Precisa guardar dinheiro e não consegue? 8 dicas para ajudar você!

Existem diversas formas de se desenvolver uma disciplina financeira. Nesse sentido, guardar dinheiro é apenas um entre os muitos bons hábitos que podem ajudar você a construir uma vida mais tranquila e cheia de realizações.

Muito embora ser financeiramente organizado e dispor de uma reserva seja algo extremamente positivo, não são todas as pessoas que conseguem isso. No geral, o brasileiro não tem um perfil poupador.

Soma-se a esse hábito a longa crise econômica pela qual o país está passando, e chegamos aos 63,8 milhões de inadimplentes em janeiro de 2020, de acordo com levantamento feito pela Serasa Experian.

Como sabemos que você não deseja fazer parte dessa estatística, preparamos este artigo para falar um pouco mais sobre a importância de se guardar dinheiro e, ainda, para listar algumas dicas que podem ajudar você nessa tarefa. Continue a leitura e confira!

Quais as melhores formas de se conseguir guardar dinheiro?

Um dos meios básicos para se poder guardar dinheiro é ter a chamada educação financeira — um conceito de que você já deve ter ouvido falar. São muitas as estratégias e ações que podem ser adotadas para fazer o dinheiro sobrar no final do mês sem ter que abrir mão de uma vida confortável.

A seguir, reunimos 8 delas para você. Confira!

1. Pague as contas em dia

Pode parecer supersimples (e é!), mas essa é uma dica importante e não muito seguida. Ao pagar as contas em dia, você se livra de multas e juros e evita que as despesas acumulem para o mês seguinte, ficando cada vez mais difíceis de ser quitadas.

Portanto, liste todos os seus gastos fixos e já separe o dinheiro para eles. Entre os mais importantes, estão:

  • aluguel ou parcela da aquisição do imóvel;
  • taxas condominiais;
  • contas de luz, água, gás e telefone;
  • mensalidade escolar dos filhos;
  • internet.

2. Reveja os seus gastos

Sempre que queremos melhorar alguma coisa, devemos partir de um diagnóstico da situação atual. Por isso, liste todas as suas despesas, mas todas mesmo. Gaste um tempo com essa tarefa, porque certamente vão surgir coisas das quais você nem se dava conta.

Quer ver alguns exemplos? Pequenos gastos (como o cafezinho e a sobremesa depois do almoço), tarifas bancárias que você nem lembrava que existiam, despesas com transporte (como táxi e aplicativos) e vários outros.

Com essa lista em mãos, repense os seus gastos. Você precisa mesmo de TV por assinatura? Por exemplo, se o pacote custar R$250 por mês, são R$3.000 por ano. Em dez anos, são R$30.000, sem contar os rendimentos que você teria se colocasse esse dinheiro em uma aplicação financeira.

Se aplicar em um investimento que renda 0,3% ao mês, você chega ao fim desses dez anos com R$36.154, segundo a calculadora do cidadão do Banco Central. Dá para fazer bastante coisa com esse dinheiro, não?

3. Pense duas vezes antes de comer fora

Muitas famílias têm o hábito de comer fora todos os fins de semana, mas a verdade é que um almoço simples para quatro pessoas, por exemplo, pode custar cerca de R$250. Se fizer isso toda semana, são R$1.000 a menos na conta bancária.

Vamos fazer o mesmo exercício do item anterior: R$1.000 por mês são R$12.000 por ano e R$120.000 em dez anos. Com juros de 0,3% ao mês, esse número sobe para R$144.618. Assustador, não é? Dá para dar entrada em um bom imóvel.

Além disso, repense as suas refeições durante a semana. Em vez de gastar R$30 todos os dias no almoço, considere levar a sua marmita. É mais saudável, você se alimenta melhor e gasta muito menos.

Por fim, vale dizer que comer fora, muitas vezes, também é uma forma de lazer e socialização. Então, a ideia não é nunca mais fazer isso, apenas reduzir e racionalizar.

4. Separe o seu dinheiro por semana

Quem é assalariado costuma receber uma vez por mês, mas é difícil controlar o dinheiro em um período tão longo. Para evitar esse problema, separe as suas contas por semana e faça esse planejamento com antecedência.

Vamos imaginar que você tenha uma renda líquida de R$3.000. Na semana seguinte, vai precisar pagar a escola do seu filho, no valor de R$500, uma conta de luz de R$130 e a internet, que custa R$70.

Além disso, tem o dinheiro para o dia a dia: mercado, transporte etc. Estipule um valor diário, como R$30 — ou seja, R$210 na semana. Então, coloque uma "gordurinha" de, por exemplo, R$50 para imprevistos, como um remédio ou um presente para algum aniversariante.

Temos R$260 para a semana mais R$700 de gastos fixos, o que dá R$960. Deixe esse valor na sua conta bancária, pague o que tiver que pagar e programe-se para viver com os R$260 até a semana seguinte. Isso evita compras por impulso, com aquela lógica de que “cabe no orçamento”.

5. Tenha cuidado com o crédito

Vamos ser bem claros: o crédito é um dinheiro que você não tem. Muita gente tem o (mau) hábito de incorporar o limite do cheque especial e do cartão de crédito ao seu orçamento. No caso do cheque especial, você vai pagar caro por ele toda vez que usar.

Já o cartão de crédito é um pouco diferente: ele pode ser muito útil se você for disciplinado, mas também pode se mostrar um grande vilão da sua saúde financeira.

Como a maioria das pessoas que não têm dinheiro guardado também não têm disciplina, o melhor é deixar o cartão de lado antes que você se enrole com ele e acabe pagando juros e mais juros.

Isso não significa que você não pode ter nenhum cartão, já que ele é necessário em diversas situações. Apenas deixe-o em casa, longe das tentações. Outra dica: não salve o número do cartão nas lojas online. Isso vai dar um tempo para você pensar antes de fazer uma compra por impulso.

6. Repense o seu carro

Um carro é quase tão caro quanto bancar um filho. Tem IPVA, seguro, combustível, manutenção, depreciação do bem, gastos com estacionamento e, dependendo do caso, a prestação do parcelamento.

Dependendo da sua situação, vale muito a pena viver sem carro, mesmo que você use os aplicativos de transporte quando preciso. Ainda assim, sabemos que, para muitas pessoas, o automóvel é uma necessidade. Se for esse o seu caso, opte por um carro econômico.

7. Use um aplicativo de finanças

A tecnologia também pode ajudar a controlar o orçamento doméstico. Para isso, existem diversos aplicativos de finanças excelentes, como o MoneyLover e o Monefy. Eles mostram relatórios com um visual atraente e fácil de entender e emitem notificações quando você atinge o limite de gastos. Ainda, é possível consultar e gerenciar tudo pelo seu smartphone, de onde estiver.

8. Invista para conseguir guardar dinheiro

Nossa última dica é infalível: invista como se estivesse pagando uma conta. Você recebe o seu pagamento e começa a quitar os seus débitos: aluguel, condomínio, luz e investimento. Exatamente: defina um valor a ser aplicado por mês e trate-o com a mesma prioridade com que trata as suas contas.

Sabe aqueles R$250 da TV por assinatura? Que tal deixar esse luxo de lado e aplicar o valor? Uma boa forma de conseguir se disciplinar para fazer isso é entrando em um consórcio. Assim, existe, de fato, a obrigação de pagar aquela quantia todo mês, mas ela vai se reverter para você mesmo, na forma de uma carta de crédito quando você for contemplado.

Onde guardar o seu dinheiro?

Agora que você já conhece algumas das melhores estratégias para guardar o seu dinheiro, uma dúvida que pode surgir é em relação ao que fazer depois disso, já que mantê-lo embaixo do colchão não é nada recomendado.

Hoje, existem diferentes maneiras de guardar o seu dinheiro de forma segura e, ainda, fazê-lo render. Confira, a seguir, algumas das melhores opções que você tem à disposição!

Poupança

A poupança é uma das formas mais simples e utilizadas para se guardar dinheiro. Hoje, praticamente todos os bancos oferecem esse serviço de forma gratuita, facilitando a vida de quem busca uma alternativa segura e simples para guardar o seu dinheiro.

A grande questão é que a poupança tem um rendimento bastante reduzido e, em certos casos, menor até do que a própria inflação. Por essa razão, muitos especialistas não recomendam colocar dinheiro nesse tipo de aplicação.

CDB

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é, sem dúvida, uma das maneiras mais seguras de se guardar dinheiro, já que essa é uma modalidade de investimento de baixíssimo risco.

Na prática, no CDB, você “empresta” seu dinheiro ao banco, o qual, em contrapartida, fica obrigado a pagar a você uma compensação financeira ao final de um determinado período.

Tesouro Direto

Outra forma de você não apenas guardar, mas verdadeiramente aplicar o seu dinheiro é por meio do Tesouro Direto, que nada mais é do que um título público de renda fixa emitido pelo Tesouro Nacional, que é um órgão do governo federal.

Ao aplicar no Tesouro Direto, na prática, você está emprestando dinheiro ao governo. Em troca disso, o governo paga uma remuneração a você.

Quais aspectos dificultam a economia financeira?

Embora muitas pessoas até tenham o desejo de poupar uma parte do salário, seja para investir em algo ou simplesmente para ter uma reserva emergencial, a verdade é que nem todos conseguem.

Os motivos que levam a essa realidade podem ser os mais variados. No entanto, existem algumas situações bastante comuns que atrapalham quem tem o objetivo de guardar dinheiro. Vejamos!

Gastar mais do que ganha

Se você gasta mais do que ganha, ao final do mês, o resultado só pode ser um: endividamento. Por isso, o controle financeiro e a mudança de hábitos em relação ao consumo, por exemplo, fazem toda a diferença para quem deseja poupar.

Não conhecer gastos fixos e variáveis

Outra situação que pode dificultar bastante a sua vida financeira é não ter conhecimento sobre os seus gastos. Sem esse controle, fica impossível identificar quanto do seu salário quita despesas fixas e o quanto é direcionado a despesas variáveis. Além disso, é difícil saber quanto da sua renda está sendo destinado a gastos não essenciais ou supérfluos.

Não pagar contas em dia

Como vimos no começo deste conteúdo, esse é um dos hábitos mais prejudiciais para quem deseja guardar dinheiro. Isso porque todas as vezes que uma conta não é paga na data correta, especialmente faturas de cartão, há a cobrança de juros. Ou seja, uma parte dos seus ganhos é consumida com o pagamento de juros, algo totalmente desnecessário e evitável.

Agora que você já sabe o que fazer para começar a guardar dinheiro e garantir um futuro mais tranquilo para você e sua família, não pare por aqui. Aproveite para baixar o nosso eBook com um guia completo para o controle financeiro!

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