A chegada de uma criança é sempre recheada de dúvidas e incertezas, mas também de muita alegria. Nesse momento, os pais começam a se preocupar com tudo que é necessário para o bebê, mas nem sempre param para pensar no futuro dos filhos.

Pode parecer cedo, mas essa preocupação deve estar presente desde a descoberta da gravidez. É assim que você consegue se organizar e garantir que o seu filho tenha uma vida financeira mais estável, começando com o pé direito.

Aliás, essa é a indicação de muitos especialistas em finanças pessoais. O que nem todo mundo sabe é o que se deve fazer para economizar desde cedo. E é isso que apresentaremos neste post. Aqui, você verá 7 passos necessários para alcançar esse objetivo.

Ficou curioso? Então, confira quais são eles, a seguir.

1. Opte por uma previdência privada

Uma boa opção para quem começa a investir pensando no longo prazo são os títulos de previdência privada. Divididos em Programa Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), a ideia é fazer aportes mensais para obter rendimentos maiores com o passar do tempo.

É importante que, antes de escolher o seu plano e a instituição financeira com a qual fechará negócio, você analise a taxa de administração. O ideal é que esteja abaixo de 1% ao ano. Além disso, vale a pena negociar a isenção do valor de carregamento, que também amortiza parte do retorno obtido.

Para escolher a opção mais adequada, basta seguir a regra básica:

  • o PGBL é melhor para quem executa a declaração completa do Imposto de Renda (IR);
  • o VGBL, por sua vez, é mais indicado para o modelo resumido, porque a cobrança de IR é exclusiva sobre os rendimentos. No caso da escolha da tributação regressiva, o índice pode chegar a 10% depois de 10 anos. No entanto, é recomendado evitar qualquer saque antes de 2 anos, já que nesse caso a taxa é de 35%.

No futuro, seu filho poderá sacar o montante economizado e terá a possibilidade de empregar o valor em uma faculdade, intercâmbio ou qualquer outra necessidade que tenha. O ponto positivo é que as aplicações mensais podem ser de qualquer quantia.

2. Construa uma reserva de emergência

A ideia aqui é garantir o futuro dos filhos a partir da estabilidade financeira dos pais. Afinal, esse fundo deve ser utilizado em caso de imprevistos, como uma situação de desemprego ou um acidente. O objetivo é assegurar que qualquer situação presente poderá ser resolvida sem mexer no orçamento familiar e nas quantias reservadas para outras finalidades.

O recomendado é que a reserva de emergência tenha de 6 a 12 meses de renda. Isso significa que se você ganha R$ 5 mil por mês, deve economizar entre R$ 30 mil e R$ 60 mil para essas situações de imprevistos.

Esse montante deve ser colocado em aplicações financeiras de alta liquidez, ou seja, que permitem o saque a qualquer momento. É o caso do Tesouro Selic, do Certificado de Depósito Bancário (CDB) e da poupança.

Com esse recurso sempre em mãos, você poderá garantir um futuro melhor para toda sua família, já que seu filho não precisará se preocupar com os pais. Essa também é uma maneira de garantir que ele continue matriculado em uma escola particular mesmo se sua renda cair, por exemplo.

3. Ofereça uma educação de qualidade como investimento prioritário

A qualidade do ensino em escolas públicas nem sempre é a melhor e, muitas vezes, você ainda precisa gastar com cursos extras, como de idiomas, esportes, música e por aí vai. Por isso, mesmo que a quantia reservada seja baixa, priorize a oferta de uma educação realmente boa.

É pelo conhecimento que seu filho conseguirá assegurar um bom futuro para si mesmo — e isso depende de você oferecer as melhores possibilidades. Tenha em mente que essa não é uma despesa, mas sim um investimento que realmente vale a pena.

Essa é uma forma de aplicar com eficiência, porque a educação sempre trará resultados positivos no futuro. A partir dela, seu filho pode ingressar em uma universidade federal, fazer o curso que escolher e ter uma profissão que o permita ter uma vida satisfatória, inclusive nas questões financeiras.

4. Defina metas claras

Por mais que seu objetivo seja economizar para oferecer um futuro melhor para seus filhos, o ideal é ter metas menores e mensuráveis que o ajudem a conquistar esse patamar. Essa é uma maneira eficiente de desenvolver um bom planejamento financeiro, que guiará suas decisões futuras.

Nesse momento, vale a pena pensar no que significa um bom futuro para seus filhos. Considere cada etapa que deve ser conquistada para saber exatamente quanto deve economizar e quando esses objetivos podem ser alcançados.

Por exemplo: você pode definir que deseja pagar uma escola particular e atividades extracurriculares, dar uma entrada em um apartamento e financiar um intercâmbio. Faça uma estimativa do valor dessas metas, lembrando-se de adicionar a inflação e flutuações econômicas, e calcule o tempo disponível para alcançá-las. Assim, saberá quanto precisará poupar mensal e anualmente.

5. Dialogue constantemente com sua família

Para que os objetivos traçados sejam alcançados, é preciso contar com a ajuda de todos. O diálogo auxilia nesse momento, porque os filhos são parte importante do seu projeto de vida.

O indicado é que o casal tenha as mesmas ideias no que se refere ao planejamento. Determinem juntos quais são as prioridades, verifiquem as possibilidades de cortes, alinhem as expectativas e, se necessário, reanalisem o plano inicial.

Quando os filhos estiverem mais velhos e já compreenderem o que são as finanças familiares, inclua-os na conversa. Procure descobrir quais são seus desejos e aspirações, porque assim o planejamento de toda a família pode ficar mais adequado às expectativas.

Tenha em mente que com a contribuição de todos fica muito mais fácil alcançar o que se quer sem esquecer de ninguém. Essa também é uma maneira de a colaboração ser mútua, o que implica maior educação financeira.

6. Proteja o futuro dos filhos

Ninguém está imune a acontecimentos que causem uma perda financeira repentina. Por isso, é fundamental estar preparado para qualquer situação negativa, como um problema de saúde ou até mesmo um falecimento.

O recomendado nesse momento é contratar um seguro de vida, que pode ser temporário — até seus filhos completarem 18 anos — ou vitalício. Outra possibilidade é o resgatável, que permite o saque de parte do capital no vencimento ou cancelamento da apólice.

Uma vantagem é que o seguro de vida fica de fora do inventário, porque os beneficiários são indicados previamente. Isso significa que seus filhos ficam totalmente resguardados em caso de imprevisto.

7. Invista em um consórcio para adquirir bens duráveis

Essa é uma modalidade de investimento nem sempre considerada, mas que vale muito a pena. Por meio do consórcio, você consegue adquirir um bem durável, como um carro ou um imóvel. A vantagem é que há isenção da taxa de juros, isto é, você paga muito menos que em um financiamento comum.

Os valores cobrados são relativos à taxa de administração e ao seguro de vida. Assim, você consegue construir um patrimônio aos poucos, com solidez e sem se endividar. E você ainda pode antecipar o acesso ao bem oferecendo um lance, sem interferir nos pagamentos seguintes das parcelas.

Seguindo essas 7 dicas, o futuro dos filhos será assegurado e você poderá ficar tranquilo com o que virá. Então, que tal começar a se preparar agora?

Aproveite e complemente seu conhecimento acessando o nosso infográfico que mostra o passo a passo para fazer um planejamento financeiro familiar.
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