Muitos brasileiros sonham em comprar o primeiro veículo. Depois disso, surge a vontade de trocá-lo por modelos mais novos e modernos. Mas, infelizmente, nem sempre a paixão pelo mundo automobilístico se converte em cuidados com a manutenção do carro. Ainda é comum que os proprietários não deem a devida atenção a esse ponto.

Com isso, o veículo tem sua vida útil reduzida e passa a apresentar problemas cada vez maiores e mais cedo. A boa notícia é que, com algumas atitudes muito simples, você pode garantir mais qualidade e evitar gastos ou prejuízos na oficina mecânica.

Quer saber como fazer isso? Acompanhe as dicas deste post e cuide melhor do seu meio de transporte!

Quando é indicado fazer a manutenção do carro?

Cada veículo tem suas próprias necessidades e prazos de manutenção. Isso porque a montadora conhece a fundo o produto que fabricou e prepara um manual específico de revisões. As datas sugeridas nesse documento consideram a durabilidade dos materiais usados na produção e todos os testes de segurança feitos no carro.

Assim, o ideal é seguir regularmente as orientações de fábrica. Também é interessante adaptar o calendário de acordo com as condições de uso do veículo. Se você exige muito do seu carro, viajando frequentemente ou andando em terrenos irregulares, por exemplo, ele provavelmente apresentará necessidade de manutenção antes do esperado.

Mas atenção: o mesmo não vale para carros que ficam muito tempo parados. Mesmo que você utilize pouco o automóvel, ele precisa passar por revisões periódicas. Em geral, as manutenções programadas são feitas a cada 6 meses ou 10 mil quilômetros rodados — o que acontecer primeiro.

E por que é importante garantir essas revisões? O principal motivo é evitar que um pequeno desgaste nas peças gere mais problemas no futuro. Ao fazer isso, você também economiza dinheiro. Afinal, trocar o óleo lubrificante é bem mais barato do que consertar falhas no motor geradas pela falta desse líquido — só para mencionar uma das situações vantajosas.

A manutenção do carro também aumenta a sua segurança e previne acidentes. Imagine o perigo de dirigir com o sistema de freios em pane. Isso pode acontecer se a troca dos componentes não for efetuada no prazo correto. Por isso, vale a pena ter um mecânico de confiança e manter as manutenções em dia.

Como montar um calendário de revisões para seu carro?

Em geral, você deve enviar seu carro para a revisão após 10 mil km rodados ou duas vezes ao ano (em intervalos de 6 meses). Além disso, tenha em mente que as peças exigem inspeções específicas, que vão dos 10 mil km aos 80 mil km rodados.

A quilometragem indicada para revisão dos sistemas de alinhamento e balanceamento é de 10 mil km. Até os 20 mil km, fique de olho nas velas de ignição, fluído de frenagem e nos filtros (ar-condicionado e combustível), por exemplo. Entre 60 e 80 mil km, é hora de avaliar o estado da suspensão.

Quais são os principais itens para checar na revisão?

Agora que você já sabe que as manutenções são fundamentais, conheça os itens do seu carro que merecem uma atenção regular.

Pneus

A revisão dos pneus pode ser feita diretamente por você. Procure observar o estado deles sempre que for sair com o carro. Caso identifique sinais excessivos de desgaste, bolhas ou outros problemas, procure por um borracheiro. Também não deixe de contratar os serviços de alinhamento e balanceamento nas datas recomendadas pelo fabricante do veículo.

Faróis e lanternas traseiras

Outra revisão que você mesmo pode realizar é a das luzes. Como os faróis e as lanternas traseiras do veículo são itens de segurança, garantir o pleno funcionamento deles é obrigatório. Para fazer isso, confira regularmente se o acionamento e a intensidade de todas as luzes do carro estão funcionando, substituindo imediatamente aquelas que estiverem defeituosas. A medida também se aplica aos sinalizadores de seta.

Fluido de arrefecimento

Esse líquido (à base de etilenoglicol) se encontra no radiador do carro e é responsável por resfriar o motor e garantir seu funcionamento correto, evitando problemas de superaquecimento. Você nunca deve rodar em um carro com problemas no fluido de arrefecimento. Para garantir que esteja tudo correto, observe frequentemente o nível de água e, anualmente, realize a limpeza do sistema.

Água do radiador

O sistema de arrefecimento do veículo funciona em equilíbrio, deixando o motor em uma faixa de temperatura que promova seu bom funcionamento: 90º C. Sim, aquela recomendação quanto a ficar atento ao nível de água do radiador é verídica.

Mas a questão é que não se trata de qualquer líquido, e sim de uma água desmineralizada. Destituída de sais minerais, esse tipo de água é propícia a passar pelas reações químicas desejadas. O ideal é que metade do reservatório do radiador contenha o aditivo etilenoglicol, enquanto a água desmineralizada deve preencher o restante.

Óleo do motor

Outro componente essencial para a manutenção do bom estado do motor é o óleo. Não é à toa que a troca desse líquido é uma das revisões mais frequentes do carro, já que deve ser realizada a cada 6 meses. Cheque o nível no reservatório semanalmente e certifique-se de estar substituindo o óleo sempre pela marca indicada no manual da montadora.

Velas de ignição

De fato, a substituição desses elementos não está relacionada à melhoria da segurança de condução do seu carro. O problema é que velas de ignição defeituosas provocam uma elevação no consumo de combustível. Simultaneamente, é comum que haja comprometimento do desempenho. Essas consequências derivam das faíscas frágeis produzidas por velas já desgastadas, o que interfere no processo de combustão.

Bateria

Seu carro simplesmente não funciona sem ela. Por isso, a bateria merece atenção especial. A depender da marca e das condições de uso, geralmente a vida útil desse item é de 3 a 5 anos. Na oficina, é possível verificar se a bateria está em bom estado e se os cabos estão conectados adequadamente, além de limpos.

Filtros

O veículo tem diversos filtros protegendo seus sistemas. O filtro de combustível, por exemplo, serve para protegê-lo contra partículas de sujeira que possam vir do motor. Já o filtro de ar-condicionado protege você de inspirar substâncias prejudiciais à saúde. Para manter a segurança, providencie a troca de cada componente no período determinado.

Freio

A revisão periódica dos freios é indispensável para evitar grandes problemas. Alguns motoristas só realizam a troca das peças quando escutam o típico barulho de atrito metálico. Essa é uma atitude bastante arriscada, pois o ruído indica que o prazo da manutenção passou e que, portanto, o carro já está em risco.

Também é importante acompanhar o nível do reservatório do fluido de freio. Nesse caso, fique atento a vazamentos no sistema. Geralmente, a troca desse líquido é recomendada a cada 2 anos, a fim de manter as boas condições de frenagem.

Correia dentada

Já a correia dentada é mais uma peça que merece atenção redobrada, pois os problemas vão além de uma queda de desempenho do veículo. Afinal, o rompimento do item impede a continuidade do funcionamento do motor. Caso esse dispositivo esteja em movimento, o risco de que o prejuízo se alastre para outras peças do carro é considerável.

Suspensão

De nada adianta prestar uma excelente manutenção dos componentes do sistema de frenagem, se você negligenciar a qualidade da suspensão do seu carro. Nesse ponto, é importante lembrar que não basta avaliar apenas o estado dos amortecedores. Lembre-se de que a estabilidade do veículo depende de um agrupamento composto de buchas, pivôs, bandejas e molas. Todos merecem ser examinados minuciosamente.

Óleo do câmbio

Internamente, o câmbio é um dispositivo que movimenta engrenagens. A fim de que a dinâmica de troca de marchas funcione apropriadamente, é preciso fornecer a lubrificação necessária. Para tanto, basta renovar o fluido do câmbio regularmente.

Caso o câmbio do seu carro seja automático, recomenda-se que você execute o procedimento a partir dos 40 mil km rodados. Se for um câmbio manual, troque o óleo sempre que substituir a embreagem.

Como conservar o veículo e aumentar a vida útil das peças?

Além de ir à oficina frequentemente para realizar a manutenção do carro, você pode ter alguns cuidados que mantenham ou até aumentem a durabilidade dos componentes. Para garantir a longevidade da bateria, por exemplo, a dica é desligar as luzes ou equipamentos eletrônicos quando o motor não estiver em funcionamento.

Para conservar os pneus, evite dirigir por terrenos instáveis. Manter a calibração correta também é essencial (pelo menos a cada 15 dias, complete a pressão). Vale a pena, ainda, evitar acelerações ou frenagens bruscas. Além de exigir mais do motor, isso desgasta os pneus de maneira irregular.

Outra orientação interessante para quem quer deixar o carro sempre em boas condições é não andar com o combustível na reserva, pois isso pode entupir os bicos injetores. E, claro, praticar a direção defensiva gera não só segurança para motoristas e pedestres, como também economia nas revisões.

Neste post, você viu a importância de realizar a manutenção do carro, além de várias dicas para aprimorar a conservação das peças. Fique de olho nos períodos de revisão e tome todos os cuidados necessários para que seu veículo rode em perfeitas condições. Em conjunto, esses fatores tornam sua dirigibilidade diária mais segura e econômica.

Por falar em economia, você sabia que muitas pessoas não consideram os gastos com revisão na hora de adquirir um veículo? Continue no blog e saiba quanto custa manter um carro no ano.