esse custo oscila de uma região ou estado para outro. Basta lembrar que os preços associados a alimentação, comunicação, transporte, vestuário, educação, habitação, saúde e outros itens de despesas pessoais seguem o custo de vida particular de cada área do país.

O órgão encarregado de medir o IPCA é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para efetuar o cálculo, ele leva em conta a renda das famílias limitadas a 40 salários mínimos.

O IPCA é o principal medidor da inflação por, como o próprio nome diz, apresentar um cenário mais abrangente. Não à toa, trata-se do indicador oficial utilizado pelo próprio Banco Central (Bacen).

Conforme o IPCA do período, o Bacen sabe não só qual é o real estado da inflação, mas o quanto ela está deslocada das metas definidas anteriormente. Do mesmo modo, o Banco também consegue projetar metas futuras perfeitamente alinhadas com as variações observadas em cada período do ano.

Quais os seus principais impactos nos investimentos?

Talvez você nunca tenha pensado muito nisso, mas a inflação interfere e muito no resultado final de certos investimentos. Por sinal, ela marca presença direta ou indiretamente. No primeiro caso, estão as modalidades de investimentos atrelados aos índices que medem a inflação: os já mencionados IGP-M e IPCA, como alguns títulos públicos.

De maneira indireta, a inflação impacta, de certo modo, qualquer investimento pelo fato de alterar o também já mencionado poder de compra. Como investidor, você não deixa de ser um consumidor.

Suponha, então, que o desempenho de sua carteira de investimentos alcançou uma taxa acima da esperada. À medida que a inflação sobe e o poder de compra diminui, lá na frente a rentabilidade obtida perde um pouco do seu valor. Como exemplo prático, o carro ou a casa que você tanto queria certamente estarão cotadas por valores mais elevados.

Qual a importância de acompanhar a inflação?

Com todas essas informações, você já sabe por que deve ficar mais atento à inflação. Seguir esse índice de perto é importante para que você encontre alternativas que sempre propiciem rendimentos de investimentos acima da inflação. O monitoramento também serve para prestarmos mais atenção aos gastos e ao nosso planejamento financeiro.

Agora que você já sabe o que é inflação e como ela é determinante em nossas vidas, resta aprender a organizar as finanças pessoais. A partir daí, você estará pronto para escolher os melhores tipos de investimentos. Que tal fazer investimentos de um jeito simples e objetivo?

Para isso, você só precisa baixar nosso guia completo sobre controle financeiro!
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