Planejamento financeiro pessoal: saiba como montá-lo e comece a adquirir bens
O planejamento financeiro pessoal deve fazer parte da vida de quem quer aprender a como construir um patrimônio duradouro, que pode ser fonte de tranquilidade e segurança no futuro. E para adquirir bens, seja por compra à vista ou programada, como no consórcio, o indivíduo deve ter um domínio consistente sobre as próprias finanças.
Muita gente se queixa por não conseguir realizar objetivos financeiros, como comprar uma casa ou um carro, pagar a faculdade, viajar ao exterior, etc., mas não sabe que o insucesso pode ser causado pela falta de planejamento adequado e de ferramentas específicas para gestão financeira individual.
Para saber lidar com o dinheiro e começar a adquirir bens, confira as dicas do post de hoje!
1 - O que é um planejamento financeiro pessoal
O planejamento financeiro pessoal é uma importante ferramenta de gestão de finanças. Com esse instrumento, a pessoa pode fazer a chamada "alocação de recursos”, que consiste na distribuição das receitas em diferentes usos, previamente definidos com base em alguns critérios.
Com esse tipo de planejamento, a ideia é que a pessoa faça a programação das próprias finanças em curto, médio e longo prazo. Ao estipular com antecedência o que pode e o que não pode fazer no uso do dinheiro, o indivíduo aumenta as chances de cumprir as metas financeiras.
Se compararmos o planejamento financeiro pessoal com uma competição esportiva, é como se ele fosse o documento com as regras do jogo. Nesse caso, para conseguir a medalha ou o troféu da "independência financeira", o jogador ou o indivíduo precisa saber os limites do que pode fazer para conquistar os próprios objetivos.
Sem as regras do jogo, as finanças pessoais podem caminhar rapidamente para o precipício. Os desejos de alguém tendem a ser muito maiores do que a real capacidade de pagamento que ele tem para realizá-los. Com isso, a pessoa precisa fazer escolhas a respeito do uso do dinheiro.
Para que o "atleta" financeiro não fuja do percurso da corrida pelas finanças em dia, ele precisa respeitar o "regulamento da prova" ou o seu planejamento financeiro pessoal. Quem nunca se sentiu tentado a fazer uma compra só para aproveitar uma promoção numa vitrine ou na internet, não é mesmo?
Porém, quando tem em mente o orçamento planejado, a pessoa pensa duas vezes antes de comprar por impulso. Isso porque a programação das finanças é uma espécie de guia de uso do dinheiro.
Além disso, o planejamento da vida financeira permite que a pessoa tenha visão abrangente das próprias receitas e despesas, de modo a tomar decisões acertadas, com base na razão e não na emoção.
O aspecto psicológico pode pesar bastante no consumo de um indivíduo. A publicidade, sabedora da relação entre emoção e compras, explora nos comerciais alguns gatilhos psicológicos que favorecem o consumo de itens.
Contudo, o planejamento financeiro pessoal funciona como uma espécie de "âncora", que mantém o foco do indivíduo na conquista dos objetivos que ele mesmo elencou. É como se essa ferramenta fosse aquela "voz da razão" que diz: "Você não reservou apenas X reais para comprar nesse mês? Então, por que quer quebrar o combinado e gastar o que não estava previsto? Se fizer isso, teremos problemas para conquistar a compra do nosso carro!".
A "voz da razão" pode representar certa censura de comportamento, porém, a ideia é que você abra mão de um prazer imediato em favor de um benefício ainda mais agradável no futuro, ao usufruir de bens de maior valor, como um apartamento ou um veículo.
2 - Por que fazer um planejamento financeiro pessoal
Como mencionamos, os desejos de uma pessoa são muito maiores do que as receitas que ela dispõe para realizá-los. O mesmo raciocínio vale para a economia em geral, que inclui empresas e governos, além das famílias. Portanto, para poder adquirir bens, os indivíduos precisam fazer com que o dinheiro renda mais.
Quem pensa em como construir um patrimônio sólido precisa estudar educação financeira. Como você deve saber, pela sua experiência prática, o uso do dinheiro é pouco discutido nas escolas e nas residências. Em alguns casos, falar sobre finanças é até certo tabu.
A consequência do pouco aprendizado acerca da educação financeira é que as pessoas têm dificuldade para lidar com dinheiro, parcelamentos, juros, inflação, investimentos, etc. Devido a essa carência de conhecimento sobre finanças, muitas pessoas entram num endividamento crônico, que as impede de realizar importantes sonhos, como adquirir um smartphone de última geração ou fazer o consórcio de um automóvel.
Para escapar das estatísticas da população que tem dívidas de cartão de crédito ou de cheque especial, você pode iniciar o quanto antes o seu planejamento financeiro pessoal. Saiba que o uso dessa ferramenta é uma das primeiras atitudes ligadas à educação financeira. Afinal, esse instrumento serve para dar fundamentos sólidos para você conquistar alguns de seus objetivos relacionados ao dinheiro.
Com o planejamento financeiro pessoal você será uma espécie de empresário ou gestor, que cuidará da sua própria vida como um empreendimento. Se o objetivo final de um negócio é ter lucro, o propósito de uma gestão financeira pessoal é que haja excedente ou sobra no orçamento individual ou familiar.
Tenha em mente que o esforço e o tempo dedicados à execução do seu planejamento financeiro serão recompensados por uma vida mais tranquila e segura. Já imaginou não ter que se preocupar todo fim de mês com aquela conta que está prestes a vencer? A sensação de ter as dívidas em dia e o saldo bancário sempre no "azul" é bastante agradável.
Se você quer saber como construir um patrimônio, precisará entender que o equilíbrio da vida financeira é o pontapé inicial necessário para você começar a adquirir bens. Afinal, de que adianta comprar por impulso, se você não consegue honrar os compromissos e tem até que se desfazer de parte do patrimônio para pagar as dívidas, não é mesmo?
Para que isso não ocorra, jamais descuide do seu planejamento financeiro pessoal. Crie o hábito de utilizar essa ferramenta na programação e na execução do seu orçamento. Saiba, de antemão, que se você planejar, mas não realizar, pouco efeito terá o seu esforço de economizar para adquirir bens.
Ao contrário, se você executar com perfeição o seu planejamento, o resultado será o excedente que o ajudará a conquistar os bens que você tanto almeja, como imóveis e veículos.
Ficou interessado e quer começar a praticar hábitos financeiros mais saudáveis? Então, continue a acompanhar este post e veja como montar e executar o seu plano.
3 - Como montar um planejamento financeiro pessoal
Como já mencionamos, você pode tratar a sua vida financeira como uma empresa. Num negócio, o gestor costuma fazer um diagnóstico preciso das finanças do empreendimento. Você deve fazer o mesmo para ter sucesso no uso do seu próprio dinheiro.
O diagnóstico é uma etapa que antecede o planejamento financeiro pessoal, pois dá base para que o indivíduo estabeleça objetivos e defina estratégias. Na prática, o diagnóstico serve para você descobrir "onde você está", enquanto o planejamento e as metas dizem respeito "aonde você quer chegar". Entre um estágio e outro, a estratégia se refere às táticas que utilizará para fazer esse caminho entre o presente e o futuro pretendido.
Para montar um planejamento financeiro pessoal e aprender a como construir um patrimônio, você deve identificar como está a sua situação financeira na atualidade. Por exemplo, deve anotar em papel, planilha eletrônica ou aplicativo dados como a sua renda bruta (total) e líquida (com descontos de Previdência Social, Plano Médico, Imposto de Renda etc.), os gastos obrigatórios (aluguel, licenciamento de veículo, parcela da faculdade, entre outros), as parcelas das contas e os valores totais, etc.
É recomendável que você tenha um planejamento financeiro pessoal para um horizonte de, no mínimo, um ano. Ainda assim, projetar um cenário de cinco anos ou mais pode ser vantajoso. Para ter sucesso na execução dessa ferramenta de gestão, você deve saber exatamente quanto é a sua receita (seus ganhos) e as suas despesas (seus gastos).
Nesse sentido, muitas pessoas só analisam as contas sob o aspecto do valor das parcelas e se esquecem da quantia total. Porém, saber quanto é todo o débito tem grande importância para uma vida financeira saudável. Afinal, só dessa forma você evita o endividamento crônico, quando se perde a capacidade de quitação dos compromissos financeiros.
E por falarmos em capacidade de pagamento, ela deve ser a norteadora de muitas das suas decisões de consumo. Quer um exemplo? Vamos supor que você utiliza 60% do seu salário para quitar dívidas. Logo, a quantia resultante desse percentual será, em tese, a sua capacidade de pagamento. Supondo que você ganhe R$ 3.500 líquidos, a sua capacidade de pagamento será de R$ 2.100, no exemplo dado.
Na prática, quer dizer que as suas dívidas não podem ultrapassar os R$ 2.100 mensais. Além disso, você deve utilizar essa quantia para fazer comparações com as suas dívidas totais. Por exemplo, se você deve R$ 35.000, somadas todas as suas contas, você comprometeu a sua capacidade de pagamento em pouco mais do que 16 meses e meio.
A comparação entre dívidas totais e capacidade pagamento mensal permite que você trace uma visão de futuro realista e, assim, evite assumir compromissos financeiros além da sua capacidade de pagamento.
Depois de diagnosticar o estágio atual da sua vida financeira, você deve traçar objetivos e metas. Lembre-se de que objetivo quer dizer propósito ou "o que você quer", enquanto meta se refere ao "quanto e quando você quer". Uma coisa é você desejar um carro, outra é adquirir um consórcio com prazo de três anos para quitá-lo e receber o automóvel. A vantagem de ter metas é que você direciona o seu esforço financeiro para um foco específico.
Após o diagnóstico e a definição de objetivos e metas, passa-se para o estabelecimento de estratégias de execução do planejamento financeiro pessoal. Duas táticas indispensáveis para você conseguir o que deseja são o orçamento pessoal e o fluxo de caixa.
Você já deve ter ouvido falar que governos e empresas usam frequentemente o orçamento, para tratar de gastos, não é mesmo? Saiba que você também poderá utilizar esse instrumento para tornar a sua vida financeira mais eficaz.
A ideia do orçamento é estipular no presente os seus gastos futuros, de modo a controlar as suas despesas. Funciona mais ou menos deste jeito: você define valores prévios para cada categoria de gasto (educação, transporte, saúde, lazer etc.) e depois cumpre o que foi combinado. Desse método surge os termos "orçado" e "realizado", muito usados na gestão financeira de empresas.
A vantagem do planejamento financeiro pessoal é que você, antes de gastar, tem uma noção de como está a relação entre as suas receitas e despesas. Ao anotar todos os seus gastos e estipular valores prévios para cada categoria, se perceber que "faltou dinheiro", você terá que reorganizar o seu orçamento e tirar gastos supérfluos.
Sem dúvida, é melhor enxergar esse tipo de situação no planejamento, do que só no final do mês, depois de se ter gastado a quantia de uma dívida obrigatória com produtos desnecessários, concorda? Por isso, o orçamento pessoal é tão importante para você "prever" o futuro e dimensionar os seus gastos conforme os seus ganhos.
Vale lembrar que os valores prévios, definidos no orçamento, podem mudar de pessoa para pessoa. Se alguém cursa uma faculdade pública, não precisará pagar pelo ensino superior, embora precise desembolsar algum valor pelo aluguel de um apartamento. Seja qual for a relação dos seus gastos, o importante é que você conheça os percentuais habituais da sua renda para cada tipo de despesa.
4 - 5 dicas de aplicativos para controlar as finanças pessoais
Atualmente, é possível ter um controle financeiro literalmente na palma da mão, graças aos aplicativos para smartphones e tablets. Confira, em seguida, uma lista com 5 opções que você encontra no mercado.
4.1 - Conta Corrente
O aplicativo Conta Corrente, do programa de mesmo nome da Globo News, permite que a pessoa estabeleça um limite de gastos por mês e seja notificado caso esse valor seja ultrapassado.
Além disso, o indivíduo pode anotar as despesas e acompanhar as porcentagens para cada categoria de gastos, como moradia, educação, alimentação, para todos os meses. Também é possível acompanhar a renda, as despesas e os investimentos em cada mês.
O app é gratuito e está disponível tanto para sistema Android quanto para iOS, respectivamente, no Google Play e na Apple Store.
4.2 - Guia Bolso
O aplicativo Guia Bolso permite que a execução do planejamento financeiro pessoal seja feita de maneira intuitiva, por meio de gráficos que facilitam a tomada de decisão. Com a ferramenta, o indivíduo pode ainda acompanhar a movimentação das contas bancárias, por meio de sincronização com o app.
Com base nas informações cadastradas, o aplicativo também estabelece uma nota de saúde financeira para o usuário. Ainda é possível estabelecer objetivos e acompanhar o cumprimento de metas.
O Guia Bolso está disponível para Android e iOS, gratuitamente.
4.3 - Meu Dinheiro
O Aplicativo Meu Dinheiro possibilita que a pessoa controle as contas a pagar e a receber, a movimentação financeira, os gastos com cartões, além das despesas por categorias. O app também proporciona que o usuário acompanhe os dados de contas bancárias, faça lançamentos de pequenos gastos, como um cafezinho, e monitore a situação das finanças com o auxílio de gráficos.
O "Meu Dinheiro" está disponível para Android e iOS, com uma versão gratuita de teste e uma paga, com todas as funcionalidades.
4.4 - Controle de Gastos Organizze
O aplicativo da Organizze facilita a execução do fluxo de caixa, por meio do lançamento de entradas e saídas. O usuário também pode cadastrar a conta bancária, para acompanhar a movimentação financeira. Gráficos ainda mostram quais foram as principais despesas do mês.
O app está disponível tanto no Google Play quanto na Apple Store. Há a versão básica gratuita e uma paga.
4.5 - Controle Financeiro Mobills
Com o aplicativo Controle Financeiro, a pessoa pode não só realizar o fluxo de caixa como também dividi-lo em categorias, para saber quanto gasta em cada grupo de despesas. Também é possível acompanhar os gastos do cartão de crédito e estipular metas de despesas e de poupança no orçamento.
O app está disponível para dispositivos Android, iOS e Windows Phone, com versão grátis limitada e planos pagos.
5 - Como construir um patrimônio?
Depois de ter suas contas em dia, você já pode começar a pensar na construção do seu patrimônio. Para tanto, deve adquirir bens que estejam de acordo com o seu atual padrão de vida e não querer passar uma imagem que não corresponda à realidade.
Logo, em vez de comprar um carro importado, em que terá gastos enormes com manutenção, você pode primeiro suprir a sua necessidade de locomoção com um veículo que caiba no seu bolso.
Na formação do seu patrimônio, é importante que você estabeleça um percentual da sua renda para criação de uma reserva de emergência, que deve ser usada apenas em imprevistos, e uma quantia mensal para aplicações financeiras.
Quando for fazer investimentos, pense num horizonte de longo prazo, até mesmo que compreenda a aposentadoria. Afinal, quanto mais cedo você começar a poupar, mais rápido alcançará uma situação de estabilidade financeira.
6 - Entenda porque um consórcio é uma ótima opção para adquirir bens
Como dissemos lá no início, a educação financeira é essencial para você saber usar de forma otimizada o seu dinheiro. De que adianta se dedicar para poupar, se boa parte desse esforço só serve para pagar os juros de um financiamento, não é mesmo?
Ao pesquisar sobre as maneiras de aquisição de bens de grande valor, como casa e automóvel, você encontrará no consórcio uma excelente oportunidade de compra programada. Hoje em dia, o mercado dispõe de vários planos, que se adequam a diferentes necessidades de prazo e valor de parcela, de modo a facilitar a aquisição de bens tão almejados pela população.
Além de aproveitar as taxas menores do consórcio, a pessoa ainda pode antecipar a posse do veículo, por meio de lances. Dessa maneira, pode usufruir do bem mesmo antes de ser sorteado. Já em outras modalidades de pagamento, como empréstimo ou financiamento, os juros poderiam facilmente encarecer a moradia ou o veículo. Em alguns casos, o indivíduo chega a pagar o dobro ou até o triplo do valor original do bem financiado.
Realizar o planejamento financeiro pessoal requer estudo, execução e mudança de atitudes. Montar um orçamento, estabelecer objetivos e metas, preencher o fluxo de caixa, e eliminar gastos supérfluos são algumas das tarefas que você precisará fazer para ter uma saúde financeira melhor.
O esforço de todo esse trabalho é recompensado pela conquista dos seus propósitos, como a compra de bens que você almeja há bastante tempo. Além disso, o controle efetivo das finanças permite que você crie condições de criar um patrimônio sólido, ou seja, que permanecerá com você pelo restante da sua vida. Com decisões sábias, com base em conhecimentos financeiros, você economiza e faz o seu dinheiro render mais.
Cansado de não conseguir envolver a família no planejamento das finanças? Veja dicas para virar esse jogo.