Tipos de consórcio: o que eu posso adquirir com um consórcio?

Muita gente não sabe, mas existem diversos tipos de consórcio. A invenção brasileira, que teve origem na década de 1960 e é bastante difundida também em outros países, possibilita a compra de diferentes bens e serviços, constituindo-se uma modalidade de investimento bem interessante.

Pela reunião de pessoas com o mesmo interesse, é possível criar uma espécie de fundo comum, que possibilita a compra e dá aos consorciados a oportunidade de se organizar financeiramente, economizando regularmente uma certa quantia que é utilizada para alcançar um objetivo, como o tão sonhado imóvel próprio ou um carro novo.

Neste post, você ficará sabendo quais são as variações existentes e conhecerá diversos detalhes a respeito do funcionamento delas. Acompanhe a leitura até o fim e fique por dentro do assunto!

O que é um consórcio?

Podemos definir o consórcio como um modelo de compra coletiva de um bem ou um serviço. Ele chegou ao país na década de 1960 e se tornou um sucesso absoluto, perdurando até hoje. É uma ótima opção para quem tem a meta de conquistar um bem, mas de forma a respeitar os próprios limites financeiros e realizar o pagamento gradual.

Para que um consórcio funcione de forma adequada, é preciso que ele seja conduzido por uma administradora autorizada pelo Banco Central. Essa empresa, então, passa a reunir pessoas com o mesmo interesse e faz a gestão desses grupos.

Os consórcios englobam, entre outras coisas, a aquisição de imóveis e carros. Outra opção bastante popular é o consórcio destinado à aquisição de motos.

Há, também, a possibilidade de contratar diversos serviços, como cursos de graduação e pós-graduação. Tudo depende da capacidade de reunir um grupo de pessoas que compartilhem o mesmo interesse.

Como um consórcio funciona?

A ideia é bastante simples. Imagine, por exemplo, que você queira comprar um carro, mas não tem o valor suficiente para fazer o pagamento à vista e nem disponibilidade para arcar com os juros praticados em diversas formas de aquisição parcelada. Ainda é possível que, mesmo tendo os recursos, você prefira mantê-los em uma aplicação.

Basta olhar ao redor para não ter dúvidas de que existe um número enorme de pessoas que se encontram em uma dessas situações. Uma alternativa é se juntar a elas para fazer uma espécie de compra coletiva, por meio da qual cada membro do grupo se compromete a pagar uma parcela mensal.

O valor pago mensalmente, somado à contribuição das outras pessoas participantes do grupo, formará um caixa suficiente para que um ou mais participantes sejam contemplados e possam adquirir o bem desejado com a carta de crédito. Esse processo se repetirá ao longo do prazo de duração do grupo, até que todos os membros tenham acesso ao bem desejado.

Em poucas palavras, é assim que um consórcio funciona. Porém, para que o sistema exista legalmente, não é possível que você apenas se reúna a outras pessoas que tenham a mesma intenção que você.

Como um consórcio é organizado?

Para que haja a organização necessária, é preciso existir um intermediador que dê garantias a todos de que o bem será adquirido e que o dinheiro arrecadado será bem-investido — assegurando a manutenção do poder de compra e outros aspectos importantes.

Assim, para que o sistema ofereça a segurança necessária, o Banco Central (BC) regula e fiscaliza o setor de consórcios. É essa entidade que define os critérios de credenciamento das empresas capacitadas para administrar esse modelo de aquisição de bens.

O Banco Central também faz o acompanhamento permanente do funcionamento das administradoras e dos grupos que elas mantêm. Como falado, a administradora é a empresa que se encarrega de reunir os grupos e gerir os recursos que os consorciados pagam mês a mês.

Vale dizer ainda que, de acordo com o que estabelece o BC, todas as condições do consórcio são definidas em um contrato de adesão, o que permite que o consorciado conheça todos os critérios de contratação antes de aderir a um determinado grupo e adquirir uma cota.

Portanto, podemos dizer que o consórcio é um sistema de compra parcelada e coletiva, no qual cada participante é diretamente responsável pelo pagamento de um valor mensal durante o prazo de duração do plano. É justamente a atuação do Banco Central que garante que todo esse processo opere de forma regulamentada e segura.

A Lei nº 11.795/2008 dispõe sobre o sistema de consórcio. De acordo com ela, o Banco Central é a autoridade designada para regulamentar e fiscalizar esse setor. Já à administradora cabe a tarefa de reunir os grupos e gerir os recursos dos participantes, além de organizar as assembleias, nas quais acontecem os sorteios, as ofertas de lances e as contemplações.

Quais são os tipos de consórcio?

Como mencionamos, os consórcios hoje figuram como uma das modalidades de aquisição mais vantajosas para o consumidor. A flexibilidade dos planos permite diversos tipos de compra, como:

A seguir, veremos as possibilidades existentes para cada uma dessas aquisições.

Bens móveis

Há uma série de bens móveis que podem ser adquiridos via consórcio. Esse é um dos tipos de consórcio mais procurados, principalmente para a aquisição de automóveis e motos. Alguns exemplos dessa categoria são:

  • carros de passeio e utilitários de todas as marcas e modelos, nacionais e importados, novos e usados;
  • motos e motonetas, de todas as marcas e modelos, nacionais e importados, novas e usadas;
  • caminhões, ônibus, tratores, implementos agrícolas e rodoviários, além de semirreboques, nacionais e importados, de qualquer marca e modelo;
  • aviões, barcos e embarcações de todos os portes;
  • mobiliário residencial, comercial e industrial de todos os tipos, tais como sofás, camas, guarda-roupas, mesas, cadeiras etc.;
  • eletrodomésticos e eletroeletrônicos diversos para uso residencial, comercial ou industrial, incluindo televisores, computadores, aparelhagem de som, fogões, geladeiras e afins;
  • equipamentos médicos e odontológicos.

Vale ressaltar que o consórcio é uma opção bastante flexível, ou seja, você pode escolher o bem que desejar desde que esteja dentro da mesma categoria contratada.

Bens imóveis

Como o próprio nome sugere, a classificação de bens imóveis se refere àqueles que são estáticos, isto é, construções, residências e assim por diante. Eles são representados pelas seguintes aquisições:

  • casas e apartamentos de todos os tipos e padrões;
  • salas, lojas e galpões comerciais ou industriais;
  • lotes e terrenos;
  • casa de férias, na praia ou no campo;
  • reforma de imóveis.

Nesse escopo, é oportuno salientar que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode ser utilizado para pagar parcelas do consórcio ou dar lances, de acordo com as regras estabelecidas pela Caixa Econômica Federal (CEF), órgão que cuida das normas relativas ao FGTS. Trata-se de uma excelente alternativa para deixar a aquisição acessível, você não acha?

Serviços

Muitas vezes, nossos desejos ou necessidades não estão atrelados a um determinado bem móvel ou imóvel, mas podem ser atendidos por algum tipo de serviço, não é mesmo? Nesse caso, existem os grupos de consórcio para serviços.

Por meio deles, o consorciado reúne os recursos necessários a fim de fazer o pagamento de algo que está buscando para si mesmo ou para outra pessoa. Dessa forma, quando um participante é contemplado em um consórcio de serviços, a carta de crédito é destinada ao pagamento da prestadora. Com isso, inúmeras possibilidades podem ser consideradas.

Se o sonho é fazer uma viagem nacional ou internacional, é possível entrar em um grupo para ter acesso a uma carta de crédito que permitirá a contratação de uma agência de viagens. Na prática, ao receber a contemplação, garante-se o pagamento de todas as despesas, como passagens, hospedagem, alimentação e passeios no destino.

Para se ter ideia da versatilidade desse tipo de consórcio, é possível realizar o pagamento de despesas como:

  • educação pessoal ou dos filhos — do ensino fundamental à graduação e/ou pós-graduação;
  • festas de formatura e de casamento, entre outros eventos de alto custo, também podem ser quitados pelo sistema.

Além disso, a modalidade permite a cobertura de atividades ligadas à saúde e ao bem-estar, a exemplo de:

  • procedimentos estéticos;
  • cirurgias plásticas;
  • tratamentos odontológicos, como a colocação de aparelhos e próteses dentárias.

É possível contratar serviços residenciais ou empresariais diversos, incluindo:

Se preferir, até os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), por exemplo, podem ser viabilizados por meio do consórcio.

Esse consórcio também pode ser usado para a contratação de serviços de marketing, de empresas de telecomunicações e assessorias diversas, como as de comunicação e as financeiras, entre tantas outras. Ou seja, há uma imensa variedade de serviços que podem ser contratados.

Como os grupos funcionam?

Como falado, a administradora reúne um grupo de pessoas que desejam adquirir um bem ou serviço. Com esse conjunto de participantes estabelecidos, os integrantes passam a realizar pagamentos mensais. Somados todos esses valores, uma poupança conjunta é formada.

É importante destacar, inclusive, que o valor das parcelas é definido antes mesmo da assinatura do contrato. Isso é muito importante para que o participante esteja ciente de todas as condições e não seja surpreendido por custos muito além da sua capacidade financeira.

Para a proteção dos integrantes, a administradora fornece um contrato de adesão, com todos os critérios bem definidos e acessíveis para os consorciados. Com os recursos do grupo, é feita a contemplação de um ou mais integrantes por meio de sorteios ou da oferta de lances.

O momento da contemplação é simbolizado pelo acesso à carta de crédito, que possibilita a compra do bem ou serviço. A partir daí, esse processo se repetirá até que todos os membros daquele grupo sejam devidamente contemplados. É importante destacar que, mesmo depois de receber a carta de crédito, o consorciado contemplado deverá continuar quitando as parcelas estabelecidas no contrato.

É importante salientar que o grupo de consórcio só é efetivamente formado a partir da execução da primeira assembleia.

O que são as cotas?

A cota de um consórcio nada mais é do que a identificação de cada participante do grupo. Imagine que há 300 membros juntando dinheiro para adquirir bens ou serviços semelhantes. O dinheiro da contribuição individual é reunido para formar o Fundo Comum. A sua cota corresponde à sua participação nesse fundo.

Na prática, a sua cota de consórcio é um bem que será pago ao longo do prazo do grupo. Tanto é que há pessoas que negociam cotas, vendendo-as ou comprando-as, conforme a situação.

Em alguns momentos específicos, o número da sua cota (o seu identificador no grupo) é ainda mais importante. É o caso, por exemplo, do sorteio mensal.

Ele é que define a cota sorteada no mês, que será contemplada com a carta de crédito e permitirá ao consorciado adquirir o bem ou serviço desejado. Cabe salientar que, além do sorteio, há a possibilidade de ser contemplado com a oferta de um lance.

Como acontecem os lances?

Mensalmente, há a realização de assembleias — que são reuniões dos membros de cada grupo. É nesse momento que acontecem os sorteios, responsáveis por definir quem terá acesso à carta de crédito. Mas, caso queira, você não precisa esperar pela sorte. É possível oferecer um valor para antecipar o pagamento de parcelas, o que é chamado de lance.

Geralmente, quem oferece o maior lance é contemplado. No entanto, quem faz uma oferta e não tem um lance vencedor não precisa arcar com o pagamento do lance, e pode guardar o dinheiro para tentar novamente nos meses seguintes. Em suma, existem dois tipos de lance:

  • fixo: é quando o valor oferecido atende a um montante especificado pela administradora;
  • livre: ocorre quando o consorciado faz uma oferta de acordo com as suas condições, sempre respeitando os percentuais descritos no contrato.

Existe também o chamado lance embutido, que embora não seja uma modalidade específica, e sim uma forma de pagamento do lance, merece ser mencionada. O lance embutido é uma alternativa para quem não tem recursos próprios para ofertar como lance. Assim, o consorciado utilizará parte da sua futura carta de crédito para pagar o valor do lance. Também existe a possibilidade de complementar o valor do lance embutido com recursos próprios, aumentando ainda mais as chances de contemplação.

Para facilitar o entendimento, imagine que uma pessoa entra em um grupo de consórcio para a aquisição de um imóvel, cujo valor é de R$250.000,00. Essa pessoa não tem nenhum dinheiro guardado para ofertar de lance e tentar antecipar a sua contemplação. Desse modo, ela decide oferecer um lance embutido de R$50.000,00, valor esse que será descontado do total da sua carta de crédito.

Assim, caso esse participante tenha sucesso no seu lance, receberá uma carta de crédito no valor de R$200.000,00, já que R$50.000,00 havia sido ofertado como lance e já foi abatido do montante da dívida.

No mais, é preciso deixar claro que, para dar um lance, é preciso comunicar à administradora a intenção e o valor antes da assembleia. No caso do lance embutido, é preciso ainda que tal alternativa esteja prevista no contrato do consórcio.

Como acontece a contemplação?

De acordo com as normas definidas, a cada período as administradoras fazem a entrega de um determinado número de cartas de crédito com valor correspondente ao bem ou serviço que os consorciados pretendem adquirir.

A entrega de uma carta de crédito é chamada de contemplação, e pode ocorrer de diferentes maneiras. Vamos conhecê-las.

Sorteios mensais

É a forma tradicional de se conseguir a contemplação. Caso o membro do grupo não tenha pressa em ter acesso ao crédito, ele pode esperar os sorteios mensais até ser contemplado.

Oferta de lances

Como vimos, os lances funcionam como um tipo de leilão. Nessa oportunidade, diferentes participantes podem oferecer valores, os quais correspondem à antecipação das parcelas do consórcio. Geralmente, quem oferta o maior lance sai vencedor.

Encerramento do grupo

Por fim, se a contemplação não acontecer por nenhuma das outras formas, ela virá quando o pagamento de todas as parcelas for efetuado, ao término do grupo.

Como a carta de crédito pode ser utilizada?

A carta de crédito equivale ao valor total do consórcio. Ela é plenamente aceita no mercado, uma vez que é garantida pelo Banco Central, e é utilizada para a aquisição de um bem ou para a contratação de um serviço. Essa carta de crédito tem valor de pagamento à vista.

Portanto, embora o valor esteja determinado, isso não impede que você negocie melhores condições para fechar negócio — esse é, inclusive, um dos pontos positivos desse tipo de aplicação.

Ao ser contemplado, o consorciado não recebe diretamente o dinheiro, mas escolhe o bem ou serviço a ser adquirido, definindo em qual empresa vai realizar a compra ou contratação. Em seguida, ele leva as informações para a administradora, que fará as análises necessárias e cuidará do intermédio do pagamento.

Assim como mencionamos acima, a carta de crédito pode ser utilizada para adquirir diversos tipos de bens e serviços, de acordo com a categoria contratada — bens móveis, bens imóveis e serviços.

Quais são as vantagens de fazer um consórcio?

Agora que você já conhece os diferentes tipos de consórcio e entende como esse investimento funciona, é hora de saber por que ele é tão vantajoso.

Ampla diversidade de planos

Anteriormente falamos sobre as várias realizações que podem ser conquistadas a partir da carta de crédito. A imensa diversidade de planos é ideal para quem ainda não definiu um alvo exato.

Pense que você deseja adquirir um carro no valor de R$30.000,00, mas ainda não se decidiu por um modelo específico que pode ser comprado nessa faixa de preço, por exemplo. No consórcio você tem esse direito de decisão em mãos.

Seja para comprar um apartamento, seja para ter a moto que você sempre sonhou: o consórcio é uma maneira segura e regular de aplicar o seu dinheiro e convertê-lo em um bem ou serviço.

Ausência de juros

Não é segredo que os consórcios não têm juros. Ainda assim, muitas pessoas se esquecem desse "detalhe", que pode fazer uma grande diferença para o bolso de quem almeja a liberdade financeira.

Outras formas de quitar um imóvel esbarram nesse fator, que acaba deixando o valor de uma compra muito mais alto do que o preço praticado em uma aquisição feita à vista. No caso do consórcio, o que existe é o pagamento da taxa de administração, que é a forma de remuneração da administradora pelo serviço de gerenciamento prestado. Geralmente, ela tem um valor bem mais acessível quando comparado a outras formas de aquisição parcelada.

Baixo custo inicial

Você sabia que o consórcio não exige nenhuma entrada da parte de quem investe? Aliás, a necessidade de fazer um aporte inicial acaba afastando muitas pessoas do mundo dos investimentos.

Em um consórcio, a primeira parcela paga já conta como uma parte do serviço ou bem que você quer comprar. Além de proporcionar um custo efetivo proporcionalmente menor em relação a outras formas de parcelamento, o pagamento inicial será semelhante aos demais — não é preciso apertar o seu orçamento para investir. Isso é um ótimo incentivo para começar.

Riscos reduzidos

Imagine que você se dedicou ao controle de gastos durante anos: com muito esforço, foi possível poupar uma quantia considerável. Agora, você quer expandir o seu patrimônio e alcançar novas conquistas.

Ao olhar para o mercado, você se depara com várias opções de aplicação financeira, mas tem dificuldade para entender com exatidão quais são os riscos envolvidos. Afinal, quais são as reais chances de obter o retorno esperado?

A boa notícia é que, entre os diferentes tipos de consórcio, você encontra alternativas para investir sem se arriscar muito. Se comparado aos títulos públicos ou à Bolsa de Valores, o consórcio desponta como uma opção segura, porque todo o dinheiro investido é direcionado exclusivamente ao saldo de caixa do grupo.

Economia

Algumas pessoas encontram dificuldades quando o assunto é guardar dinheiro. Acredite: muitas vezes isso não acontece pelo custo de vida, mas sim pela tentação de parcelar itens desnecessários e fazer compras por impulso.

Quando você entra em um consórcio, assume o compromisso de honrar com uma obrigação mensalmente. Ou seja, é como se você tivesse mais uma conta entre as despesas corriqueiras: água, internet, condomínio, celular etc.

Entretanto, em vez de destinar esse montante a mais uma conta de consumo, você fará uma economia para concretizar um objetivo importante para a sua vida. Sabe aquela sensação de que determinado valor poderia ter sido usado em algo relevante? O consórcio, independentemente do tipo escolhido, ajuda a criar tal disciplina.

Otimização do planejamento financeiro

Por ser um compromisso assumido mês a mês, o seu planejamento financeiro tende a melhorar. Afinal, ficar inadimplente com as parcelas pode atrapalhar a conquista que você tanto deseja.

Além disso, a prática fará com que você preste mais atenção em gastos supérfluos e que podem ser cortados do seu orçamento. Portanto, o consórcio é uma boa opção não só por auxiliar com as economias, mas também por levar a uma série de reflexões sobre o jeito de gerir as finanças.

Melhoria do poder de compra

Esse fator foi citado ao longo do conteúdo, mas ele é tão importante que devemos ressaltá-lo. Com o reajuste do consórcio, garante-se a manutenção do poder de compra da carta de crédito, mesmo com o passar do tempo e com os efeitos provocados pela inflação.

Como se isso não bastasse, a carta também possibilita que a aquisição seja feita à vista. Via de regra, vendedores costumam conceder descontos em aquisições realizadas nesses moldes — basta negociar!

O que analisar para contratar um consórcio de forma segura?

Apesar de ser uma modalidade de aquisição cujos riscos são reduzidos, ainda assim é necessário ter atenção a algumas questões para escolher o melhor consórcio e evitar qualquer dor de cabeça na hora de realizar os seus sonhos. A seguir, reunimos alguns critérios que você deve analisar para fazer uma escolha segura. Confira!

Conheça bem a administradora

A administradora é a base do funcionamento do consórcio. Como visto, é ela a responsável por montar os grupos, gerir os recursos e garantir o acesso justo e organizado de todos os membros aos seus respectivos bens.

Dessa forma, é indispensável analisar a solidez da administradora, a sua reputação no mercado e, principalmente, se ela está devidamente registrada junto ao Banco Central.

Hoje, com a internet, é bem fácil encontrar referências sobre empresas desse tipo, especialmente em sites voltados para o recebimento de reclamações. No mais, as redes sociais também podem ajudar você a se conectar com outros consumidores e levantar informações antes da contratação.

Analise bem os termos do contrato

Na prática, o contrato de um consórcio é feito na modalidade de adesão. Isso significa que os seus termos não são negociados com as partes. No entanto, é direito do consumidor conhecer todas as cláusulas e definir se adere ou não ao contrato.

Nesse sentido, uma recomendação é sempre analisar com atenção cada uma das condições envolvidas na contratação do consórcio. É fundamental que você conheça itens como:

  • as regras de contemplação;
  • os seus direitos e deveres;
  • as responsabilidades da administradora;
  • taxas e outros custos envolvidos;
  • questões relacionadas a atrasos no pagamento.

Agindo assim, você evita surpresas desagradáveis durante a vigência do seu plano. No mais, sempre que houver dúvida, solicite esclarecimentos por parte da administradora.

Nesse quesito, mais uma vez reforçamos a necessidade de buscar empresas sérias e reconhecidas no mercado, as quais oferecerão todo suporte para que você sane as suas dúvidas da melhor maneira.

O que é preciso refletir em relação à escolha de um consórcio?

Além dos pontos mencionados, é preciso prestar atenção a outras questões objetivas na hora de escolher o seu consórcio. Confira a seguir quais são elas!

Renda

Inicialmente, um dos pontos mais importantes a ser avaliado antes da contratação de um consórcio é a sua renda. Afinal, estamos falando de um compromisso que se estenderá por um prazo considerável e, por isso, precisa ser honrado por um longo período.

Como se sabe, diversos acontecimentos podem interferir nas suas finanças ao longo de 100 meses, por exemplo. Então, organizar-se financeiramente, tendo pleno domínio sobre a sua renda, é primordial para que atrasos não ocorram e você seja obrigado a interromper a busca pelo seu sonho.

Nesse sentido, controle gastos, avalie as suas contas fixas e variáveis e projete cenários futuros em relação às finanças, tendo a certeza de que sempre terá renda suficiente para se manter e manter o seu consórcio.

Taxa de administração

Como visto, uma das grandes vantagens do consórcio é a ausência de juros, tão comuns em outras formas de aquisição parcelada. O que existe no consórcio é a chamada taxa de administração, que tem um valor bem mais acessível se comparada à outras formas de aquisição parcelada. Ela é cobrada de cada um dos membros do grupo para custear a gestão do consórcio.

Antes de contratar um plano, pesquise bastante os valores das taxas de administração praticados por diferentes empresas, pois eles costumam variar de uma instituição para outra. Encontre aquela que melhor atende às suas necessidades e possibilidades, mas não faça desse o único fator decisivo na contratação.

Reajustes

Como os planos de consórcio costumam ser longos, é natural que o valor do bem ou serviço objeto do contrato sofra variações no seu preço. Por exemplo, um carro de R$50.000,00 pode vir a custar R$55.000,00 após cinco anos. Por isso, os reajustes são necessários para garantir que os participantes adquiram exatamente o bem desejado no momento da contratação do consórcio.

Por ser um critério importante para o alcance dos seus objetivos, é indispensável avaliar o contrato e entender como os reajustes serão realizados. Então, o melhor mesmo é analisar tal questão previamente.

Como comprar utilizando o consórcio?

Ao ser contemplado, o participante terá acesso à carta de crédito no valor do bem objeto do contrato em todas as modalidades de consórcio. É a partir dessa carta de crédito que a pessoa consegue negociar o bem ou serviço desejado junto ao fornecedor, ficando a cargo da administradora intermediar a transação financeira.

Na prática, a carta de crédito funciona como um pagamento à vista, reunindo todos os benefícios desse tipo de pagamento. Ou seja, ao ter acesso à carta é possível negociar descontos, já que o pagamento será feito de forma integral.

Assim, por exemplo, é possível negociar um carro na concessionária com preço à vista. Feita a negociação, a administradora efetua o pagamento do bem de forma total, ainda que o consorciado não tenha terminado que quitar as suas parcelas.

Vale mencionar, no entanto, que muitos contratos de consórcio estabelecem regras quanto à compra de bens com os recursos de um consórcio. Por exemplo, no caso de carros e motos, pode-se limitar o ano de fabricação, de forma que o consorciado só pode comprar o bem que atende a esses critérios.

Após a contemplação, a compra utilizando a carta de crédito passa por um processo junto à administradora, por isso é muito importante entender seu funcionamento.

Enfim, são inúmeros os tipos de consórcios que atendem às mais diferentes necessidades das fases da vida. Por isso, essa é uma ferramenta extremamente eficiente para um planejamento financeiro seguro de médio e longo prazo. Dessa forma, conte com ele para formar o seu patrimônio, realizar sonhos e trazer segurança financeira à sua família!

Agora que você já conhece os tipos de consórcios existentes e tem as respostas para as dúvidas mais comuns, não pare por aqui. Continue aprendendo mais sobre o assunto e baixe nosso eBook gratuito sobre os grupos de consórcio. Confira!

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