O sonho da casa própria é algo que permanece vivo para a maioria dos brasileiros. Afinal, ter um lar para chamar de seu é uma das grandes conquistas que qualquer um de nós pode realizar ao longo de nossas vidas. Melhor ainda se esse lar tiver a nossa cara, refletindo toda a personalidade dos moradores. Mas o que levar em conta na hora de construir uma casa do zero?

Devido ao número de detalhes que envolve a construção de uma residência, o tema costuma provocar muitas dúvidas nos futuros moradores. Para facilitar o processo, nós relacionamos os principais pontos a serem observados antes da execução da obra. Continue a leitura e fique por dentro de todos eles!

O que avaliar ao construir uma casa?

Você perceberá que a edificação da casa perfeita depende da avaliação de aspectos práticos e técnicos. A análise final deve ser feita por um especialista. No entanto, saber de antemão quais pontos merecem atenção ajuda a avaliar se aquele profissional está mesmo preparado para coordenar as etapas necessárias. Vamos a eles!

Topografia do terreno

Por definição, a topografia mede dimensões, contornos, formatos e demais itens vinculados à superfície terrestre. Expandindo um pouco a definição, a palavra remete exatamente à descrição precisa de lugares. Isso implica dizer que a prática cumpre o objetivo de, entre outras coisas, exibir:

  • cálculo de área;
  • curvas de nível;
  • características do relevo;
  • coordenadas e acidentes geográficos;
  • perfil longitudinal.

Você pode se perguntar: e para que tudo isso serve? Basicamente, o conjunto de informações reveladas pela topografia é usado na confecção de licenciamentos e registros exigidos pelos órgãos que fiscalizam as transações comerciais de terrenos.

Já no decorrer da obra a topografia se mostra fundamental para que os procedimentos de terraplanagem (que nivelam o terreno) sejam bem executados. O procedimento técnico também é imprescindível para demarcar os limites finais da propriedade, além das delimitações dos espaços reservados ao jardim ou a pontos de lazer.

Tipo de solo

Ainda com relação à parcela burocrática da empreitada, a análise dos tipos de solo é uma das etapas. Ela é decisiva para ditar os rumos do projeto de edificação de qualquer empreendimento imobiliário. Isso porque essa avaliação permite constatar qual é a capacidade de sustentação de determinado solo, assim como outras particularidades.

De modo geral, o solo pode ser predominante de acordo com as classificações a seguir.

Arenoso

Leva essa nomenclatura devido à alta quantidade de areia em sua composição, o que deixa o solo suscetível a movimentações. Soma-se a isso o fato de ele ser muito permeável. Na prática, os solos arenosos exigem mais experiência dos engenheiros, já que existe o risco de a construção pressionar o lençol freático (quando houver) e, como consequência, movimentar o terreno.

Argiloso

Trata-se da principal variedade de solo encontrada em território brasileiro. Como é de se imaginar, um solo argiloso é diferente do arenoso. Isso significa que ele se aglutina, em vez de se espalhar. Outro detalhe se refere ao aspecto viscoso ou denso da argila, se entrar em contato com umidade ou na ausência dela, respectivamente.

Siltoso

Classificado como um solo desfavorável para a construção civil, o chamado solo siltoso é conhecido por proporcionar uma estabilidade duvidosa à obra. Não à toa, aquelas faixas de estradas que se transformam em atoleiros após a precipitação de chuvas costumam ser formadas por solo siltoso.

Importante ressaltar que é improvável um solo ser constituído apenas de um elemento. O que existe é uma maior ou menor proporção dos itens que formam os tipos de solo mencionados acima. Por isso, não se assuste se você visualizar por aí classificações que unem dois componentes, como um solo “arenoso-argiloso”.

Posição do sol

Um fator que tende a passar despercebido pelo futuro proprietário de uma casa é a posição dela em relação ao sol. Receber raios solares nos lugares certos durante o inverno, por exemplo, é uma experiência reconfortante. Na mesma linha de raciocínio, é preferível que a incidência solar seja menor nos meses mais quentes.

Construir uma casa que atenda a esses interesses depende bastante da localização dela e, sobretudo, da qualidade e criatividade das soluções do projeto. Assim, você terá não só um lar aconchegante, como bem servido de iluminação natural. Tudo isso contribui para desenvolver a sustentabilidade do planeta, economizar energia elétrica e até mesmo valorizar o imóvel.

De maneira prática, a entrada da luz do sol é facilitada pela inclusão de grandes janelas em paredes opostas. Essa medida permite aproveitar melhor a iluminação natural, com ganhos adicionais associados à ventilação da casa.

Orçamento disponível

A casa dos seus sonhos também precisa estar alinhada a um orçamento condizente com sua realidade financeira. Além de considerar o momento atual, você deve fazer projeções de receitas e gastos para os próximos meses.

Dessa maneira, terá uma visão bem melhor quanto à possibilidade de arcar com dado orçamento. Caso as cifras extrapolem seu limite financeiro, não hesite em solicitar alternativas de projeto ao profissional contratado. O mesmo se aplica aos casos em que os valores não ficam acima, mas próximos do teto. Tente deixar uma folga entre o total direcionado às despesas e o montante que recebe mensalmente.

Note que, ao falarmos sobre a busca de opções, referimo-nos a quaisquer pontos atrelados à edificação do imóvel. Então, entram na lista os materiais principais ou voltados à decoração dos ambientes. Tenha em mente que nem sempre os melhores materiais para sua construção são os mais caros. Hoje, existem produtos sustentáveis interessantes e com ótima relação entre custo e benefício.

Prioridades da família

Ao mesmo tempo em que equilibra as finanças, você deve ponderar as necessidades da sua família. Se existe a intenção de aumentá-la no futuro, não adianta construir um imóvel pequeno. Na medida do possível, é aconselhável projetar um imóvel que comporte todos os moradores da casa com máximo conforto e liberdade.

Efetuar reformas pontuais com o passar dos anos é normal. No entanto, o projeto da casa ideal precisa ser elaborado com base, pelo menos, nas prioridades familiares de curto e médio prazos.

Qual é a importância do planejamento financeiro?

Por fim, nada disso que abordamos até aqui funciona sem um bom planejamento financeiro. Com ele em mãos, você aumenta a chance de receber a obra dentro do prazo previamente estabelecido, além de se proteger contra eventuais gastos excessivos. Por falar em economia, uma excelente saída para manter as contas em equilíbrio é aderir ao consórcio para construir.

Nele, você tem a vantagem de pagar parcelas que não sofrem incidência de juros, o que existe é a taxa de administração que tem um valor mais acessível se comparado com outras formas de aquisição parcelada. Para encontrar o consórcio ideal, basta escolher uma administradora que ofereça planos versáteis e coerentes com a realidade dos consorciados. Tente fazer isso, e você verá que realizar o sonho de construir uma casa é mais simples e econômico do que parece.

Ainda não sabe nem por onde começar? Baixe nosso guia da construção da casa própria e siga todo o passo a passo necessário!
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