Vale a pena fazer empréstimo para comprar imóvel? Descubra!
A compra da casa ainda é o maior desejo de vários brasileiros. Segundo pesquisa da Febraban de 2023, 31% das pessoas disseram que ter uma moradia é sua prioridade, enquanto 19% preferem investir na poupança, 25% aplicar em outros investimentos e 21% querem reformar a casa.
Porém, na prática, o sonho do lar próprio parece longe para muitos devido ao alto custo. Assim, será que vale a pena fazer empréstimo para comprar imóvel?
Nesse contexto, a alternativa é buscar pelas opções disponíveis no mercado para viabilizar a aquisição da propriedade. Como mencionamos, o empréstimo para comprar imóvel é um deles.
No entanto, apesar de parecer uma proposta atraente, há alguns pontos desfavoráveis a considerar nessa modalidade de crédito.
Neste post, vamos abordar algumas questões relevantes para tomar sua decisão:
- quais desvantagens do empréstimo para comprar imóvel;
- vantagens do consórcio;
- alternativa ao empréstimo para comprar imóvel.
Acompanhe a leitura para descobrir se o empréstimo é ou não a melhor opção para o seu bolso!
Boa leitura!
Quais as desvantagens do empréstimo para comprar imóvel?
O empréstimo é um tipo de transação em que o consumidor faz um acordo com um banco ou uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central para pagar parte do valor do seu imóvel. Em troca, o cliente se compromete a quitar essa quantia em parcelas, com juros, por um determinado período acordado entre as partes.
Se por um lado o tomador de empréstimo adquire a propriedade imediatamente, por outro está sujeito a algumas condições impostas por essa modalidade e pelas instituições.
Listamos algumas desvantagens do empréstimo para comprar imóvel. Confira a seguir!
Juros altos
Esse é um dos principais contratempos do empréstimo. Os juros costumam ser elevados devido ao alto risco de inadimplência que a instituição assume. Essa característica é um fator relevante no valor total solicitado pelo comprador.
Vale mencionar que o montante das primeiras parcelas costuma ser maior devido ao custo dos juros. Dessa forma, o cliente pode pagar mais por esse percentual do que a quantia do imóvel.
As mensalidades ainda contam com o Custo Efetivo Total (CET), em que estão todas as despesas do empréstimo que fazem diferença nas frações.
É válido destacar que os juros fixados pelos bancos indicam o preço que o público paga pelo empréstimo. Além disso, não existe uma regulamentação que limite a cobrança das instituições bancárias e financeiras.
Risco de perder o imóvel
Ao fechar o contrato com a instituição financeira, a perda do imóvel é um dos riscos para quem não consegue pagar todas as parcelas.
Ao fazer um empréstimo para adquirir uma propriedade na planta com uma construtora, antes de obter as chaves, é possível desistir da compra, prática conhecida como distrato. Porém, no caso de solicitar dinheiro aos bancos, essa alternativa não é viável.
Em situações de inadimplência por mais de três meses, a instituição bancária ou financeira pode pegar a casa ou apartamento de volta. Caso esse episódio aconteça, é necessário:
- enviar notificação ao devedor: se a pessoa ultrapassa o tempo limite do pagamento da parcela, o banco envia uma notificação ao devedor. O aviso pode ser enviado por carta ou pelo oficial do cartório;
- colocar o imóvel para leilão: após a intimação, o consumidor tem até 15 dias para quitar a dívida em atraso. Caso não consiga, o imóvel pode ir para leilão em 30 dias;
- avaliar o valor do imóvel no leilão: se o valor do leilão for maior que a dívida, o consumidor recebe a diferença de volta. Porém, se a quantia for menor ou igual ao débito, o bem é quitado. Vale destacar que nesse caso existe a possibilidade de perder o imóvel e as parcelas pagas.
Exigências das instituições bancárias
Para ter certeza de que o comprador será capaz de pagar o empréstimo, há uma série de pré-requisitos que as instituições determinam.
O interessado precisa ser maior de 18 anos para fazer este tipo de transação. Na hipótese de a pessoa ter mais de 60 anos, caso queira fazer um empréstimo de 20 anos, algumas instituições bancárias e financeiras podem negar o crédito. Para essas entidades, a idade máxima até o fim do contrato deve ser 80 anos.
Outra exigência é a obrigatoriedade de o consumidor ter que comprovar seu comprometimento com as prestações; afinal, as parcelas não devem impactar mais do que 30% da sua renda. A ideia é manter suas contas domésticas em dia.
Também há a quantia de entrada, que é obrigatória e pode variar, já que algumas instituições pedem 20% e outras 10% sobre o preço do imóvel. A regra é que quanto mais você puder pagar, menor será o valor dos juros e das parcelas.
Além disso, as características do imóvel influenciam a liberação do crédito. As instituições podem negar empréstimo para casas feitas de madeira, pré-fabricadas, de veraneio, chácaras ou sítios. Essa particularidade se estende também para imóveis com algum problema jurídico.
Custos extras
Além das taxas de juros e do Custo Efetivo Total embutidos nas parcelas, o interessado deve se preocupar com outras despesas que rodeiam esta modalidade.
O tomador do empréstimo também deve arcar com o valor da avaliação e análise jurídica do imóvel, que varia segundo a instituição financeira e bancária, o tipo de imóvel e laudo.
O Sistema Financeiro de Habitação (SFH) é outra taxa mensal permitida por lei que é cobrada nesse tipo de empréstimo. Essa tarifa custa em torno de R$ 25,00 e pode chegar a R$ 9.000,00, se o financiamento durar 30 anos.
Ainda há o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), um encargo cobrado em cima do valor do imóvel, que muda conforme o município. Geralmente, equivale a 2%. Esse custo existe em qualquer modalidade de compra de imóvel.
Também é obrigatória a contratação do seguro MIP (Morte e Invalidez Permanente) e DFI (Danos Físicos do Imóvel) para realizar um empréstimo.
A seguradora calcula mensalmente o valor desses seguros, que aumenta com a idade do dono e com o preço do imóvel.
Imprevistos
Ao realizar um empréstimo para comprar um imóvel, principalmente em longo prazo, é necessário considerar as parcelas, os custos extras, assim como os imprevistos que podem aparecer e impedir a execução do contrato. Por exemplo: desemprego, dívidas e deterioração do imóvel.
Vale mencionar que a propriedade não pertence ao comprador enquanto não pagar todas as parcelas. Até lá, o bem fica alienado ao banco.
Por isso, é importante que o interessado veja se vale a pena fazer empréstimo para comprar imóvel. Apesar da aquisição imediata da casa, ainda existem os juros, os custos com a manutenção e a possibilidade de perda por inadimplência que devem pesar nessa escolha.
Conheça as vantagens do consórcio!
Ao conhecer as desvantagens acima, é possível identificar se vale a pena fazer empréstimo para comprar imóvel. Como viu, são muitos os pontos negativos dessa transação.
Portanto, listamos algumas vantagens do consórcio para você avaliar essa modalidade de crédito para facilitar a compra do seu imóvel. Veja!
1. Permite planejar as finanças
Se você tem dificuldade em juntar dinheiro para adquirir seu imóvel próprio, o consórcio pode te ajudar nessa tarefa.
Uma vez que os consorciados têm que pagar parcelas mensais, essa categoria de crédito motiva as pessoas a se comprometerem em guardar dinheiro até o final do processo.
Para atingir esse objetivo, ter um planejamento financeiro é fundamental para realizar o seu sonho de adquirir a propriedade.
2. É isento de juros e valor de entrada
No consórcio, não há cobrança de juros nas parcelas mensais nem é necessário dar entrada para comprar um imóvel — a quantia da carta de crédito viabiliza o pagamento total do bem.
Nesta modalidade, o participante só deve pagar a taxa de administração, o fundo de reserva e o reajuste anual, que são valores mais em conta do que os percentuais de juros tradicionais.
Logo, o integrante do grupo economiza no bolso e se programa para quitar as prestações, uma vez que são frações fixas e previsíveis.
Como pode perceber, a isenção de juros e a ausência de entrada tornam o consórcio uma opção mais acessível e menos custosa do que outras formas de aquisição de imóvel.
3. Flexibiliza o pagamento das parcelas e o prazo de duração
A flexibilidade das parcelas é uma das vantagens do consórcio, já que as administradoras podem ajustá-las conforme as necessidades e condições financeiras de cada participante.
Também é viável escolher o prazo de duração das cotas, segundo o objetivo dos integrantes e o valor do imóvel desejado.
4. Aumenta o poder de compra do imóvel à vista
Após a contemplação, o consorciado recebe integralmente o valor da carta de crédito. Assim, pode comprar o bem à vista, sem juros, e ainda tentar obter desconto na negociação com o vendedor.
5. Viabiliza a antecipação da compra do bem
Além dos sorteios, existe a possibilidade de aumentar as chances de contemplação da carta de crédito com lances. Desta forma, fica mais fácil obter o imóvel tão sonhado.
É válido ressaltar que esses lances devem ser maiores do que as parcelas mensais e menores ou iguais ao abatimento do consórcio.
6. Oferece menos burocracia para adquirir a propriedade
Apesar desta linha de crédito exigir alguns pré-requisitos básicos, a burocracia é menor do que em outras modalidades, uma vez que a avaliação financeira é mais flexível.
No consórcio, após a contemplação, é necessário comprovar a renda do beneficiado e os documentos essenciais. Com a validação e a aprovação de crédito, o participante recebe o dinheiro.
É importante dizer que o comportamento do integrante no grupo durante o período que antecede a aquisição da carta e o valor abatido, também contam como análise de crédito.
7. Possibilita usar FGTS para dar lances
Caso queira antecipar o recebimento da carta de crédito com lances, você pode usar o Fundo de Garantia (FGTS).
Também existe a possibilidade de utilizar esse recurso para pagar até três parcelas atrasadas do consórcio e evitar inadimplência. No entanto, para usufruir do FGTS, é indispensável ter três anos de depósito e não possuir outro imóvel.
Consórcio: uma alternativa ao empréstimo para comprar imóvel
Com todas as suas desvantagens, o empréstimo pode se tornar uma opção desfavorável para comprar um imóvel. Nesse contexto, o consórcio passa a ser uma alternativa melhor para obter uma moradia própria.
No consórcio, é viável economizar dinheiro, já que não tem juros, valor de entrada e outros custos efetivos, apenas uma taxa de administração e o fundo de reserva, que costumam ser menos custosos.
Nesta categoria de crédito, a administradora analisa a situação financeira do comprador na contemplação, que acontece por sorteio ou lance.
Nesta categoria de crédito, a situação financeira do comprador é analisada na contemplação, que acontece por sorteio ou lance.
Com a carta de crédito em mãos, é mais fácil adquirir a propriedade à vista por um valor mais em conta do que o planejado inicialmente, já que o beneficiado recebe a quantia integralmente.
Afinal, vale a pena fazer empréstimo para comprar um imóvel?
Ao longo do texto, mostramos os inconvenientes de pedir dinheiro para instituições bancárias e financeiras e deixamos claro que não vale a pena fazer empréstimo para comprar um imóvel.
Se você pensou em pegar empréstimo para realizar seu sonho, não desanime! Existe uma opção mais segura e viável financeiramente para conquistar sua casa própria.
O consórcio permite escolher um plano adequado baseado nas suas condições financeiras e pagar parcelas mensais, sem juros, que cabem no seu bolso.
E o melhor de tudo, existe um contrato que prevê os direitos e as obrigações da administradora e do consorciado. Ou seja, todos os envolvidos na negociação seguem regras definidas e se beneficiam das características do plano.
Se você quer comprar seu imóvel de forma planejada, econômica e protegida, mas deseja conhecer melhor os detalhes desta linha de crédito, aproveite para aprender mais no blog da Racon: