Qual a melhor forma de comprar um imóvel e como escolher?
O imóvel próprio é um dos maiores símbolos de independência financeira que uma pessoa pode adquirir. Porém, ser independente não significa, necessariamente, ter a quantia total para pagar o bem à vista. Por outro lado, se na hora de escolher sua propriedade você seguir um planejamento adequado, fica mais fácil realizar seu sonho. Para isso, é vital saber qual a melhor forma de comprar um imóvel.
Neste artigo, você vai conhecer as principais opções de pagamento para adquirir sua propriedade e como escolher a forma de comprá-la.
Também vamos apresentar as vantagens do consórcio para compra de imóvel e as diferenças básicas entre essa modalidade de crédito e o financiamento tradicional.
Para descobrir qual a melhor forma de comprar um imóvel, continue a leitura!
Qual a diferença entre consórcio e financiamento?
Antes de saber qual a melhor forma de comprar um imóvel, é fundamental compreender as principais diferenças entre consórcio e financiamento. Confira!
Consórcio
- A compra do bem não é imediata. O consorciado deve esperar a contemplação da carta de crédito por sorteio ou lance;
- O consorciado não precisa dar nenhum valor de entrada;
- Esta modalidade de crédito não cobra juros;
- O valor da carta de crédito possibilita negociar com maiores descontos para pagar o imóvel à vista;
- Esta categoria tem variedade de opções de prazo e crédito;
- Os integrantes do consórcio pagam apenas a taxa de administração incluída nas parcelas mensais;
- Os consórcios são menos burocráticos no processo de análise de crédito.
Financiamento
- Esta categoria permite adquirir o bem assim que o crédito é liberado;
- Quem escolhe o financiamento precisa dar um valor de entrada. Geralmente, o valor corresponde a 20% do total do preço do imóvel;
- A pessoa que adere ao financiamento está sujeita a pagar impostos e juros, o que pode exigir mais planejamento financeiro, especialmente quando a taxa Selic aumenta;
- As instituições permitem parcelar o financiamento, porém existe a cobrança de juros compostos nas cotas mensais;
- Em algumas situações, após a liberação do financiamento é viável usufruir do imóvel;
- A burocracia é maior devido às instituições bancárias fazerem uma análise de crédito e exigirem garantia de pagamento de quem adquire o financiamento.
Saiba qual a melhor forma de comprar um imóvel
Agora que conhece as diferenças básicas entre consórcio e financiamento, chegou o momento de saber qual a melhor forma de comprar um imóvel. Veja a seguir!
Pagamento à vista
Esta forma de pagamento pode ser a mais difícil para a maioria das pessoas; por isso, merece atenção maior. Afinal, um imóvel é um bem de alto valor, que se a aquisição não for planejada de forma adequada, pode impactar as economias dos compradores.
A menos que você já tenha uma boa quantia em dinheiro guardada, comprar uma propriedade à vista exige disciplina para economizar, e pode custar muito tempo.
Por outro lado, quem possui o valor integral do bem para pagar de uma só vez também tem um poder de negociação maior junto ao vendedor. Se for o seu caso, o que é um privilégio, deve solicitar um desconto considerável.
No entanto, antes de adquirir uma casa ou apartamento próprio com esta forma de pagamento, recomendamos fazer as contas com calma. Assim, você identifica se não é mais vantajoso aplicar o dinheiro em algum investimento, cujo rendimento dê para pagar as prestações e ainda preservar sua reserva financeira.
Financiamento com a construtora
Algumas construtoras financiam com recursos próprios os imóveis que vendem. É uma maneira de oferecer maior flexibilidade nas negociações do que os financiamentos bancários, que veremos a seguir.
Quando o empreendimento é um loteamento de imóveis comerciais, o financiamento com a construtora é mais comum, mas também há a possibilidade de usar essa modalidade de pagamento para propriedades residenciais.
Porém, o financiamento feito diretamente pela construtora costuma ser menos burocrático e em prazo menor do que o concedido pelos bancos. Afinal, as instituições bancárias têm mais dinheiro para negociar e contam com as garantias da Caderneta de Poupança e de Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS). Ou seja, você terá que fazer frente a condições de pagamento mais pesadas.
Quem pensa em recorrer ao financiamento direto com o empreendedor deve atentar para os juros e as formas de correção de valores. Durante a obra, a construtora utiliza o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M), que mede a inflação do setor.
Após a entrega das chaves, normalmente o reajuste é feito pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, ou pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE.
Ambos aferem a inflação geral do mercado. Há também quem utilize a variação do Custo Unitário Básico (CUB) no cálculo dos reajustes, que é outro índice atrelado à construção civil.
Financiamento bancário
Com o financiamento bancário, a instituição concede o crédito que o comprador precisa para pagar parte do valor do bem adquirido.
Uma das modalidades é concedida pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que trabalha com recursos da Caderneta de Poupança e do FGTS, e pode ser utilizado para a compra de imóveis com valor até R$ 1,5 milhão.
O prazo máximo de financiamento é de 30 anos. Vale destacar que é viável financiar até 70% dos imóveis usados e 90% dos imóveis novos, conforme a permissão do Banco do Brasil.
Para quem opta pelo FGTS, há também o Programa de Crédito Habitacional ao Cotista do FGTS (Pró-Cotista), que tem regras semelhantes às do SFH, mas é exclusivo para trabalhadores que contribuem com o Fundo de Garantia.
Existe também o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), o qual utiliza recursos de instituições financeiras e de grandes investidores, que costumam cobrar juros mais altos do que os do SFH.
Este sistema é regido pela Lei Federal nº 9.514/1997 e tem prazo máximo para pagamento de 35 anos. Não há limite de tempo para imóveis com valores acima de R$ 750 mil, que podem ter até 75% do valor total financiado.
Por fim, existem programas do Governo Federal que visam financiar imóveis populares com valor máximo de R$ 230 mil — esse limite pode ser bem menor dependendo da cidade — para famílias com renda entre R$ 1,6 mil e R$ 5 mil.
Consórcio
Regulamentados pelo Banco Central, os consórcios têm boa aceitação dos compradores de imóveis por várias razões.
O primeiro motivo é que as pessoas podem financiar 100% do bem, da mesma forma que ocorre com o consórcio de veículos. Isto é, o valor do imóvel fica condicionado somente à capacidade de pagamento que o consorciado tem.
A segunda questão que incentiva a adesão desta modalidade de crédito é o fato de cobrar apenas uma taxa de administração, não há cobrança de juros.
A terceira questão é a capacidade de compra ser assegurada. Essa possibilidade existe pelo valor acumulado ser corrigido ao longo do tempo.
Há ainda a facilidade de pagamento e uma vantagem adicional que merece destaque: o poder de negociação que o integrante adquire com o consórcio.
Vale dizer que, no momento em que o participante é contemplado e recebe a carta de crédito, ele tem em mãos a quantia total para pagar o imóvel. Assim, conta com a mesma força de negociação da pessoa que possui dinheiro para quitar à vista. Dessa forma, o beneficiado também pode pedir descontos consideráveis.
O consórcio permite tentativas de buscar a contemplação mais rapidamente. Essa opção existe devido aos consorciados poderem dar lances nas assembleias de contemplação mensais.
O integrante que tiver o lance vencedor recebe a carta de crédito para adquirir o bem desejado. Assim, caso você tenha alguma economia, incluindo o FGTS, pode se beneficiar desse recurso.
Além disso, existe a possibilidade de contar com o elemento sorte, que permite antecipar o recebimento do dinheiro, uma vez que nas assembleias acontecem os sorteios entre os participantes.
Após entender as opções de pagamento existentes, é importante saber como escolher a forma de adquirir um imóvel.
Leia também: Conheça os direitos e deveres do consorciado
Como escolher a forma de comprar um imóvel?
Listamos algumas dicas práticas para considerar antes de definir qual a melhor forma de comprar um imóvel. Veja a seguir!
1- Avalie o valor do imóvel e o orçamento disponível
O valor do imóvel que deseja adquirir é determinante na escolha da forma de pagamento.
Portanto, antes de procurar uma casa ou apartamento para comprar, tenha em mente quanto pretende investir em moradia.
2- Pesquise o mercado de imóveis
Uma vez que sabe o valor que pode investir na aquisição de uma propriedade, chegou a hora de conhecer as opções de imóveis do mercado.
Ao pesquisar o bem, é fundamental avaliar a localização, o tamanho, a estrutura e as condições do empreendimento e a segurança do bairro onde pretende morar.
Não tenha pressa nesta etapa. Afinal, adquirir um imóvel próprio é uma decisão importante que pode impactar sua vida financeira.
Sendo assim, leve o tempo que for preciso para escolher a melhor opção que atenda às suas necessidades.
3- Analise os juros e as taxas
Outro fator importante para escolher qual a melhor forma de comprar um imóvel são os juros e as taxas existentes em cada tipo de operação.
É essencial verificar os percentuais praticados em cada uma das hipóteses mencionadas — com exceção do pagamento à vista — antes de tomar uma decisão final sobre a aquisição de uma propriedade.
4- Escolha o prazo ideal para pagamento
Outra dica relevante é escolher o prazo ideal para pagamento. Existem casos em que os juros são mais atrativos, no entanto, o prazo é muito curto, o que aumenta os valores das parcelas e compromete as finanças do comprador.
De qualquer forma, é primordial verificar as suas finanças. Se for possível, opte por um prazo de pagamento menor, mas sempre respeite e observe a sua capacidade de pagamento. Esse fator está ligado ao valor da parcela, sendo assim, o ideal é que nunca ultrapasse 30% de todos os seus ganhos mensais.
5- Analise as formas de pagamento
Você deve analisar criteriosamente todas as modalidades de pagamento mencionadas neste artigo para quitar seu imóvel com tranquilidade e segurança.
Para não comprometer suas economias, recomendamos dar uma atenção especial às opções de pagamento e analisar as características, vantagens, desvantagens e qual a forma que melhor se adapta à sua realidade financeira.
6- Negocie o valor do imóvel
Após ter passado pelas etapas anteriores, chegou o momento de negociar o preço do imóvel que pretende adquirir.
Ofereça a quantia ideal para pagar, mesmo que seja menor do que o valor divulgado pelo proprietário.
Uma vez alinhado o preço final da propriedade, é crucial definir as condições do contrato.
7- Verifique a documentação e os impostos do imóvel
Antes de assinar o contrato da aquisição do imóvel, é indispensável avaliar toda a documentação: registro no cartório, matrícula, certidão de inteiro teor e a certidão negativa de débitos.
Também é essencial verificar os impostos inseridos na compra, como Imposto de Transmissão de Bens e Imóveis (ITBI) e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
8. Faça um planejamento financeiro
Por fim, após analisar as dicas que mencionamos, é fundamental traçar um planejamento financeiro para adquirir seu imóvel próprio. Portanto, avalie e prepare suas finanças antes de realizar a aquisição do bem, independentemente da opção de pagamento escolhida.
Sabemos que a compra de uma casa ou apartamento mexe com o emocional das pessoas, uma vez que para muitos é um sonho de longa data.
Para não tomar uma decisão errada, é necessário ser racional e estabelecer um plano de ação estratégico para honrar com o pagamento das parcelas até o término do contrato de financiamento ou consórcio.
Para começar, você deve analisar seus ganhos e suas despesas, reduzir o consumo e verificar a possibilidade de criar fontes de renda alternativas para aumentar seu rendimento mensal.
Quais as vantagens do consórcio para compra de imóvel?
Para saber se o consórcio é uma boa alternativa para comprar seu imóvel, é fundamental conhecer suas vantagens. Veja!
- Isenção de pagamento de entrada: os consorciados não precisam dar entrada ao comprar um imóvel. O valor da carta de crédito viabiliza o pagamento total do bem;
- Diversidade de prazos e planos: as administradoras oferecem diferentes prazos e planos para facilitar a adesão no consórcio. Assim, você pode escolher o valor da carta de crédito, a quantia que cabe no bolso para quitar as parcelas e o tempo de pagamento;
- Redução de carga tributária: só é necessário pagar a taxa de administração e o fundo de reserva. Ambos estão embutidos nas cotas mensais;
- Possibilidade de usar parte do FGTS: você pode usar o Fundo de Garantia para ofertar lances e tentar antecipar a contemplação;
- Aumento do poder de compra do imóvel à vista: ao ser contemplado com a carta de crédito, o beneficiado recebe o valor integral, conforme previsto em contrato. Assim, pode negociar para obter desconto na compra da propriedade;
- Planejamento de aquisição do bem: o consórcio permite se programar para quitar a compra do seu imóvel com parcelas mais baixas e sem juros;
- Chance de antecipar a compra: os integrantes podem dar lances para tentar receber a carta de crédito antes do planejado. O valor dessas cotas deve ser maior do que as parcelas mensais;
- Menos burocracia: a burocracia é menor do que a de outras formas de compra. No consórcio, ao ser contemplado, é necessário comprovar a renda e apresentar os documentos. Após a validação e a aprovação da análise de crédito, o dinheiro é liberado.
Conte com a Racon para conquistar o seu imóvel próprio
Saber qual a melhor forma de comprar um imóvel e algumas dicas de como escolher, sem dúvida alguma é um facilitador para realizar o seu sonho.
Entendemos que todo consumidor deseja economizar ao adquirir uma propriedade. Por isso, listamos neste artigo algumas vantagens do consórcio.
Porém, se você ainda tem dúvida sobre o consórcio, convidamos a fazer uma simulação no site da Racon. Assim, fica mais fácil decidir com calma a compra do seu bem.