Muitas vezes, comprar um carro seminovo é um ótimo negócio. Isso porque é possível encontrar veículos em bom estado de conservação e com um preço mais acessível. No entanto, é preciso tomar certos cuidados, como descobrir qual a quilometragem ideal para comprar um usado.
Conhecer esse número é fundamental para fazer uma boa compra. Aliás, até quantos km rodados vale a pena comprar? Quando a aquisição de um veículo usado se mostra como uma grande oportunidade? Como conferir a quilometragem do carro?
Se você tem essas dúvidas, está no lugar certo! Nós explicamos tudo neste post para você investir em um veículo próprio e não se arrepender depois. Acompanhe!
Qual a quilometragem ideal para comprar um usado?
O mais indicado é comprar um carro com até 10 mil quilômetros rodados. Porém, é raro que as pessoas se desfaçam de um veículo após tão pouco tempo de uso. Nesse caso, a quilometragem ideal para adquirir um usado é entre 10 e 60 mil km rodados.
Isso não significa que todo veículo que já tenha ultrapassado os 60 mil quilômetros seja uma escolha ruim. Porém, carros com essa quilometragem ou mais já rodaram o suficiente para causar deterioração de itens elementares para o pleno funcionamento do automóvel.
O desgaste natural das peças do veículo pode ser reduzido com a adoção dos cuidados para aumentar a vida útil do carro. Por isso, é necessário realizar manutenções preventivas regularmente.
Contudo, para o comprador, é difícil saber o grau de cuidado que o proprietário anterior tinha com o automóvel, e isso pode se tornar uma dor de cabeça.
Como comprar um usado diretamente com o proprietário?
Se você pretende fazer a compra diretamente com o proprietário, negocie com pessoas de confiança e que talvez você conheça, como amigos e parentes. Assim, será um pouco mais fácil descobrir se o antigo dono cuidava bem do veículo. Outra dica importante é optar por carros que tiveram poucos proprietários.
Quando um veículo passa de uma pessoa para a outra, o padrão de uso também muda, e isso pode causar um desgaste irregular nas peças.
Por exemplo, talvez o primeiro proprietário tenha sido mais cuidadoso com o carro. Na prática, isso significa que ele era adepto de uma direção econômica, menos dependente de freadas bruscas.
Por outro lado, existe o risco de o segundo dono representar um perfil avesso ao do primeiro, ou seja, praticante de uma direção agressiva, marcada pelo rápido comprometimento do disco de freio.
Além disso, quando um carro é transferido de titularidade com frequência, é possível que ele tenha algum vício oculto e que cada comprador tenha tentado se livrar dele o mais rápido possível.
Qual a importância de verificar a quilometragem de carros usados?
É importante saber como conferir a quilometragem do carro para evitar comprar veículos deteriorados ou com problemas ocultos, daqueles que só dá para saber com o tempo e o uso. Outro ponto é quando você for passá-lo adiante: quanto mais rodado, menor será o preço de revenda.
Afinal, se estiver em busca do primeiro carro ou apenas com o intuito de trocar seu veículo, você não ficará com ele para sempre. Então, é necessário se planejar para, no futuro, vender o carro.
Na maioria dos casos, os quilômetros rodados contam pontos desfavoráveis durante a negociação. Há uma boa chance de a oferta pelo seu modelo cair antes de se fechar o negócio. Seu carro pode estar em perfeito estado de conservação. Mesmo assim, você pode ouvir comentários do tipo “mas essa quilometragem está alta”.
Logo, antes de adquirir um carro, tenha em mente todos os fatores que contribuem para a depreciação de veículos, como os quilômetros rodados, o estado de conservação geral e o consumo médio de combustível na cidade e na estrada.
Também é fato que a quantidade de quilômetros percorrida pelo carro não é sinônimo de má conservação. Existem ótimos veículos com mais de 100.000 quilômetros rodados. Justo ou não, o valor de mercado do carro será maior ou menor de acordo com a posição apontada pelo hodômetro.
Quais os riscos de comprar um carro com quilometragem muito alta?
Quando a quilometragem alta está associada ao tempo de vida do veículo, existe um adicional importante: a diminuição da taxa de segurança. Um carro mais rodado possui maiores chances de ter peças deterioradas ao longo do período. E, além da segurança, há o risco de gastar mais com manutenção.
Anteriormente, nós mencionamos que há carros com quilometragem superior a 100.000 km em bom estado. Isso acontece com mais frequência do que se imagina, essencialmente devido à quilometragem excessiva.
Se o motorista anterior do veículo transitava muito por rodovias, por exemplo, é natural que o carro apresente uma quantidade de quilômetros fora do inicialmente desejável.
Já um automóvel que percorre mais estradas do que as vias urbanas internas das cidades sofre menos desgastes. O carro pode nem ser tão velho como o hodômetro faria alguém mais desatento supor.
Entre outras coisas, o conjunto da obra pode se transformar em um grande problema nas mãos do novo proprietário — que pode ser você.
Como nem sempre a quilometragem está atrelada ao estado de conservação de um veículo, a avaliação de carros também deve se embasar em outros pontos. Conheça os principais deles na sequência!
Quando evitar a compra de um usado?
De maneira geral, não é indicado comprar carros usados com quilometragem acima de 60 mil quilômetros rodados. Também é bom evitar automóveis que não tenham dados atualizados sobre a troca de óleo e outras manutenções. Fuja de situações em que o carro está mal conservado e apresenta barulhos e trepidações.
Se as indicações sobre a última troca de óleo não forem encontradas, isso pode ser um sinal de que ela não é feita há muito tempo, o que compromete o funcionamento do motor e a própria segurança do condutor e dos passageiros.
Apesar de a quilometragem ser um indicador importante do estado de conservação do carro, outros aspectos precisam ser observados, como:
- barulhos estranhos vindos do motor;
- pontos irregulares na pintura do carro — isso pode ser um sinal de que o veículo sofreu alguma batida e ela foi disfarçada;
- bancos em mau estado;
- marcas de ferrugem;
- fumaça excessiva durante a aceleração;
- excesso de componentes que não são originais de fábrica;
- vidros elétricos com algum defeito ou que não estejam funcionando corretamente;
- borrachas soltas ou mal encaixadas, que podem indicar desde desleixo do proprietário até a suspeita de que o carro já passou por enchentes;
- falhas nas rodas e nos pneus — mesmo que possam ser eliminadas após substituição dos itens ou alinhamento e balanceamento, peça um desconto na compra pela necessidade dos serviços.
O que conferir na compra de um usado?
Se você quer fugir das manutenções caras, evite comprar um modelo que já saiu de linha. Isso porque pode ser mais difícil encontrar peças de reposição e mecânicos que saibam lidar com esse tipo de carro.
Sempre procure conferir o histórico do veículo, bem como sua documentação. Pesquise se há restrições e se o carro é objeto de processo judicial. Faça uma pesquisa no Detran do seu estado. Caso você compre um carro com pendências, elas passarão a ser sua responsabilidade.
Por fim, nunca compre um carro antes de fazer um test drive. Nesse momento, além de avaliar se o veículo é confortável para você, analise com calma o painel, o sistema de freios e o estado de conservação do volante.
Como conferir a quilometragem do carro?
Para conferir a quilometragem do carro, é necessário se atentar a alguns pontos, como a verificação dos documentos, do painel, dos desgaste do veículo, da conservação dos pneus etc. Para evitar comprar um usado com quilometragem adulterada, é recomendado que o veículo passe por avaliação de um mecânico de confiança.
Infelizmente, não é incomum que o proprietário, ou mesmo a revendedora de usados, tente fraudar o hodômetro do carro para conseguir um preço melhor no momento da venda. Por isso, é importante observar esses fatores para se certificar que a quilometragem indicada está correta.
Veja algumas dicas de como identificar uma possível quilometragem adulterada!
1. Confira a documentação
Verifique o manual de revisões e confira se as datas estão corretas, se não faltam páginas ou se existem rasuras.
Compare as quilometragens anotadas nos registros das manutenções para detectar alguma possível irregularidade. Por fim, tenha atenção ao ano de fabricação do veículo e das peças para confirmar se estão de acordo.
Outra boa dica é checar as quilometragens registradas quanto às trocas de óleo. Normalmente, as empresas colocam adesivos de acompanhamento na parte interna do para-brisas. Dessa forma, é bem mais fácil identificar discrepâncias nos números.
2. Avalie o painel
Em primeiro lugar, confira se o visor eletrônico (se houver) está com os números desalinhados, o que pode ser um indicativo de fraude, e veja se há indícios de que o painel já foi removido. Eles também não devem apresentar lacunas ou balançar depois de leves batidas.
Uma forma de saber se o painel foi desmontado é observar se há marcas ou trincas no plástico. Existe a possibilidade de ter sido por outro motivo, mas é bom prestar atenção, pois é um indício e precisa ser levado em consideração. Questione o vendedor se encontrar essas indicações.
3. Fique de olho no desgaste
Verifique também se as peças do carro estão muito desgastadas, principalmente os pedais do freio e do acelerador. Dependendo do estado de conservação desses componentes, é possível ter uma ideia da verdadeira quilometragem rodada pelo veículo.
Além disso, os bancos são indicativos de uso, já que é o local em que o motorista passa a maior parte do tempo dentro do veículo. Embora a forma de dirigir ou o peso do condutor alterem o desgaste, é importante reforçar que carros com menos de 50.000 km rodados apresentam pouca deterioração.
4. Opte por veículos segurados
Procure sempre comprar carros que tenham seguro veicular. Isso porque a seguradora registra a verdadeira quilometragem do carro ao fazer uma vistoria. Assim, você pode entrar em contato com a empresa e solicitar a checagem dos dados — mediante o pagamento de uma taxa.
Caso a quilometragem mostrada no hodômetro seja muito inferior àquela apontada pela vistoria ou revisão, o carro foi adulterado. No entanto, pequenas variações são normais.
5. Veja o consumo dos pneus
Outra boa forma de analisar a quilometragem de um usado é por meio da vida útil dos pneus. Veja se todos eles apresentam o mesmo estado de conservação e, se houver algum mais novo que os outros, analise os demais.
O desgaste depende da manutenção concedida, mas já é um bom indicador de consumo do componente.
O pneu dura cerca de 5 anos, ou de 40 mil a 60 mil quilômetros. Se o carro que você pretende comprar marca 30 mil quilômetros rodados, mas os pneus estão novos, desconfie. Para saber se é o primeiro jogo, verifique se a data do pneu é a mesma da fabricação do carro.
6. Leve para uma avaliação
Caso tenha ficado na dúvida ou suspeitado de algum dos itens mencionados, leve o veículo até uma concessionária ou oficina especializada nesse tipo de avaliação antes de fechar negócio. Com equipamento especializado, é possível identificar se a quilometragem do seminovo está correta.
Em situações em que o proprietário não permite que seja levado o carro para essa inspeção, é melhor procurar outro para comprar. Afinal de contas, esse comportamento é, no mínimo, suspeito.
E se a quilometragem do seminovo estiver alterada?
A adulteração do hodômetro do carro é crime — previsto no artigo 171 do Código Penal — e também gera processo na esfera civil. A prática de tal delito prevê pena de um a cinco anos de reclusão e pagamento de multa, além da possibilidade de ressarcimento dos danos causados (quando houver) e dano moral por abusar da boa fé contratual.
Em paralelo, a técnica está pautada no Artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, que prevê a substituição do bem, a restituição atualizada do valor pago ou o abatimento no preço real em casos de compra ou venda de produtos com vícios de qualidade ocultos.
Até quantos km rodados vale a pena comprar?
O ideal é comprar um seminovo com até 60 mil km rodados. Mas, para que ele seja considerado com quilometragem alta, é necessário apresentar mais de 100 mil km andados. Vale ressaltar que o desgaste do veículo não está relacionado somente ao quanto foi rodado.
O que deve ser observado são as condições de rodagem do carro de maneira geral. Na prática, isso gira em torno do motor atingir a temperatura ideal de funcionamento, componentes lubrificados na medida e manutenção correta.
A questão é que, muitas vezes, um carro que anda a poucas distâncias no dia a dia não alcança a temperatura ideal do motor e isso gera mais desgaste do que um que rodou em longas distâncias em estradas, por exemplo.
Qual a quilometragem média por ano de um automóvel para comprar?
A resposta é depende. De acordo com a KBB Brasil, a quilometragem média de um carro é de quase 13 mil km. Porém, esse valor varia bastante de acordo com o estado e o tipo do automóvel. Estima-se, portanto, que a média percorrida de um veículo novo em seu primeiro ano é de 15 a 20 mil km.
A partir dessa informação, é possível verificar no hodômetro se a quilometragem faz sentido com o tempo de uso do automóvel.
Outro ponto relevante em saber qual a quilometragem média por ano de um automóvel para comprar é entender que, geralmente, ela é mais alta no primeiro ano de uso, caindo aos poucos ao longo do tempo.
Ou seja, à medida que o veículo é usado, a média reduz e pode chegar a 400 km ou 2 mil km rodados por ano.
Veja um exemplo dado pela KBB referente à quilometragem no primeiro ano de uso de carros:
- passeio pequeno: 13.000 km;
- passeio médio: 11.700 km;
- passeio grande: 10.100 km;
- utilitário pequeno: 14.000 km;
- utilitário médio: 13.700 km;
- utilitário grande: 12.000 km.
Lembre-se de que esses números são apenas uma estimativa e o valor final da quilometragem é influenciado pelo estilo de vida do motorista. Há quem use o carro apenas no final de semana ou para trabalhar. E há quem faça viagem de férias rodando de carro por 30 dias.
Como comprar um carro usado?
Há diversas formas de comprar um carro usado, como participar de um consórcio de veículos. Por sinal, o consórcio é uma modalidade de crédito que funciona por meio de um autofinanciamento sem juros e 100% parcelado.
Para participar de um consórcio, a pessoa compra uma cota e entra em um grupo com objetivo de comprar um bem, como carros, caminhões, casas, apartamentos e terrenos. O grupo é quem escolhe a duração do plano e suas características.
O crédito é parcelado mensalmente e o dinheiro que entra forma o saldo de caixa para contemplar os consorciados ao longo da vigência do consórcio contratado.
A contemplação acontece por meio de assembleias mensais que são realizadas por sorteio ou por lance. O escolhido escolhe o bem desejado dentro da categoria do grupo e continua pagando suas parcelas até o final do plano.
E, agora que você já sabe qual a quilometragem ideal para comprar um usado, pode se tornar um consorciado e esperar a sua hora de escolher bem o próximo veículo! Para fazer uma simulação e entender o valor das parcelas viáveis para realizar seu sonho, acesse nosso site e faça o cálculo de forma rápida e precisa!
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