O sistema de transmissão de um carro é essencial para garantir a sua mobilidade. Esse conjunto permite que o engate de marchas seja suave, a fim de amenizar os desgastes dos componentes internos e do motor. Mas quando é o momento ideal para fazer a troca de embreagem?

É simples. Basta identificar algumas anomalias durante o funcionamento do sistema. O segredo está em sentir e escutar possíveis falhas.

Pensando nisso, reunimos aqui os sinais mais frequentes. Neste post, você vai saber detectar os defeitos mais comuns, além de conhecer algumas recomendações sobre como estender a vida útil da embreagem. Confira!

Como o sistema de embreagem funciona?

Esse mecanismo foi criado para garantir a movimentação fluida dos automóveis. Esse sistema é muito interessante, pois mantém o motor funcionando mesmo durante as paradas do carro, para que ele não perca a sua temperatura de combustão e não precise de partidas frequentes para movimentar as rodas.

Muitas pessoas dizem que, para mudar de marchas, basta pisar na embreagem. Mas, na verdade, o que é feito é o acionamento do sistema como um todo por meio do pedal, que solta o disco do motor, cessando a sua conexão com a caixa de câmbio. Desse modo, as marchas podem ser trocadas sem impactos bruscos, conservando a integridade de ambas as peças.

Afinal, quando fazer a troca da embreagem?

Como qualquer outra coisa de uso contínuo, o tempo e a forma de uso do veículo podem gerar desgastes. Veja a seguir como detectar defeitos e saber se chegou o momento de trocar o conjunto de embreagem do seu carro.

Presença de ruídos

O barulho constante no uso da embreagem não deve ser ignorado. Em geral, esse sinal está relacionado à dificuldade para encaixar as marchas, indicando que chegou a hora de trocar o kit completo — disco, platô e rolamento.

No geral, esse chiado é causado pelo desgaste no rolamento. Nesse caso, a melhor solução é levar o automóvel até uma oficina de confiança o quanto antes para evitar que a caixa de câmbio quebre e gere prejuízos maiores.

Pedal duro

Se você sentir o pedal mais duro do que costumava ser, é bem provável que haja algum defeito no cabo da embreagem. O uso constante e a falta de lubrificação aceleram o desgaste dessa peça e podem causar o seu rompimento. Nesse sentido, a simples substituição do componente já resolve o problema.

No entanto, vale consultar um mecânico, pois a falha pode vir do empenamento do platô, por motivo de um superaquecimento.

Embreagem desregulada

Popularmente chamada de embreagem alta, é quando o instante/ponto de acionamento do pedal fica desagradável para o condutor, forçando-o a tirar muito o pé do pedal para o veículo se mover. O ideal é que o pedal fique nivelado no meio termo, nem muito para baixo e nem muito para cima.

Trepidações

O excesso de vibração ou sensação de tremor ocorre porque os componentes do conjunto de embreagem não estão devidamente alinhados e encaixados. Nesse caso, é necessário inspecionar o sistema para encontrar a raiz do problema e fazer os devidos ajustes.

Embreagem travando

É quando a marcha não engata e isso compromete diretamente a condução do veículo. Normalmente, o problema pode ser resolvido somente com ajustes no eixo piloto.

Importante! O recomendado é fazer a troca de toda a embreagem (kit completo) para garantir o seu funcionamento adequado e a durabilidade. Lembre-se: adquira peças de qualidade e procure uma autorizada ou um mecânico de confiança para evitar problemas no futuro.

Como melhorar a vida útil da embreagem?

Depois de contemplar as informações acima, você provavelmente está interessado em aumentar a durabilidade do seu conjunto de embreagem. Antes de tudo, é preciso realizar as manutenções preventivas de acordo com o cronograma de revisões do seu veículo. Além disso, tenha cautela durante as corridas para amenizar o desgaste das peças. Abaixo, acompanhe outras recomendações.

Não deixe o pé em cima do pedal

Você só deve colocar o pé sobre o pedal na hora de acioná-lo, além de removê-lo até ele ficar completamente aliviado. Depois disso, deixe-os longe um do outro.

Isso porque pressões mínimas sobre o pedal enrijecessem o cilindro, e o disco fica ligeiramente afastado do volante do motor. Dessa forma, cria-se um efeito em cadeia: a mola diafragma fica pressionada por muito tempo e o desgaste do revestimento de embreagem é acentuado.

Não segure o carro com a embreagem

Outro mal costume é, em subidas, segurar o veículo sem pressionar o freio, realizando o controle por meio da embreagem. Isso diminui a pressão entre disco e volante do motor por muito tempo, exigindo uma aceleração frequente, o que aumenta o giro desses componentes e causa desgastes.

Não acione o pedal enquanto estiver parado

Ao parar em um semáforo ou no trânsito, acione o ponto morto e remova o pé da embreagem para não prejudicar a flexibilidade da mola diafragma, que é responsável por restabelecer a altura do pedal.

Engate a primeira marcha

Utilize sempre a primeira marcha para andar com o carro. Isso porque, ao sair com a segunda marcha, será necessário acelerar muito para fazê-lo arrancar. Dessa forma, a pressão entre disco e volante é menor, intensificando o desgaste desses componentes.

Evite a síndrome de piloto

Algumas pessoas consideram que os veículos manuais podem ser mais prazerosos de guiar do que os automáticos. Eles garantem retomadas e variações de troca de marchas a qualquer momento, o que favorece o desempenho do automóvel.

No entanto, muita gente que gosta do câmbio manual abusa desse sistema como se estivesse disputando uma corrida. Portanto, se você deseja manter a vida útil da embreagem, não faça trocas bruscas de velocidade e nem reduza o carro marcha após marcha.

Por exemplo, se o seu veículo está engatado na terceira e se aproximando de um semáforo fechado, não é necessário mudar para a segunda e primeira marcha (respectivamente). É só deixar o giro do motor reduzir junto com a velocidade e engatar a primeira.

Esperamos que este conteúdo tenha ajudado você a compreender melhor quando fazer a troca de embreagem e como estender a sua durabilidade. Ao seguir essas dicas, você evitará problemas durante os trajetos e reduzirá os custos de manutenção, visto que não comprometerá outros componentes do seu automóvel. A propósito, quando for trocar de veículo, opte por um que tenha transmissão automática, para evitar os vícios de condução mencionados acima.

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