Ponto cego do retrovisor: como ajustar para evitá-lo?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o 5º país do mundo em mortes decorrentes do trânsito, sendo que muitos dos acidentes poderiam ser facilmente evitados.
Um deles, por exemplo, são os causados pelo ponto cego do retrovisor. Esse termo é utilizado para se referir a locais do veículo com baixa visibilidade externa, em que o motorista não consegue enxergar outros carros, pedestres, motos ou bicicletas no momento de realizar troca de faixa, conversão ou atravessar um cruzamento.
Provavelmente, você já deve ter passado por uma situação similar, tendo em vista que ela é bastante comum. O ponto cego pode ser causado por motivos que variam desde a maneira como o espelho está posicionado até a altura do motorista. Portanto, é necessário ter atenção para minimizar alguns riscos.
No post de hoje, vamos falar sobre o que fazer para manter as trocas de faixas e conversões mais seguras. Confira!
Posicione o banco corretamente
Uma forma de evitar o ponto cego do retrovisor é ajustar o banco do motorista corretamente. Para isso, você deve alcançar os pedais de maneira que os joelhos fiquem um pouco flexionados, e não completamente esticados.
A mesma regra vale para os braços. Quando eles estão completamente esticados, a reação rápida no caso de alguma emergência é prejudicada. Seguindo essas dicas, dirigir fica mais confortável, seguro e você ainda consegue evitar o ponto cego no retrovisor.
Saiba ajustar os retrovisores
Ajustar os retrovisores do seu carro é fundamental para evitar os pontos cegos. O espelho do lado esquerdo deve oferecer a maior visibilidade externa possível. Logo, o motorista deve sentar no banco, inclinar a cabeça até quase encostar no vidro e ajustar o retrovisor de modo que não consiga mais enxergar a carroceria do carro.
O mesmo deve ser feito do lado do passageiro, no entanto, o ideal é que você ainda consiga ver minimamente o reflexo da lataria pelo espelho. Essa é a posição correta para mudar de faixa e ainda conseguir fazer uma boa baliza.
Também não esqueça do retrovisor interno, que deve ser ajustado para que o condutor consiga ver toda a área do para-brisa e visualizar o que ocorre na parte traseira do carro. É importante ressaltar que objetos que cubram a visão não devem ser colocados no banco de trás ou próximo ao vidro.
Conheça o seu carro
Você sabia que o ponto cego do retrovisor não é apenas um e pode variar de carro para carro, dependendo da estrutura do veículo? No geral, existem mais de 20 posições em que a visibilidade do motorista fica prejudicada, aumentando as chances de acidentes.
Portanto, é importante que você conheça o seu carro e a sua maneira de dirigir para conseguir identificar o que está bloqueando a visibilidade, como os encostos de cabeça, que comumente atrapalham a visão em algum cruzamento. Ou, ainda, a lateral do carro, que pode cobrir crianças, pessoas abaixadas, cones e outros objetos, caso você esteja dando ré e não preste atenção.
Tenha retrovisores auxiliares
Você já ouviu falar em retrovisores auxiliares? Eles são redondos, voltados para frente e contam com uma curvatura que amplia a visão. Por isso, permitem que o motorista enxergue melhor a estrada. É comum encontrarmos retrovisores auxiliares em veículos grandes, que precisam de um campo de visão maior.
Porém, muita atenção ao fazer essa instalação: a forma correta é dentro do carro, próximo ao retrovisor. O contrário pode ser considerado infração de trânsito.
Preste atenção na troca de faixa
Mesmo tomando os devidos cuidados, o ponto cego no retrovisor ainda pode acontecer. Para ajudar a evitar essa situação perigosa, capaz de causar acidentes fatais no trânsito, redobre a atenção ao mudar de faixa ou realizar conversões fechadas.
Confira o retrovisor, ligue a seta e verifique novamente. Não saia da sua faixa antes de completar todas essas observações. Além disso, se você for realizar alguma conversão, sempre tente ficar mais próximo do local. Nada de direcionar o carro duas faixas ao lado para entrar em alguma rua à direita, por exemplo. Prudência e responsabilidade são essenciais no trânsito!
Tenha cuidado com os motociclistas
Os motociclistas representam apenas 27% da frota de veículos no Brasil. No entanto, eles são os maiores responsáveis pelo pagamento de indenizações que visam ressarcir prejuízos causados por acidentes de trânsito.
Além da imprudência de alguns que dirigem em alta velocidade nos famosos corredores que se formam no meio dos carros, principalmente nos grandes centros urbanos, eles também entram facilmente nos pontos cegos dos retrovisores, uma vez que costumam ser quatro vezes menores do que os carros.
Portanto, a mesma dica acima sobre a troca de faixa vale aqui neste item: tenha atenção e prudência! Cheque os pontos cegos antes e depois de ligar a seta e, somente quando tiver certeza, faça a conversão.
Considere o uso de sensores
Talvez você já tenha ouvido pessoas mais velhas contando sobre a ausência de retrovisores do lado do passageiro nos carros antigos. Nessa época era necessário utilizar o espelho do meio do carro para aumentar a segurança. No entanto, com o tempo, os profissionais aperfeiçoam os itens, e novas soluções chegaram no mercado. Os sensores são um exemplo.
Conhecidos e amados pelos motoristas, as câmeras instaladas na parte traseira e dianteira dos veículos têm auxiliado cada vez mais no momento de estacionar. Agora, chegou a vez dos sensores de pontos cegos, que são instalados na lateral do veículo e avisam para o motorista quando há algum tipo de risco assim que a seta é ligada.
Nem sempre o ponto cego do retrovisor pode ser evitado, uma vez que a própria estrutura do carro atrapalha a visão do motorista. Por isso atenção e prudência são essenciais para um trânsito mais seguro. Tomar esses cuidados é o que chamamos de direção defensiva, isto é, agir proativamente para garantir sua segurança e de outras pessoas, sejam elas os passageiros do veículo ou outros indivíduos.
E se você gostou do nosso post, veja também como analisar o histórico do carro e garantir uma boa procedência. Confira!