Caso ainda não tenha ouvido falar nisso, saiba que o consórcio é uma forma de investimento. Nessa modalidade de compra coletiva, diversas pessoas se unem para montar um fundo comum (gerenciado por uma administradora) para comprar um determinado bem (casa, carro, moto etc.).

Em comparação com outras modalidades de crédito, o consórcio surge como uma alternativa duplamente interessante. Além de oferecer diferentes planos, que contemplam as necessidades de variados perfis, também se trata de um investimento bem rentável.

Quer entender melhor o que torna o consórcio tão atraente, ao ponto de ser uma alternativa de investir com pouco dinheiro? Veja, a seguir, algumas razões pelas quais o consórcio é considerado um investimento de baixo risco!

Definição prévia do valor da carta de crédito

Incerteza é uma palavra que causa temor e ansiedade quando o assunto é dinheiro, principalmente para o investidor conservador, ou seja, com baixa tolerância a risco. Já imaginou poupar certa quantia todos meses e, no futuro, não saber se vai obter alguma rentabilidade ou, ao menos, recuperar o investimento? É justamente esse tipo de situação que o investidor conservador evita ao máximo.

Sob essa ótica, o consórcio tem a vantagem da previsibilidade. Isso significa que você aplica seu dinheiro ciente do que acontecerá ao término da vigência do contrato. Então, é possível conhecer no ato da contratação o valor da carta de crédito e o prazo de pagamento do plano que você escolheu.

Com essas informações, você pode planejar sua vida financeira com mais eficiência, sem surpresas desagradáveis e, desse modo, conquistar o bem que deseja adquirir mais tranquilamente.

Flexibilidade para uso do valor

O consórcio também concede um benefício pouco conhecido pelo público em geral. Após ser contemplado e se tornar elegível para receber a carta de crédito, você tem plena liberdade de escolha. Na prática, isso significa que, ao contrário de outras formas de aquisição parcelada existentes no mercado, sua decisão de compra não é totalmente imutável.

Contanto que o bem de interesse se mantenha dentro da categoria do consórcio em questão, o consorciado fica livre para adquirir aquele que quiser. Então, se você participa de um consórcio de imóveis, por exemplo, pode selecionar qualquer imóvel. Isso se aplica, inclusive, com relação ao valor. Caso ele seja maior ao da carta de crédito, basta utilizar outras fontes de recursos para pagar a diferença. Na última hipótese, uma solução recorrente é a utilização do saldo do FGTS. Vale lembrar que é preciso estar de acordo com as regras de utilização.

Certeza da contemplação

Em aplicações financeiras, a possibilidade de algo dar errado e o investidor ver seu capital reduzido, é considerável. A propósito, até mesmo a caderneta de poupança, considerada um investimento de baixíssimo risco, já foi confiscada pelo governo, na década de 1990. Tudo isso apenas para lembrar que todo investimento tem algum tipo de risco, mesmo que mínimo.

A imensa diferença entre as alternativas do mercado é que, enquanto algumas são extremamente arriscadas, outras são muito seguras. No segundo grupo, o consórcio é um dos grandes destaques.

No consórcio você tem a certeza de que será contemplado com o valor estipulado em contrato. Isso significa que você não corre o risco de perder o valor investido, desde que mantenha seus pagamentos em dia. Vale lembrar que a contemplação pode ocorrer ao longo de todo o prazo de duração do grupo e que o acesso ao crédito não ocorre de forma imediata, ou seja, você passa por um processo de análise para liberação do crédito.

Uma maneira mais inteligente de acumular dinheiro do que a poupança, ele é composto por dois fundos. Além do fundo comum que é utilizado para as contemplações, você tem a proteção do fundo reserva. A função básica dele consiste em suprir diferenças financeiras causadas por certos eventos, como a saída ou inadimplência de algum integrante. Nesse ponto, vale ressaltar a importância da administradora de consórcios.

A instituição é responsável por assegurar que todos os membros do consórcio sejam contemplados. Para tanto, ela gerencia os referidos fundos e mantém a viabilidade financeira de todo o grupo consorciado.

Segurança garantida por meio de um contrato

Nas relações informais, por exemplo, quando se empresta dinheiro para algum amigo ou parente, é difícil comprovar algo que foi apenas falado entre as partes, concorda? Por outro lado, um contrato, com cláusulas que estabelecem direitos e deveres para os envolvidos, facilita o cumprimento do que foi acordado — inclusive na Justiça.

Nesse contexto, mesmo ao fazer um investimento de baixo risco, o investidor não quer abrir mão da segurança. Ele prefere contar com a descrição de todas as condições da aplicação devidamente registradas em um contrato. Ao aderir a um consórcio, você tem à disposição todo esse trâmite. No consórcio, o processo é feito de maneira simplificada e amigável.

Ausência de juros

A falta de juros embutidos nas parcelas também merece menção para explicar o baixo risco atrelado ao consórcio. Sem esse tipo de adição às parcelas, você não precisa se preocupar com um aumento repentino e elevado das cobranças mensais.

O que existe no consórcio é a taxa de administração, que é a forma de remuneração da administradora pelo seu trabalho de gestão e gerenciamento dos grupos. Mesmo que seja feita um comparativo ao longo dos meses, a diferença dos valores praticados pelo consórcio e por outras modalidades fica bem evidenciada.

Proteção do poder de compra

O consórcio, independentemente do bem envolvido, tem, sobretudo, o compromisso de assegurar que todos os participantes tenham as mesmas condições de compra. Dessa maneira, os valores das cartas de crédito são continuamente ajustados somente com o intuito de preservar o já mencionado poder de compra.

Imagine que você aderiu a um consórcio e só foi contemplado após 3 anos. Provavelmente, o valor daquele item tenha sofrido alterações no decorrer do período. Devido ao cuidado de atualizar as cartas de crédito à situação do mercado, a administradora impede qualquer prejuízo aos integrantes do consórcio.

A fim de que o mecanismo seja efetivo, a administradora se baseia em diferentes instrumentos. A depender do bem e do plano, ela costuma usar estes índices:

  • IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo);
  • Tabela Fipe;
  • INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) — muito comum em consórcios imobiliários.

Sem riscos de perder dinheiro tomando decisões erradas

Na maioria das vezes, aplicações financeiras exigem que o investidor tenha uma boa estratégia e se aprofunde em estudos, caso contrário é possível que ele tome decisões erradas sobre o investimento e tenha perdas financeiras.

Nesse sentido, o consórcio se mostra como uma opção mais simples de ser gerenciada, uma vez que não demanda um conhecimento profundo sobre o mercado financeiro e de investimentos, basta o consorciado ficar atento a todos os detalhes do contrato de adesão e seguir em dia com o pagamento das parcelas.

O valor do ativo não flutua

Quem conhece um pouco sobre o mercado de ações sabe que esse tipo de investimento é bastante ariscado, pois o valor dos ativos comprados flutua de acordo com o mercado. Assim, você assume o risco de perder dinheiro, pois o ativo pode ter seu valor reduzido por aspectos internos e externos a ele.

No consórcio não há esse risco, afinal, existe a garantia que você receberá o valor da carta de crédito de acordo com o que foi contratado. As únicas correções que acontecem com o valor da carta de crédito, são os reajustes a fim de manter o poder de compra do consorciado, assim como vimos anteriormente.

Fiscalização por parte do Banco Central

O consórcio é considerado uma invenção brasileira, a qual já possui mais de 50 anos. Por ser uma atividade que envolve dinheiro, essa modalidade é totalmente fiscalizada pelo Banco Central do Brasil (BACEN), que averigua se as administradoras possuem as condições para oferecê-lo.

No site da autarquia federal são divulgadas periodicamente as empresas que estão autorizadas a comercializar planos de consórcio. Basta realizar essa checagem para que você, finalmente, possa aderir a esse investimento de baixo risco, seguro e rentável. A conclusão não poderia ser outra: além de reunir diversas vantagens, o consórcio é investimento, o que o torna bem diferente de um financiamento, não?

Caso ainda esteja com dúvidas sobre o assunto, confira agora mesmo todas as diferenças entre o consórcio e o financiamento!