Quais perguntas fazer a si mesmo antes de comprar um imóvel?

Comprar um imóvel é um excelente negócio! Adquirir patrimônio e sair do aluguel são atitudes inteligentes para quem deseja economizar e garantir estabilidade financeira a longo prazo. Se você está pensando nisso, não tenha dúvidas de que esse é o caminho certo.

Mas outras questões podem colocar em risco seu investimento. Você já parou para se questionar se é o momento ideal para tomar essa decisão ou se as condições de compras são atrativas? É importante fazer as perguntas certas, que vão nortear suas escolhas rumo ao sucesso.

Quer saber quais são elas? Confira cada uma abaixo!

Preciso comprar um imóvel agora?

Seja qual for a razão da sua decisão, você deve se perguntar se é a hora certa de fazer essa escolha. Se você financiar seu novo imóvel, estará adquirindo um compromisso de longo prazo. São anos (talvez décadas!) pagando parcelas que podem, futuramente, não ser compatíveis com sua realidade.

Por tomar decisões sem pensar, muitas vezes pagamos caro: os juros dos financiamentos bancários são altos, e mesmo aqueles feitos pelo Sistema Financeiro de Habitação podem aumentar muito o valor do imóvel. Às vezes, um preço de compra baixo acaba perdendo suas vantagens por causa das condições do contrato.

Portanto, se não for algo urgente, espere até ter certeza do melhor momento, ou você corre o risco de deixar que a pressa prejudique suas finanças.

Quais benefícios terei ao comprar um imóvel?

A compra de um imóvel deve trazer benefícios — e não problemas! Ao tomar essa decisão, você precisa ter algum retorno, como:

  • sair do aluguel;
  • incrementar sua renda com a locação;
  • melhorar sua qualidade de vida;
  • economizar nos deslocamentos familiares, entre outros;

Às vezes, você precisa sair de onde está nem tanto por uma questão financeira, mas porque o ambiente é insalubre ou oferece riscos aos moradores.

No entanto, também é preciso ter retorno positivo no orçamento familiar. O aluguel que está pagando agora, por exemplo, deve ser preferencialmente mais alto que a prestação do novo imóvel, assim você terá economia real. Portanto, avalie quais os benefícios que a compra trará. Quanto mais puder elencar, melhor.

Mas atenção: faça essa avaliação com sinceridade e não engane a si mesmo! Se você fizer essa lista se baseando no entusiasmo para justificar a compra, vai acabar se frustrando ao perceber que nem todos os pontos positivos se tornaram realidade.

Por que essa é uma necessidade urgente?

Se você realmente tem certeza que precisa desse imóvel para ontem, a pergunta é: por quê? Se a justificativa for que o preço é muito bom, ótimo! Mas se você não atentar para os juros e custos (como tarifas bancárias), pode acabar perdendo essa vantagem.

E mesmo que já tenha dinheiro suficiente para uma compra à vista, considere se não é um risco a sua segurança financeira se descapitalizar tanto. Caso fique sem recursos extras, você pode passar dificuldades diante de imprevistos ou emergências. Além disso, o capital utilizado para a aquisição do imóvel poderia estar sendo investido, rendendo juros e trabalhando a favor da sua aposentadoria.

Tudo isso precisa ser levado em conta. A menos que você esteja diante de uma situação realmente urgente, em que a segurança, a saúde ou o bem-estar da sua família esteja em risco, vale mais a pena se planejar para a compra do que tomar uma decisão impensada e se arrepender depois.

Por isso, antes de bater o martelo, avalie com cuidado as condições de compra e as características que atendem as suas necessidades. Dessa forma, você não se preocupa em trocar de casa ou fazer reformas que vão trazer mais custos posteriormente.

Qual o tamanho ideal para o imóvel?

Um aspecto que deve ser considerado é o tamanho. Famílias maiores exigem mais espaço. Assim, planeje o número de cômodos ideal e leve em conta:

  • o total de quartos que a família precisa;
  • a quantidade de suítes que o imóvel deve ter;
  • a necessidade de um quarto de hóspedes para receber familiares ou amigos;
  • a importância de uma área de estudos ou biblioteca;
  • o tamanho dos cômodos para comportar sua mobília;
  • a existência de áreas de lazer, serviço, salas de exercícios, entre outros.

Foque no imóvel ideal e, em seguida, diferencie as áreas fundamentais das opcionais. Dessa forma, você saberá exatamente o que quer e também poderá estabelecer um limite mínimo para atender ao que precisa.

Além do espaço construído, é importante avaliar a necessidade de haver sobra de terreno, o que é comum quando se tem animais domésticos ou filhos menores — assim, eles terão áreas livres para brincar.

Que tipo de imóvel atende minhas necessidades?

Além do tamanho, você precisa definir se há limitações no tipo de imóvel. Algumas famílias têm características particulares, como pessoas com dificuldades de locomoção. Nesse caso, um apartamento ou um sobrado talvez imponham restrições. Outras prezam pela segurança e dão prioridade a imóveis em condomínios fechados.

Observe quais as necessidades e preferências da sua família e estabeleça limites para a busca, excluindo as opções que não se enquadram no perfil ideal.

O imóvel é compatível com meu padrão de vida?

Certamente, depois de rascunhar tudo isso, você terá uma boa visão do imóvel perfeito para sua família. Agora, resta saber se ele está dentro das suas condições financeiras e padrão de vida.

Claro, todo mundo busca o melhor possível. É natural que você queira morar no melhor bairro, ter uma casa com piscina ou buscar imóveis com closets e fino acabamento. Mas pense naquilo que é compatível com seu orçamento.

Com isso, não queremos dizer que você deve se conformar com pouco — nada disso! A gente tem mesmo que querer sempre o melhor. Mas escolher um imóvel acima de suas posses pode comprometer o investimento. Lembre-se que, depois de feita a compra, você vai arcar com as parcelas por bastante tempo. Se elas forem um sacrifício muito grande, qualquer pequeno deslize no controle das finanças pode colocar tudo a perder.

O imóvel não pago fica sujeito a retomada e todo seu planejamento corre o risco de ir por água abaixo. Portanto, escolha o melhor possível, mas dentro das suas condições financeiras.

Quais os custos dessa aquisição?

E, por falar em finanças, chega a hora de avaliar quanto sai o imóvel que você quer e precisa. Existem algumas opções, então, comece a fazer pesquisas sobre os custos de cada uma delas.

Por exemplo:

  • no financiamento, considere a taxa de juros e os gastos embutidos. Lembre-se de solicitar a informação do Custo Efetivo Total (CET), que é de fornecimento obrigatório;
  • no consórcio, avalie as taxas cobradas (taxa de administração, fundo de reserva e seguro, quando contratado).
  • no pagamento à vista, faça um paralelo com o custo de oportunidade. Veja quanto seu dinheiro poderia estar rendendo durante o período correspondente ao pagamento do consórcio ou financiamento. Se o percentual for maior é mais vantajoso deixá-lo rentabilizar do que gastá-lo!

No fim das contas, você sempre deve se guiar pela opção que conferir maior economia.

Posso assumir esse compromisso?

Se você analisou quanto cada opção custa e escolheu a melhor, chegou a hora de consultar seu orçamento pessoal. Avalie se a parcela cabe no seu bolso, sem prejuízo dos outros compromissos assumidos.

Lembre-se também que a compra incorre em outras despesas, como pagamento de entrada, IPTU, imposto de transferência de propriedade e taxas de cartório. Qualquer dúvida sobre sua capacidade de pagamento precisa acender um alerta, já que o principal objetivo da aquisição é melhorar sua situação, e não o contrário.

Depois de se perguntar tudo isso, você certamente se sentirá mais confiante para tomar decisões acertadas. Avalie a possibilidade de investir em um consórcio (bem mais econômico que um empréstimo ou financiamento) e esperar um pouco até a contemplação, em vez de priorizar uma urgência que pode ser bem prejudicial.

Chegou à conclusão de que realmente deve comprar um imóvel? Então, confira tudo o que você precisa saber sobre o consórcio para essa aquisição e faça uma escolha consciente e inteligente!
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